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Economia - Nacional

Furlan: PIB não preocupa e câmbio não tira o sono


Ramona Ordoñez - Agência O Globo RIO - O Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan, disse que não se deve ficar preocupado sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 2,9% no ano passado, mas sim deve se pensar em garantir as bases de crescimento para se atingir no próximo ano a meta de 5%. Para isso, segundo ele, é fundamental que a economia cresça 5% já no último trimestre deste ano. - Nesta altura, falar do PIB de 2006 é como ficar pensando quem foi o campeão brasileiro no ano passado. Passou, o que interessa é o campeonato deste ano. Estamos no mês de março e ficar arrancando cabelo pelo que aconteceu no ano passado, acho muito melhor trabalhar para agora - destacou Furlan. O ministro, que esteve ontem no Rio participando de uma conferência para empresários e investidores estrangeiros na área de software e de Teconologia da Informação (TI que está sendo realizada pela Brazilian Association of Software Service Export Companies (Brascom), destacou que o mais importante era que na virada do ano a economia já estivesse a uma velocidade que ele chamou de razoável, que foi o que aconteceu. Furlan disse que agora a expectativa é que na virada deste ano de 2007 no último trimestre o país já esteja crescendo a 5%. - Mesmo que a média do ano fique abaixo, se virarmos o ano a 5%, a possibilidade do ano que vem ter uma velocidade cruzeiro maior é muito grande. O bom desse número que apareceu é que nós viramos o ano ao redor de 4%, que é diferente de 2,9%. A economia entrou em janeiro crescendo a uma velocidade de 4%, desse número para 5% é muito mais fácil do que de 2,9% para 5% - afirmou. CÂMBIO - O ministro também garantiu que não está perdendo o sono por causa do câmbio baixo que se acentuou nos últimos dias. Furlan se referia às declarações feitas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o câmbio baixo estava 'tirando o sono da equipe econômica'. Luiz Furlan admitiu, contudo, que o dólar muito baixo é um problema para alguns setores. Mas destacou que outros segmentos considerados sensíveis, como calçados, confecções e móveis, tiveram uma boa performance exportadora nos dois primeiros meses do ano. - O dólar não está tirando meu sono - garantiu o ministro. Furlan disse não estar preocupado com o crescimento das importações, uma vez que isso é necessário. Além do que, no entender do ministro, acaba se colocando como um desafio para as empresas que produzem no Brasil. - Se nós não tornarmos a produção brasileira mais competitiva, dando isonomia às condições mundiais, aí sim é preocupante. Mas o presidente e os ministros sabem que é preciso dar isonomia competitiva; é preciso investir em infra-estrutura, desonerar a produção e o investimento, melhorar a capacitação e a educação. Tudo que o precisa fazer, nós sabemos; só tem que pegar firme e ir adiante - destacou. Sobre a queda nos índices das bolsas asiáticas dos últimos dias o ministro disse que pode acabar gerando uma boa oportunidade para os investidores porque a performance das empresa brasileiras não são afetadas por essas turbulências. Segundo ele, as exportações da Vale do Rio Doce ou do setor automobilístico não são afetadas pelo que está ocorrendo nas bolsas internacionais. - A turbulência das bolsas pode ser uma acomodação sobre um mercado que vinha crescendo muito vigorosamente, uma realização de lucros, e também uma oportunidade para investidores que queiram aproveitar essa queda. O Brasil está em muito boas condições para enfrentar essas turbulências - destacou Furlan, ao afirmar que o fato de a bolsa no Brasil também ter sofrido as influências externas demonstra apenas um alinhamento da globalização de todos os mercados mundiais.

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