Sexta-feira, 27 de maio de 2011 - 16h48
A pesquisa de endividamento e inadimplência, feita pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), para Porto Velho mostra o terceiro maior endividamento das famílias desde que foi iniciada a série em janeiro de 2010 com o crescimento de 66% das famílias endividadas em abril para os atuais 71% em maio bem acima dos 64,2% da média nacional. Somente nos meses de janeiro (75%) e setembro (73%) de 2010 o endividamento das famílias foi mais alto embora tenha existido uma leve queda nas contas em atraso (-3,1%) e uma forte queda de -23,1% nos que não terão condições de pagar suas dívidas. Para o presidente da Fecomércio/RO, Raniery Araújo Coelho, os resultados da pesquisa “São, sem dúvida, um reflexo dos problemas trabalhistas ocasionados pelos distúrbios ocorridos em Jirau com a dispensa de uma quantidade muito elevada de trabalhadores”, mas, se mostrou otimista amo mestrar que tanto as contas em atraso como as famílias que não terão condições de pagar dão sinais positivos para o futuro, daí sua crença de que “Teremos um segundo semestre melhor embora não tão aquecido quanto desejamos”. O tempo médio com pagamento em atraso em Porto Velho está em 60,3 dias, em janeiro, enquanto o tempo médio de comprometimento com dívidas foi de 6,9 meses.
Síntese dos resultados Dezembro de 2010/Janeiro/Fevereiro de 2011 (Em %)
Taxa |
Março |
Abril |
Maio |
Variação % (Abril/Maio) |
Total de Endividados |
68 |
66 |
71 |
7,6 |
Dívidas ou contas em atraso |
36 |
32 |
31 |
-3,1 |
Não Terão Condições de Pagar |
15 |
13 |
10 |
-23,1 |
Fonte: Pesquisa Direta CNC/Fecomércio/RO
Em maio de 2011 o percentual de famílias que se consideram muito endividadas caiu para 9,8%. Os que se consideram mais ou menos endividadas são 23,4%, 38% se consideram pouco endividados e os que não tem dívidas são 28,8%.
Predominam, entre as famílias, as contas em atraso predominam as com contas atrasadas acima de 90 dias que representam 45,8% das famílias, seguida dos que tem dívidas em até 30 dias (36,7%), e as com atraso entre 30 e 90 dias são 16,9%. A parcela da renda comprometida com dívidas, porém, teve um aumento de 26,8%, em janeiro para 28,1% em fevereiro. O nível de renda das famílias com comprometimento de mais de 50% da renda foi de 13,5 bem menor que os 17,4% de janeiro .Entre 11 e 50% estão comprometidas as rendas de 44,3% das famílias e 22,2% tem um comprometimento abaixo de 10% em janeiro de 2011.
Cartões de crédito são o principal tipo de dívidas
Quanto aos principais tipos de dívidas, em fevereiro, os cartões de crédito, ainda que com leve queda na percentagem em relação a janeiro (42,3%) se mantém como o principal tipo de dívida de 40,9% das famílias, seguido, novamente, dos carnês que representavam 36,6%, em janeiro, e, agora, representam 36,9% das dívidas das famílias de Porto Velho. O crédito pessoal, mesmo caindo com 16,3% aparece em terceiro seguido do crédito consignado com 6,8%, logo depois surge o financiamento de carros com 5,5 % das dívidas. Outros tipos de dívidas representam 9,5% das dívidas das famílias. O leve aumento do endividamento, considerando as medidas governamentais que dificultaram o acesso ao crédito e influem no otimismo do mercado, ainda que tenha se refletido numa queda de apenas -4,5% da intenção de consumo, pode ser considerado um resultado animador em especial por não alterar o atraso nas contas e é um indicativo de que a piora na condição do crédito está atuando como um freio para o endividamento num prazo mais prolongado na economia local.
Sobre a PEIC de Porto Velho
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é uma pesquisa nacional apurada mensalmente pela CNC a partir de dezembro de 2009. Os dados são coletados em todas as capitais dos estados federais e no distrito federal junto a 17.800 consumidores. Em relação à Porto Velho são coletados dados de 500 consumidores segmentados por zonas da cidade e por renda todos com idade superior a 18 anos. Para fixar o tamanho da amostra admitiu-se que 95% das estimativas poderiam diferir do valor populacional desconhecido p por, no máximo 3,5%, isto é, o valor absoluto d (erro amostral) assumiria no máximo valor igual a 0,035 sob o nível de confiança de 95%, para uma população constituída de consumidores em potencial. Para se obter maior aproximação fixou-se um maior tamanho da amostra para a precisão fixada. Assim, o número mínimo de consumidores entrevistados foi de 500, ou seja, com uma amostra de, no mínimo, 500, esperou-se que 95% dos intervalos de confiança estimados, com semi-amplitude máxima igual a 0,035, contivessem as verdadeiras freqüências. O objetivo da PEIC é diagnosticar o nível de endividamento e inadimplência do consumidor. Das informações coletadas são apurados importantes indicadores: percentual de consumidores endividados, percentual de consumidores com contas em atraso, taxa de inadimplência, tempo de nível de endividamento e nível de comprometimento da renda.
Fonte: Fecomercio
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