Sexta-feira, 22 de abril de 2011 - 07h39
Os 12 feriados nacionais e 30 estaduais que caem este ano em dias úteis vão provocar uma perda para o Brasil de R$ 135,8 bilhões, ou o correspondente a 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços produzidos no país. A informação consta de estudo técnico divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Tomando por base o crescimento previsto do PIB, os números corrigidos indicam que o setor produtivo deixará de ganhar R$ 14,8 bilhões por dia parado.“A ideia é mostrar que a paralisação excessiva da atividade econômica, gerada pela fusão de conceitos entre feriados e datas comemorativas, impõe enormes custos ao parque produtivo nacional e, principalmente, à nossa competitividade, vis-a-vis nossos principais concorrentes”, afirmou o gerente da Divisão de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês.
Muitos feriados causam prejuízos
Uma simples comparação dentro do grupo do Brics (acrônimo que representa os emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), por exemplo, mostra que a China, após a reforma de 2008, definiu nove feriados nacionais. A Índia tem sete, dos quais apenas três caem em dias úteis. “Temos uma perda de competitividade muito grande em relação aos nossos principais competidores”, disse ele.O estudo mostra, porém, que, em comparação ao ano passado, o custo econômico dos feriados será menor em 2011, considerando que alguns feriados caem em fins de semana. A perda em 2010 foi de R$ 149,2 bilhões, ou o equivalente a 4,4% do PIB, indicando perda por dia parado de R$ 13,8 bilhões. “Nós temos dois feriados a menos em dias de semana, o que deu uma perda absoluta menor” em relação a 2010.Mercês destacou, contudo, que as perdas são muito grandes. “Afinal, nós estamos falando de R$ 135 bilhões por ano para o Brasil, o que daria para custear quatro olimpíadas no país ou dobrar o orçamento previsto da União para a saúde”.
Tomando por base os estados mais industrializados, verifica-se que as perdas são proporcionais ao tamanho do PIB. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, por exemplo, as perdas estimadas em 2011 alcançam R$ 42,5 bilhões, R$ 14,5 bilhões e R$ 12 bilhões, respectivamente. “As perdas são muito grandes, principalmente no momento atual, quando a capacidade instalada está bem alta, as indústrias produzem a pleno valor. E aí, se torna praticamente impossível recuperar o tempo perdido com os feriados”.O economista da Firjan informou que mesmo nos estados de menor PIB, também há perdas importantes. O custo econômico dos feriados será tanto maior quanto maior for a pujança econômica do estado, explicou. No estado do Rio de Janeiro, a perda de receita estimada por dia parado atinge R$ 1,6 bilhão. “Daria para cobrir todo o investimento do Comperj [Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro] ou quase 14 vezes o orçamento previsto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o estado, em 2011”. Já o economista e professor da Universidade Federal de Rondônia, Silvio Persivo, utilizando os dados previstos de crescimento do Estado calcula que cada feriado traga um prejuízo mínimo de R$ 280 milhões, mas, que em dois feriados prolongados como o deste final de semana o prejuízo giraria em torno de R$ 640 milhões sem considerar os efeitos posteriores. Esta é uma das razões pela qual o presidente da Fecomércio/RO, Raniery Araújo Coelho, considera que “É preciso rever a questão dos feriados e racionalizar melhor os prejuízos que acarreta e que são muito mais nocivos em estados como o nosso no qual o comércio é o principal pilar da atividade econômica”. Para ele, a questão é que um feriado longo as pessoas viajam e gastam lá fora criando “vazamentos” de renda que enfraquecem a economia e o poder aquisitivo local “O Brasil, hoje, é um dos países com maior número de feriados. Temos feriados de país rico, custo de país rico, mas, nossa economia ainda é muito frágil”, completou.
Fonte: Jornal Alto Madeira
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