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Economia - Nacional

País economizou R$ 13,182 bi em agosto para pagamento de juros da dívida


Patrícia Duarte - Agência O Globo BRASÍLIA - As estatais e o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) foram responsáveis pelo recorde de superávit primário - economia para pagamento de juros - do setor público em agosto: R$ 13,182 bilhões, melhor performance para meses de agosto da série histórica (1991) e mais do que o dobro dos R$ 5,615 bilhões registrados no mês anterior. No acumulado do ano, o superávit já está em R$ 75,951 bilhões, o que representa 5,69% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado dos primeiros oito meses de 2006 é inferior ao apurado em igual período de 2005, que ficou em R$ 78,931 bilhões, equivalente a 6,32% do PIB. A meta do governo para este ano é de 4,25% do PIB. No fluxo dos últimos 12 meses, a economia é de 4,47% do PIB. Na avaliação do chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, apesar de as despesas do governo crescerem mais do que as receitas, a meta será cumprida. De acordo com os dados do Banco Central, as empresas estatais foram as que mais esforço fiscal fizeram neste período, acumulando saldo positivo de R$ 5,122 bilhões em agosto, frente aos R$ 337 milhões de julho. O BC destacou o superávit recorde das empresas estatais estaduais, de R$ 2,341 bilhões em agosto - resultado que "decorreu, basicamente, de capitalização de empresa do setor de energia elétrica (a Cesp), via emissão primária de ações". De acordo com Lopes, sem essa operação - envolvendo a Cesp - o resultado das estatais estaduais no mês passado seria deficitário. O governo central (governo federal, BC e INSS) teve superávit primário de R$ 7,228 bilhões em agosto, contra 3,601 bilhões em julho. Os governos regionais (estados e municípios) apresentaram superávit de R$ 833 milhões em agosto, sendo que no mês anterior ele havia ficado em R$ 1,677 bilhão. Economista Guilherme Loureiro, da Tendências Consultoria, no entanto, ressaltou que, apesar da expectativa de que a meta seja alcançada, houve uma piora na economia de recursos. - Veio acima do esperado, é um número mais positivo. O problema é quando você olha a composição. Embora o primário deva ser cumprido no final do ano, o que está acontecendo é uma piora da construção (do superávit) - afirmou. A dívida mobiliária federal somou R$ 1,039 trilhão, o que corresponde a 50,5% do PIB. Lopes adiantou que a previsão para o fim do ano é de manter essa relação estável, e reconheceu que, por conta da mudança do perfil da dívida, a redução desse percentual pode ser mais lento, apesar das reduções da taxa básica de juros nos últimos meses. Os títulos indexados à Selic, hoje em 14,25% ao ano, estão sendo substituídos por papéis prefixados ou indexados à inflação. Os juros nominais pagos em agosto somaram R$ 15,569 bilhões, acima dos R$ 13,455 bilhões de julho. O crescimento veio com a apreciação cambial de 1,7% no período e por agosto ter três dias úteis a mais. Por isso o déficit nominal de R$ 2,387 bilhões no mês passado, acumulando no ano R$ 34,713 bilhões.

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