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Economia - Nacional

Participação de estrangeiro na dívida interna bate recorde


 
Wellton Máximo
Agência Brasil

Apesar da volatilidade do mercado financeiro nos últimos meses, os estrangeiros continuam interessados nos títulos do Tesouro Nacional. A participação de não residentes na dívida interna bateu recorde no mês passado. Em outubro, os investidores internacionais detinham R$ 417,87 bilhões em papéis do governo, 20,38% do total da dívida pública mobiliária (em títulos) interna.

Pela primeira vez, a participação de estrangeiros superou a marca de 20%. De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, isso demonstra a tranquilidade dos investidores externos em relação à economia brasileira. “Em outubro, não se observaram dificuldades nem problemas de rolagem. Isso se deu, em parte, por causa da participação dos estrangeiros”, declarou.

Segundo o coordenador, os aplicadores estrangeiros preferem papéis prefixados de médio e de longo prazos. No mês passado, 44,5% dos investimentos internacionais em títulos da dívida interna concentravam-se em papéis a partir de três anos. Quanto maior o prazo dos títulos comprados, maior a confiança dos investidores de que o emissor, o Tesouro Nacional, conseguirá honrar os compromissos.

Apesar de a demanda dos investidores estrangeiros não ter sido abalada, os juros dos títulos da dívida interna refletiram a instabilidade na economia doméstica nos últimos meses. As Letras do Tesouro Nacional com vencimento em outubro de 2018, papéis atualmente mais vendidos no mercado, pagaram 12,86% ao ano de juros em 20 de novembro. No leilão de 2 de outubro, a taxa estava em 12,58% ao ano.

O coordenador evitou associar o aumento da taxa às expectativas em torno da equipe econômica no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. No entanto, reconheceu que o mercado financeiro atravessa um período de instabilidade. “Os juros [dos títulos públicos] são basicamente um reflexo das expectativas dos agentes econômicos. A conjuntura e diversos fatores econômicos interferem na formação das taxas”, declarou.

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