Sexta-feira, 6 de janeiro de 2012 - 14h18
Alana Gandra
Agência Brasil
Rio de Janeiro – Os produtos mais consumidos nas férias escolares subiram 8,83% entre janeiro e dezembro de 2011, superando a inflação medida no mesmo período pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Getulio Vargas (FGV).
De acordo com pesquisa divulgada hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, os itens que mais subiram foram aqueles preferidos por crianças e adolescentes, entre os quais xarope de diversos sabores (22,37%), sorvete (16,97%), batata frita (14,13%), iogurte (11,74%) e geleia (10,25%).
Dentre os serviços, os maiores aumentos foram observados em passagem aérea (18,17%), hotel (12,35%), teatro (10,64%), clube de recreação (10%), show musical (8,01%) e cinema (7,35%). O único item da lista que apresentou deflação, entre janeiro e dezembro do ano passado, foi o pó para refresco de diversos sabores (-4,21%).
Segundo o economista do Ibre, André Braz, esse movimento de elevação de preços é comum nesse período de férias escolares, “o que indica que existe um efeito sazonal por trás de alguns preços”.
Braz não descartou também que os aumentos refletem o próprio aquecimento da economia brasileira. “Ainda que essa situação de aquecimento tenda a não se manter devido aos efeitos de contaminação da crise europeia, o retrato atual é de aquecimento, porque os salários estão crescendo em termos reais, isto é, descontada a inflação”.
O aumento de 14% no salário mínimo deste ano, que vigora a partir de janeiro, dará um fôlego adicional às famílias, que passam a incorporar cada vez mais esses itens das férias, considerados supérfluos, em sua cesta de consumo. Por isso, ele acredita que há, nesse período, uma procura maior por produtos e serviços que não são essenciais.
Como as férias não provocam nenhuma surpresa, na medida em que todos sabem quando elas começam e terminam, André Braz recomendou às famílias que planejem com antecedência essas despesas extras no orçamento, para evitar desconfortos. “O ideal é fazer uma provisão do orçamento para passar melhor esse período, sem um aperto no orçamento do mês. Isso vai depender da disciplina de cada família”. Ele lembrou, entretanto, que “quanto maior a antecedência, melhor o resultado”.
O planejamento também deve ser feito para as contas que têm de ser pagas entre janeiro e fevereiro. Como exemplo, André Braz citou o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), conselhos de classe e outras despesas desse período do ano.
Programa Social: Novo Bolsa Família cumprirá teto de gastos, diz ministro da Cidadania
O programa social que pretende substituir o Bolsa Família terá o maior valor possível para o benefício dentro do teto de gastos, disse hoje (9) o mi
Banco do Brasil lança dois programas de desligamento incentivado
O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta segunda-feira (11) dois programas de desligamento incentivado. A expectativa é que a adesão chegue a 5 mil fun
Entre vinhos e lagostas Lewandowski instaura o caos + Não há empregos sem empresas
Não há empregos sem empresasEm 1985, a inflação no Brasil atingiu o valor de 242,23%. Em 1986, com receio da aceleração descontrolada da inflação, o g
MEI: Quem terá direito ao vale de R$600 e como pedir? + COVID19 no Brasil: cuidados
COVID19 no Brasil: cuidadosNa tentativa de conter a disseminação do novo Coronavírus (COVID19), diversos países do mundo reforçaram suas medidas de is