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Economia - Nacional

Mantega adverte sobre ‘guerra comercial global’



BBC Brasil
 

Segundo ele, a causa dessa guerra comercial seriam as supostas manipulações das taxas de câmbio por países como China, Estados Unidos e outros.

Mantega afirmou ainda que o Brasil está preparando novas medidas para evitar a valorização ainda maior do real e disse que levantará a questão no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do G20, o grupo das 20 principais economias do mundo.

“Isto é uma guerra cambial que está se transformando em uma guerra comercial”, disse Mantega, que foi mantido no cargo pela presidente Dilma Rousseff, que tomou posse no dia 1º de janeiro.

Segundo ele, a balança comercial brasileira com os Estados Unidos mudou de um superávit anual de cerca de US$ 15 bilhões (R$ 25 bilhões) para um déficit de US$ 6 bilhões (R$ 10 bilhões) por causa dos esforços americanos para reativar sua economia mantendo uma quantidade maior de dinheiro em circulação, provocando a desvalorização do dólar e o aumento da competitividade dos produtos de exportação americanos.

“A taxa de câmbio é um dos principais motores da política econômica, ainda mais do que a produtividade”, disse.

Para ele, a moeda “subvalorizada” da China também está distorcendo o comércio global.
 

Real valorizado

Mantega foi a primeira grande autoridade internacional a falar sobre uma suposta guerra cambial, provocada por ações de países ricos para favorecer suas exportações com a desvalorização de suas moedas.

Nos últimos dois anos, o real se valorizou em 39% em relação ao dólar.

O Brasil vem recebendo uma grande quantidade de capital estrangeiro em busca de altos rendimentos por conta das taxas de juros altas do país, enquanto nos países ricos essas taxas estão a níveis historicamente baixos.

Esse excesso de divisas é apontado com o principal fator por trás da valorização do real e de outras moedas de países emergentes.

O Fundo Monetário Internacional advertiu em outubro que alguns países pareciam estar tentando usar suas moedas como “uma arma”.

A questão também foi discutida durante a última reunião de cúpula dos países do G20, em novembro, na Coreia do Sul, mas não houve um acordo para estabelecer mecanismos para controlar as supostas manipulações cambiais.

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