Terça-feira, 27 de setembro de 2011 - 06h20
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor-PEIC de Porto Velho, de setembro, revela que o endividamento das famílias de Porto Velho depois de um crescimento alto, em agosto, voltou a cair em -5,4%, ou seja, antes eram 74% das famílias endividadas e, agora, são 70% delas. A diminuição do endividamento das famílias foi saudado pelo presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO, Raniery Araujo Coelho, como um resultado esperado pelo adiamento de compras, com a chegada dos meses finais do ano, bem como pelas nuvens negras do cenário externo aliado, mesmo com um pequeno corte na taxa de juros, pela piora do acesso ao crédito. Para Raniery, “O resultado demonstra que diminuíram as dívidas e as contas em atraso sem afetar a quantidade de famílias que não podem pagar, de forma que não deixa de ser um sinal positivo de que, com o Dia das Crianças e a aproximação do final de ano, o mercado deve ter um bom aumento do consumo”. O tempo médio dos pagamentos em atraso em Porto Velho aumentou de 56,7 dias, em agosto, para 56,8 dias, em setembro. O tempo médio de comprometimento com dívidas também aumentou de 6,6 meses, em agosto, para 6,7 meses, em setembro.
Síntese dos resultados Agosto/Setembro 2011 (Em %)
|
Julho |
Agosto |
Setembro |
Variação % Agosto/Setembro |
Total de Endividados |
67 |
74 |
70 |
-5,4 |
Dívidas ou Contas em Atrasos |
25 |
31 |
26 |
-16,1 |
Não Terão Condições de Pagar |
7 |
8 |
8 |
0,0 |
Fonte: Pesquisa Direta CNC/Fecomércio/RO
O percentual de famílias que se consideram muito endividadas caiu de 11,8%, em % agosto, para 11% em setembro, uma queda de 6,7% com as famílias de mais baixa renda continuando a ser as mais endividadas. Os que se consideram mais ou menos endividadas aumentaram de 20,6%, em agosto, para 20,8% em setembro e as que se consideram pouco endividadas caíram de 42%, em agosto, para os atuais 37,7%. Já as famílias que não tem dívidas nenhuma passaram de 26,2% para os 30,5% de setembro. As contas em atraso acima de 90 dias predominam sendo, em setembro, 44,3%. Segue como mais significativas os atrasos até 30 dias que representam 36,6% das famílias e, por fim, o que possuem contas atrasadas entre 30 e 90 dias que são 19,1% das famílias. No que tange à parcela da renda comprometida com dívidas, na média, houve um aumento de 26,8%, em agosto, para 28,5%. O nível de renda das famílias com comprometimento de 11% a 50% da renda subiu de 43,4%, em agosto, para 48,4% este mês, acompanhado por uma queda de 32,2%, em agosto, para 25,9% em setembro dos que tem menos de 10% da renda comprometida. Acima de 50% da renda comprometida que estava em 16,5%, em agosto, subiu para 17,9%. As famílias que não sabem ou não responderam foram 7,8%.
Carnês continuam predominando como fonte de dívidas
Os carnês, pelo quarto mês seguido, predominam, porém, com leve queda de sua participação nas dividas de 49,9% das famílias, em agosto, para 49.3%, em setembro. Depois continua a ser o segundo principal tipo de dívidas o cartão de crédito com 45,5% sendo mais utilizado predominantemente pelo estrato dos que possuem renda acima de 10 salários mínimos. Depois aparece como tipo de dívidas mais significativa o crédito pessoal, com 12,7% e o financiamento de carro com 10,7%. O crédito consignado com 7,5% também é um dos tipos também mais citados de fonte de endividamento. O uso do crédito diminuiu, apesar do corte na taxa de juros, principalmente, pelo acesso mais difícil as camadas de renda mais baixa diante dos possíveis problemas do cenário externo.
Sobre a PEIC de Porto Velho
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é uma pesquisa nacional apurada mensalmente pela CNC a partir de dezembro de 2009. Os dados são coletados em todas as capitais dos estados federais e no distrito federal junto a 17.800 consumidores. Em relação à Porto Velho são coletados dados de 500 consumidores segmentados por zonas da cidade e por renda todos com idade superior a 18 anos. Para fixar o tamanho da amostra admitiu-se que 95% das estimativas poderiam diferir do valor populacional desconhecido p por, no máximo 3,5%, isto é, o valor absoluto d (erro amostral) assumiria no máximo valor igual a 0,035 sob o nível de confiança de 95%, para uma população constituída de consumidores em potencial. Para se obter maior aproximação fixou-se um maior tamanho da amostra para a precisão fixada. Assim, o número mínimo de consumidores entrevistados foi de 500, ou seja, com uma amostra de, no mínimo, 500, esperou-se que 95% dos intervalos de confiança estimados, com semi-amplitude máxima igual a 0,035, contivessem as verdadeiras freqüências.
O objetivo da PEIC é diagnosticar o nível de endividamento e inadimplência do consumidor. Das informações coletadas são apurados importantes indicadores: percentual de consumidores endividados, percentual de consumidores com contas em atraso, taxa de inadimplência, tempo de nível de endividamento e nível de comprometimento da renda.
Fonte: Fecomércio
Programa Social: Novo Bolsa Família cumprirá teto de gastos, diz ministro da Cidadania
O programa social que pretende substituir o Bolsa Família terá o maior valor possível para o benefício dentro do teto de gastos, disse hoje (9) o mi
Banco do Brasil lança dois programas de desligamento incentivado
O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta segunda-feira (11) dois programas de desligamento incentivado. A expectativa é que a adesão chegue a 5 mil fun
Entre vinhos e lagostas Lewandowski instaura o caos + Não há empregos sem empresas
Não há empregos sem empresasEm 1985, a inflação no Brasil atingiu o valor de 242,23%. Em 1986, com receio da aceleração descontrolada da inflação, o g
MEI: Quem terá direito ao vale de R$600 e como pedir? + COVID19 no Brasil: cuidados
COVID19 no Brasil: cuidadosNa tentativa de conter a disseminação do novo Coronavírus (COVID19), diversos países do mundo reforçaram suas medidas de is