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Economia - Nacional

Maior concentração de despesas gera pior resultado das contas públicas


Kelly Oliveira
Agência Brasil

A maior concentração de despesas e a redução de receitas levaram ao pior resultado das contas públicas para meses de maio, avaliou hoje (30) o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.

Em maio, o setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais – apresentou déficit primário de R$ 11,046 bilhões, o primeiro resultado negativo registrado no período. Ao analisar todos os meses da série histórica, iniciada em 2001, esse foi o pior resultado desde dezembro de 2008, quando o déficit primário chegou a R$ 20,952 bilhões.

Segundo Maciel, em maio houve aumento de investimentos do governo e redução de receitas de dividendos e de depósitos judiciais em relação ao mesmo mês do ano passado. Em maio de 2013, o setor público registrou superávit primário de R$ 5,681 bilhões. Ele disse que ainda é cedo para avaliar se o setor público terá dificuldade para atingir a meta de superávit primário de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. “É preciso aguardar os próximos resultados. Ainda há uma série de eventos a ocorrer, como receitas de concessões, volume de dividendos previstos na LOA [Lei Orçamentária Anual], Refis [programa de renegociação de dívidas com a União]. Uma avaliação exige um conjunto de dados mais amplo. Não devemos fazer essa avaliação especificamente com o último resultado [de maio]”, argumentou.

Em 12 meses encerrados em maio, o superávit primário do setor público ficou em R$ 76,057 bilhões, o corresponde a 1,52% do PIB, o menor resultado desde outubro do ano passado (1,42%).

O resultado primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública.

Hoje, o BC revisou a projeção para a dívida líquida do setor público em relação ao PIB de 33,4% para 34%, em dezembro deste ano. Essa estimativa é feita com base no superávit primário em 1,9% do PIB. Ao considerar parâmetros de mercado, como o superávit primário em 1,5% do PIB, a dívida líquida deve ficar em 34,4% do PIB, contra 33,8% previstos anteriormente.

A dívida bruta deve chegar a 58,4% do PIB, de acordo com a previsão do BC, ou 58%, segundo parâmetros de mercado.

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