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Economia - Nacional

FMI eleva previsão de crescimento do Brasil e diz que 'há espaço' para reduzir mais os juros


Agência O Globo No dia 30 de agosto, o Banco Central brasileiro reduziu em 0,5 ponto percentual a Selic, situando-a em 14,25% ao ano, menor nível desde 1997. No entanto, charles Collyns, "número dois" do departamento de Análise do Fundo, disse, em entrevista coletiva, que o BC está em uma posição muito boa e que há espaço para reduções adicionais que podem estimular os investimentos. No relatório, apresentado em Cingapura no âmbito da Assembléia Anual conjunta com o Banco Mundial, o FMI calcula que o Brasil crescerá 3,6% este ano, pouco acima dos 3,5% estimados em abril. Esse resultado, no entanto, f ica acima da estimativa de 3,2% prevista pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão ligado ao Ministério da Fazenda. A previsão do Ipea foi anunciada depois de o IBGE ter divulgado que a economia crescera apenas 0,5% no primeiro trimestre. Por sua vez, a previsão do FMI ainda fica abaixo da estimativa feita por alguns integrantes do governo brasileiro, como o ministro da Fazenda, Guido Mantega, segundo o qual, o Brasil ainda tem condições de crescer 4% neste ano. Para 2007, o Fundo prevê um aumento do PIB brasileiro de 4%, resultado 0,5 ponto percentual acima do previsto no relatório de abril. Collyns, especialista em economia brasileira no Fundo, reconheceu que "a resposta do crescimento foi desanimador" no país até agora, mas pediu "paciência".- O governo tem feito muito nos últimos anos para colocar as bases macroeconômicas de um crescimento sustentado - disse Collyns. Ele elogiou medidas como os altos superávits fiscais e o estabelecimento de um marco "totalmente crível" de combate à alta de preços. O FMI prevê que a inflação continuará sua tendência de baixa e deve passar dos 6,9% em 2005 para 4,5%, em 2006. Em 2007, deve chegar a 4,1%. Collyns, no entanto, não fez só elogios ao Brasil. O funcionário do Fundo constatou o "rápido" aumento do gasto público no país nos últimos anos, graças ao avanço da arrecadação, acrescentando que Brasília pode usar melhor o dinheiro e se dedicar mais a desembolsos a programas sociais para ajudar os pobres. - O governo obteve êxitos nessa área, mas pode fazer mais - afirmou, ressaltando a necessidade de aumentar o investimento público na infra-estrutura e as reformas no setor financeiro. O FMI explicou que as altas taxas de juros no país devem-se, em parte, ao fato dos bancos manterem uma percentagem "muito alta" de seus ativos como reservas e ao fato de existir uma grande quantidade de créditos "direcionados" pelas agências públicas. Além disso, recomendou melhorar os sistemas de informação sobre a solvência das empresas e indivíduos que solicitam créditos, assim como as normas para se declarar em quebra.No informe, o Fundo elogiou a gestão da dívida realizada pelo Brasil, destacando que o país reduziu o montante total de suas obrigações e substituiu seus bônus em dólares por títulos em reais, que os torna menos vulneráveis a crises externas. O relatório afirma que o superávit em conta corrente registrado pelo Brasil por conta do alto nível de exportações deve ser reduzido de 1,8% do PIB em 2005 para 0,6%, em 2006. Em 2007, esse percentual deve ficar em 0,4%, de acordo com seus cálculos.

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