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Economia - Nacional

Impactos do novo mínimo serão positivos para a economia e o comércio


 
Alana Gandra
Agência Brasil


Rio de Janeiro - O aumento de R$ 50,00 no salário mínimo, que passa a valer R$ 465,00 a partir do próximo domingo,  terá impacto positivo na economia, na medida em que vai ampliar a renda das camadas mais pobres da população, que “têm uma propensão a consumo alta”. A avaliação foi feita  hoje (30)  à Agência Brasil pelo economista Rogério Sobreira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“Vai ajudar a manter, pelo menos parcialmente, os gastos de consumo das famílias”. No entanto, segundo Sobreira, a medida terá também impacto negativo sobre as contas da Previdência  Social, que “ainda estão fortemente vinculadas ao salário mínimo”.

O economista da FGV considerou correta, nesse sentido,  a intenção do governo federal de manter o nível de consumo da economia “o mais intocado possível, para compensar os efeitos  da crise” financeira internacional.

Na avaliação do presidente do Conselho Empresarial de Varejo da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Daniel Plá, o aumento de 12,05% registrado no salário mínimo em relação ao salário anterior de R$ 415,00 vai ser positivo principalmente para o comércio  popular.  “Será uma injeção na economia de mais de R$ 23 bilhões. E um terço disso vai para o comércio”, salientou.

Ele vê, porém, um aspecto negativo para a classe média, que possui despesas, às vezes, com empregadas domésticas. As empresas que pagam salário mínimo a seus funcionários também experimentarão aumento de custos, sinalizou.

“O custo desse aumento (do salário mínimo), na prática, é dobrado por causa dos encargos, como Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 13º salário, férias”, afirmou.

 

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