Quarta-feira, 15 de julho de 2009 - 18h37
Alana Gandra
Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) mudou hoje (15) as projeções para o comércio exterior este ano e espera uma queda 26,1% nas exportações. A previsão anterior feita em janeiro era uma redução de 17,6%. O vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro, disse que a piora do cenário para as vendas externas brasileiras é fortemente influenciada pela crise financeira internacional.
"Os preços das commodities (soja, café, minério de ferro) caíram e continuam baixos, embora não tenha havido queda no volume de produtos exportados. Mas os manufaturados estão caindo continuamente. Então, é um conjunto de commodities e manufaturados", explicou.
A AEB projeta um total de US$ 146,19 bilhões para as exportações em 2009, contra US$ 197,94 bilhões no ano passado. As importações devem ter um recuo maior (-28%). Castro afirmou que, embora o superávit comercial (diferença entre exportações e importações) tenha melhorado no primeiro semestre, deve haver um retração de 13,6% no saldo em 2009.
Com as vendas em queda, as empresas exportadoras no Brasil foram as que mais demitiram funcionários neste ano, principalmente na indústria. O caso mais conhecido foi o anúncio das demissões na Embraer, fabricante de aviões, no primeiro semestre.
Segundo ele, o único produto que tem se destacado é o açúcar. Com a queda de produção da Índia, o Brasil passou a ser o único exportador mundial. O aumento previsto para as exportações de açúcar refinado é de 29,7% este ano e de açúcar em bruto atinge 69,2%.
O vice-presidente da AEB disse que houve uma redução das exportações brasileiras para a América do Sul, que é o destino dos nossos produtos manufaturados, devido à crise internacional. Parte do espaço que era do Brasil está sendo ocupado pela China. "Isso, infelizmente, terá reflexos no futuro. Em 2010, esse mercado que a China está ocupando hoje nós não vamos recuperar. Mesmo que haja uma recuperação da economia nesses países, a China ocupou esse espaço. É uma perda de mercado clara para o Brasil."
Segundo ele, o Brasil deveria concentrar seus esforços nos Estados Unidos, cujo mercado foi abandonado pelo país desde 2003. "Não houve nenhuma missão comercial, feira, promoção comercial. Tudo que ocorreu foi iniciativa do setor empresarial". Castro disse que a participação das exportações do Brasil no mercado norte-americano caiu de 27% do total das exportações para 10%. "Uma queda muito forte. E, mais uma vez, esse espaço foi ocupado pelos chineses."
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