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Economia - Nacional

Guido Mantega critica propostas de Nakano


Martha Beck - Agência O Globo BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou nesta terça-feira as propostas do PSDB para a política econômica. Entre as medidas sugeridas por Yoshiaki Nakano, economista de confiança de Geraldo Alckmin, está, por exemplo, um corte drástico nos gastos públicos (3% do PIB já no primeiro ano de governo). Mantega afirmou que a proposta é inviável, pois significa que o governo teria que reduzir despesas com a Previdência Social e as áreas de Saúde e Educação, que têm recursos do orçamento garantidos em lei. Ele também disse que medidas radicais já foram adotadas no passado e só levaram o país a finais infelizes. - Esse corte significa R$ 60 bilhões. Mas isso não tem condições, a não ser que fosse jogada uma bomba e se acabasse com programas sociais e investimentos. Na Previdência, que é nossa maior despesa, você pode não subir (gastos), mas não pode diminuir. A Saúde também tem R$ 45 bilhões de gastos que são regidos por lei. Se não vai fazer reforma da Previdência e não vai cortar gastos sociais, então é impossível - disse. Mantega também ironizou as propostas da oposição: - Eu queria elogiar a atitude de revelar o plano de governo de Alckmin. Isso ajuda a opinião pública. Mas não vejo necessidade de utilizar tratamentos de choque ou movimentos radicais na economia brasileira. Ele também disse que está observando de perto o ajuste fiscal feito por Alckmin no governo de São Paulo. Isso porque, segundo o ministro, esse ajuste foi feito com aumento de receitas, o que implica num aumento da carga tributária. - Estou estudando com um pouco mais de profundidade esse ajuste em São Paulo - afirmou ele. Segundo Nakano, um eventual governo do PSDB também faria uma redução mais acentuada dos juros, desvalorizaria mais o real - para tornar o câmbio mais competitivo para os exportadores - e adotaria uma meta de inflação mais baixa que a atual, de 2% a 4%. No entanto, Mantega disse que essas propostas são divergentes. - Baixar juros e desvalorizar o câmbio exercem pressões inflacionárias. Por isso, você só baixaria a inflação na porrada. Acho que uma meta de 2% a 4% muito conservadora. Acredito que os atuais 4,5% estão de bom tamanho - disse o ministro. Ele também afirmou que é amigo de Nakano, pois os dois são professores do departamento de economia da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Mas isso não quer dizer que ambos tenham a mesma visão em relação à economia.

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