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Economia - Nacional

Indústria brasileira amplia percentual da receita investido em pesquisa e desenvolvimento



Pedro Peduzzi
 Agência Brasil

Brasília - A indústria brasileira dedicou, entre 2008 e 2011, uma fatia maior da receita líquida obtida com vendas para os investimentos na área de pesquisa e desenvolvimento. Apesar disso, no mesmo período, o percentual desse tipo de investimento em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) ficou praticamente estável, segundo nota técnica divulgada hoje (6) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O estudo tem por base dados da Pesquisa de Inovação (Pintec) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O que vemos é que esses investimentos têm sido feitos principalmente nos setores da indústria nacional, onde esses tipos de investimentos se fazem necessários, o que representa um bom sinal", disse a diretora de Estudos Setoriais do Ipea, Fernanda De Negri.

É o caso dos setores de alta intensidade tecnológica (indústria aeroespacial, farmacêutica, eletrônica, de informática, telecomunicações e de instrumentos), que em 2008 investiam 1,89% da receita líquida e em 2011 passaram a investir 2,28%. Houve aumento também nas indústrias de média-alta intensidade tecnológica (material elétrico, veículos automotores, química, ferroviária e de equipamentos de transporte, máquinas e equipamentos), que, no mesmo período cresceram o percentual de investimentos de 1,13% da receita líquida com vendas para 1,27%.

De acordo com a nota técnica do Ipea, em 2008 a indústria da transformação, como um todo, investia 0,75% da receita líquida de vendas em pesquisa e desenvolvimento. Esse percentual aumentou para 0,83% em 2011. No mesmo período, os gastos em atividades internas em pesquisa e desenvolvimento, que representavam 0,58% do PIB em 2008, ficou praticamente estável em 2011, quando ficou em 0,59%.

Segundo o Ipea, a parte da indústria corresponde a 70% dos investimentos feitos em pesquisa e desenvolvimento. “O país está investindo mais, mas devido à conjuntura econômica de crise, [a indústria] perdeu espaço no PIB. Esse setor foi bastante afetado pela crise de 2008”, disse a pesquisadora. “Crescimento mais significativo ocorreu no intervalo entre 2005 e 2008, quando passou de 0,54% para 0,58%. Essa variação não é pouca coisa, porque representa uma variação de quase 10%”, acrescentou Luiz Ricardo Cavalcante, coautor do estudo.

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