Terça-feira, 30 de setembro de 2008 - 16h56
Alana Gandra
Agência Brasil
Rio de Janeiro - O diretor da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Hiroshi Shimuta, disse hoje (30) à Agência Brasil que, como o produto é considerado de primeira necessidade no país, enquanto nós tivermos um déficit habitacional de 8,5 milhões de moradias, sempre alguém está comprando, reformando. A população jovem brasileira também contribui para a atividade, afirmou Shimuta, porque quem casa, quer casa. Acrescentou que atualmente existe um boom (explosão) imobiliário muito grande no Brasil, que não foi afetado pela crise externa.
Ele disse que o alongamento dos prazos de financiamento para o consumidor foi uma medida positiva. Você agora pode comprar uma casa em 240 meses. Outro fator que favoreceu o setor de materiais de construção foi o aumento dos salários, expôs o diretor da Anamaco. Há uma procura muito grande do processo da moradia, garantiu. Comer, vestir e morar são as três necessidades básicas do homem. E enquanto a casa for necessidade básica do homem, sempre você terá mercado para isso. Segundo Shimuta, o setor é sempre o último a ser prejudicado por crises e o primeiro a sair da recessão.
O diretor da Anamaco afirmou não ter notado até o momento nenhum movimento de retração da demanda por materiais de construção em decorrência da crise econômica global. Admitiu, entretanto, que o amanhã está um pouco comprometido. Mas, hoje, eu digo que não. Explicou que quando uma pessoa começa a reformar a casa, a obra se estende em geral por seis, 12 e até 18 meses. E quem estiver no meio da chuva, pode aumentar preço, pode acontecer o que tiver que acontecer, você vai até o fim. Com certeza, você não vai parar de construir.
Assegurou ainda que as financeiras continuam oferecendo os mesmos prazos de pagamento, o mesmo ocorrendo em relação aos carnês de crédito. Não houve mudança na regra do jogo. Por enquanto. Então hoje, eu até diria pelos próximos 30 a 60 dias, a coisa vai continuar desse jeito. Como 97% dos materiais de construção são fabricados no Brasil, comentou, a crise financeira americana não deve afetar o setor brasileiro no curtíssimo prazo. A médio e longo prazo pode ser que isso aconteça.
A Anamaco projeta um crescimento das vendas de materiais de construção no varejo este ano de até 11%, contra 6,5% no ano passado. O faturamento já cresceu 9,5% no ano. O setor espera um maior dinamismo no último trimestre, relacionado às reformas para preparação da casa para as festas de final de ano. A mesma perspectiva otimista não vigora, contudo, em relação a 2009. A recomendação de Shimuta para os comerciantes do setor é cautela para não ter surpresas. As vendas de materiais de construção, estimou ele, não deverão crescer na mesma proporção no próximo ano.
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