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Economia - Nacional

Embrapa propõe revitalização da cafeicultura em RO


A produção de café com qualidade em Rondônia foi o foco de um treinamento em colheita e pós-colheita realizado pela Embrapa e parceiros em Ouro Preto do Oeste, a 330 quilômetros de Porto Velho (RO), nos dias 21 e 22 maio. Cerca de 70 técnicos extensionistas foram capacitados para levarem aos cafeicultores as inovações e tecnologias de baixo custo e voltadas para a agricultura familiar. O evento foi organizado pela Embrapa Rondônia, Embrapa Café, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), com a parceria da Emater Rondônia. Todas essas instituições organizadoras participam do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café.

Na abertura do treinamento, o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia, Samuel Oliveira, destacou a parceria com o Governo de Rondônia para a criação de políticas públicas para a revitalização do café no estado. “A Embrapa, o Governo do Estado e a Emater estão trabalhando juntos para fortalecer a cafeicultura em Rondônia. O objetivo inicial é capacitar técnicos extensionistas para trabalharem exclusivamente com a cafeicultura, levando tecnologia e inovação para os produtores”, enfatiza.

O treinamento apresentou tecnologias de colheita e pós-colheita adaptadas à agricultura familiar; de reutilização da água residuária no processamento do café – aproveitamento agrícola e aspectos legais; tecnologias de secagem do café da espécie Coffea Canephora (conilon e robusta); classificação do café; e demonstração da colheita semi-mecanizada do C. Canephora. Essas tecnologias constituem infraestrutura mínima para produção de café com qualidade.

Os assuntos chamaram a atenção de técnicos extensionistas de Rondônia e também do Amazonas. “Vim em busca de tecnologias viáveis e encontrei. Estou levando para o Amazonas inovações na secagem do café que, com certeza, vão ajudar muito a região”, diz o técnico em agropecuária Vinícius Figueiredo, de Apuí (AM). O também técnico Francisco de Araújo, de Theobroma (RO), diz estar com uma grande missão a partir de agora. “Precisamos multiplicar os conhecimentos que aprendemos aqui. Os cafeicultores precisam estar atentos para a qualidade do café em todo o processo e, principalmente, na colheita e pós-colheita, pois disso dependerá o valor final do produto”, afirma.

Apesar de a cafeicultura em Rondônia ser uma das principais atividades agrícolas e destacar o estado como o sexto maior produtor de café do País, além de ser o segundo da espécie Coffea Canephora, ainda há muito a fazer quanto a qualidade do café. “É preciso despertar os agentes públicos, os técnicos e produtores para a importância de se produzir café com qualidade. Rondônia tem grande potencial para a cafeicultura e precisa investir em qualidade para competir com os grandes produtores”, aponta o professor da UFV Juarez Souza e Silva.

A cafeicultura no estado é conduzida em pequenas propriedades e baseadas na agricultura familiar. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produtividade média dos cafezais em Rondônia é baixa, média de 12 sacas por hectare, cultivados por cerca de 40 mil produtores, que têm no café a principal fonte de renda e responsável pela manutenção dessas famílias no campo.

No entanto, um dos principais gargalos enfrentados pelos produtores é a falta de mão-de-obra, que limita o desenvolvimento da produção tanto em quantidade como em qualidade. E, com o intuito de minimizar esse problema, durante o treinamento foi demonstrada a colheita semi-mecanizada do café Canephora, que pode ser uma alternativa viável. “A Embrapa Rondônia está realizando testes e o objetivo é avaliar o desempenho e a viabilidade da colheita semimecanizada. Também será estudado o efeito dessa alternativa à colheita manual sobre a produção e qualidade do café, assim como a longevidade das plantas”, explica o pesquisador Enrique Alves.

Fonte: Renata Kelly da Silva
 

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