Segunda-feira, 1 de dezembro de 2008 - 15h10
Flávia Albuquerque
Agência Brasil
São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje (1º) que a construção civil é muito importante para o Brasil, porque gera cerca de 8 milhões de empregos em todo o país e tem a vantagem de não depender de bens importados, o quer permite que cresça mesmo que haja problemas no exterior.
Segundo Mantega, o governo vai continuar auxiliando o setor, com recursos da Caixa Econômica Federal. Este ano serão cerca de R$ 30 bilhões de recursos em financiamento. O Brasil não tem subprime [sistema de financiamento imobiliário por meio de hipotecas]. O setor é absolutamente sério, sólido e pode crescer muito. Essa é a nossa vantagem, disse o ministro, ao participar da Construbusiness 2008, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)
O ministro reforçou que a demanda deve cair, mas crescer pelo menos 8%, o que considera ótimo.
Ele disse que as altas de preços vistas no primeiro semestre foram generalizadas devido ao choque de commodities [produtos básicos com preços internacionais], o que significou elevação no preço do petróleo e derivados, além do setor de ferro e aço, que tiveram os custos elevados. Esses preços estão caindo, então, os custos do setor da construção vão ser reduzidos. E, se havia perigo de elevação de preços e inflação setorial, esse perigo está afastado pela acomodação do setor.
Mantega ressaltou que o governo vai mater os financiamentos ao setor de habitação de baixa renda e continuar implementando as obras de saneamento em todos os estados, bem como as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O setor vai continuar aquecido, gerando emprego, talvez um pouco menos do que antes, mas continua.
O ministro disse ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá ficar entre 5% e 5,2% este ano, projeção classificou de meta ambiciosa, que não é fácil de ser alcançada. Ela necessita de uma ação forte do governo e também dos empresários. O governo terá coragem de tomar as medidas anticíclicas, o que significar inclusive aumento de investimentos e redução de tributos.
Mantega reagiu às críticas feitas à Petrobras afirmando que se trata de uma empresa absolutamente sólida, com lucros em alta. Segundo ele, no terceiro trimestre deste ano, os lucros da Petrobras somaram R$ 10, 8 bilhões. Foram recordes, quase o dobro do igual período do ano passado. Ele disse que a estatal está realizando um programa de R$ 50 bilhões, mas lembrou que, como outras empresas brasileiras que captavam recursos no exterior, agora está captando dentro do país, o que não tem nada de mais. A Petrobras está absolutamente sólida.
Quanto à inflação, o ministro admitiu que houve um aumento no primeiro semestre deste ano, mas, com a queda do preço dos alimentos, o índice recuou. Daqui para a frente, deve-se observar alguma pressão inflacionária por conta da desvalorização do real. [A pressão deve ser] momentânea e passageira, porque a demanda está caindo. O consumo está na faixa de 14% ao ano. Se reduzir para 10%, está ótimo. E com isso não haverá perigo de uma demanda pressionar a oferta.
O ministro disse ainda que um dos efeitos da crise internacional será a menor geração de postos de trabalho no país. Em vez de gerar 2 milhões de empregos no próximo ano, vamos gerar menos, porém, o emprego continuará se expandindo no país.
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