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Economia - Nacional

Crise não afeta vendas de materiais de construção no varejo, diz diretor da Anamaco



Alana Gandra
Agência Brasil


Rio de Janeiro - O diretor da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Hiroshi Shimuta, disse hoje (30) à Agência Brasil que, como o produto é considerado de primeira necessidade no país, “enquanto nós tivermos um déficit habitacional de 8,5 milhões de moradias, sempre alguém está comprando, reformando”. A população jovem brasileira  também contribui para a atividade, afirmou Shimuta, “porque quem casa, quer casa”. Acrescentou que atualmente existe um ‘boom’ (explosão) imobiliário muito grande no Brasil, que não foi afetado pela crise externa.

Ele disse que o alongamento dos prazos de financiamento para o consumidor foi uma medida positiva. “Você agora pode comprar uma casa em 240 meses”. Outro fator que favoreceu o setor de materiais de construção foi o aumento dos salários, expôs o diretor da Anamaco. Há uma procura muito grande do processo da moradia, garantiu. “Comer, vestir e morar são  as três necessidades básicas do homem. E enquanto a casa for necessidade básica do homem, sempre você terá mercado para isso”. Segundo Shimuta, o setor é  sempre o último a ser prejudicado por crises e o primeiro a sair da recessão.

O diretor da Anamaco afirmou não ter notado até o momento nenhum movimento  de  retração da demanda por materiais de construção em decorrência da crise econômica global. Admitiu, entretanto, que “o amanhã está um pouco comprometido. Mas,  hoje, eu digo que não”. Explicou que quando uma pessoa  começa a reformar a casa, a obra se estende em geral por seis, 12 e até 18 meses. “E quem estiver no meio da chuva, pode aumentar preço, pode acontecer o que tiver que acontecer, você vai até o fim. Com certeza, você não vai parar de construir.”

Assegurou ainda que as financeiras continuam oferecendo os mesmos prazos de pagamento, o mesmo ocorrendo em relação aos carnês de crédito. “Não houve  mudança na regra do jogo. Por enquanto. Então hoje, eu até diria pelos próximos 30 a 60 dias,  a coisa vai  continuar desse jeito”. Como 97% dos materiais de construção são fabricados no Brasil, comentou, a crise financeira americana  não deve afetar o setor brasileiro no curtíssimo prazo. “A médio e longo prazo pode ser que isso aconteça”.

A Anamaco projeta um crescimento das vendas de materiais de construção no varejo este ano de até 11%, contra 6,5% no ano passado. O faturamento já cresceu 9,5% no ano. O setor  espera um maior dinamismo no último trimestre, relacionado às reformas para preparação da casa para as festas de final de ano.  A mesma perspectiva otimista não vigora, contudo, em relação a 2009. A recomendação de Shimuta para os comerciantes do setor é “cautela para não ter surpresas”. As vendas de materiais de construção, estimou ele, não deverão crescer na mesma proporção no próximo ano.

 

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