Quarta-feira, 18 de abril de 2012 - 11h10
Kelly Oliveira
Agência Brasil
Brasília - O Itaú decidiu reduzir as taxas de juros a seus clientes. A decisão foi anunciada hoje (18), logo após divulgação de cortes de juros pelo Bradesco. Nos dois bancos, as novas taxas passam a valer em 23 de abril.
No caso do financiamento de veículos, a taxa mínima sofrerá redução de 8% e será de 0,99% ao mês. A taxa será válida para clientes correntistas há mais de um ano, em operações com 50% de entrada e parcelamento em até 24 meses. Nos empréstimos consignados para beneficiários do INSS, a taxa mínima foi reduzida para 0,89%, e a máxima, para 2,2% ao mês.
O Itaú também lançou um pacote para clientes que recebem salário em conta corrente do banco. “Ao aderir a esse pacote, o cliente tem acesso a taxas de juros reduzidas, maior número de transações bancárias incluídas, além de passar a receber mensagens de texto SMS que o ajudarão a controlar melhor suas movimentações financeiras.” O banco informou que esse pacote estará disponível em todas as agências a partir de 2 de maio.
De acordo com o Itaú, os juros para os clientes que optarem por esse novo pacote terão redução de até 47%. É o caso da taxa mínima do cheque especial, que será reduzida para 1,95% ao mês. No cartão de crédito, o rotativo passará a ter taxas mínimas a partir de 3,85% ao mês.
De acordo com o banco, para os clientes que aderirem ao pacote e usarem mais de 50% do limite do cheque especial ou do rotativo do cartão de crédito por três meses consecutivos, o banco oferecerá parcelamento do saldo com taxa a partir de 4% ao mês, em até 24 meses.
Para as micro e pequenas empresas clientes do Itaú, haverá reduções nas taxas mínimas do cheque especial, por exemplo. Nesse caso, os juros cairão 66% - a partir de 1,95% ao mês. No capital de giro, os juros serão a partir de 1,14% ao mês, em desconto de duplicatas e cheques, a partir de 1,29% ao mês. E, na antecipação de recebíveis de cartões, a taxa mínima passa a ser de 1,05% ao mês.
Em nota, o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirma que os cortes estão “em linha com as reduções da taxa básica de juros pelo Banco Central e com o cenário de crescimento econômico positivo para o país no segundo semestre de 2012”. Setubal acrescenta que “desta forma, com a redução dos spreads [diferença entre taxa de captação e a cobrada dos clientes], acreditamos que damos mais uma contribuição para o processo de transformação e desenvolvimento nacional”.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez duras críticas aos bancos privados por não reduzirem as taxas de juros e cobrarem altos spreads. No início do mês, instituições financeiras públicas - como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal - anunciaram redução dos juros de linhas de crédito.
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