Quarta-feira, 9 de outubro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Economia - Nacional

Fiesp prevê estagnação na oferta de empregos


Marli Moreira
Agência Brasil

São Paulo – Nos dois primeiros meses deste ano, a indústria de transformação paulista criou 4,5 mil vagas no mercado de trabalho, o que significa um aumento de 0,18% sobre o primeiro bimestre de 2011. A expansão foi concentrada no setor sucroalcooleiro, que, isoladamente, ampliou a contratação em 6,6 mil ante a eliminação de 2,1 mil empregados, na média dos demais setores.

Em fevereiro, de um total de 22 setores, dez efetuaram cortes, nove ampliaram vagas e três mantiveram o número de empregados, quando compara-se o resultado com o de janeiro. Entre os que fecharam postos de trabalho, está a indústria automotiva, que demitiu 1,3 mil trabalhadores.

Os dados foram divulgados hoje (13) pelo diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini. Ele vê com ceticismo o futuro do setor no curto prazo e prevê estagnação na oferta de empregos, em decorrência dos efeitos da crise na Europa e do desaquecimento da economia norte-americana no mercado global.

Pelas projeções da Fiesp, o nível de emprego deverá ficar em torno de 0,2% ao longo do ano. De acordo com Francini, as empresas estão com número de empregados além do que necessitam. Ele enfatizou que “não existe um país que dê certo sem contar com indústria de transformação”, lembrando que, nos últimos anos, no Brasil, a indústria vem, gradativamente, perdendo a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB). Segundo ele, a proporção passou de 25%, nos anos de 1980, para 14,6%, no ano passado.

O economista reconheceu, porém, que algumas medidas tomadas pelo governo brasileiro favorecem o setor como, por exemplo, as que visam a conter a desvalorização do dólar. Ele, no entanto, acredita que novas brechas para a entrada da moeda no mercado poderão ser utilizadas já que existe muita liquidez nos mercados lá fora, e a situação dos investimentos financeiros no Brasil é atrativa.

Quanto à desoneração da folha de pagamento como estímulo, ela só seria bem-vinda, na avaliação de Francini, se as empresas não tivessem que compensar a perda dessa arrecadação fiscal com o recolhimento de uma parte do faturamento, como quer o governo. Ele acredita que acordos nesse sentido não deverão vingar.
 

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 9 de outubro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Programa Social: Novo Bolsa Família cumprirá teto de gastos, diz ministro da Cidadania

Programa Social: Novo Bolsa Família cumprirá teto de gastos, diz ministro da Cidadania

O programa social que pretende substituir o Bolsa Família terá o maior valor possível para o benefício dentro do teto de gastos, disse hoje (9) o mi

Banco do Brasil lança dois programas de desligamento incentivado

Banco do Brasil lança dois programas de desligamento incentivado

O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta segunda-feira (11) dois programas de desligamento incentivado. A expectativa é que a adesão chegue a 5 mil fun

Entre vinhos e lagostas Lewandowski instaura o caos + Não há empregos sem empresas

Entre vinhos e lagostas Lewandowski instaura o caos + Não há empregos sem empresas

Não há empregos sem empresasEm 1985, a inflação no Brasil atingiu o valor de 242,23%. Em 1986, com receio da aceleração descontrolada da inflação, o g

MEI: Quem terá direito ao vale de R$600 e como pedir? + COVID19 no Brasil: cuidados

MEI: Quem terá direito ao vale de R$600 e como pedir? + COVID19 no Brasil: cuidados

COVID19 no Brasil: cuidadosNa tentativa de conter a disseminação do novo Coronavírus (COVID19), diversos países do mundo reforçaram suas medidas de is

Gente de Opinião Quarta-feira, 9 de outubro de 2024 | Porto Velho (RO)