Sábado, 12 de outubro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Economia - Nacional

Com 80% das pastagens queimadas pela geada, preço da carne de boi deverá disparar



A geada registrada no início da última semana castigou 80% das pastagens de Bauru e região e, como consequência, o preço da carne deverá subir nos próximos meses. Mas, até lá, o consumidor deverá pagar menos para levar o produto para casa. Este efeito gangorra é resultado direto da falta de capim para alimentar o rebanho. Sob a perspectiva de emagrecerem rapidamente, os bois que deveriam permanecer na engorda até meados de agosto deverão ser comercializados a partir de agora. Como consequência da maior oferta de carne no mercado, o consumidor deverá ser beneficiado com preços mais baixos.

Porém, dentro de dois ou três meses, a situação inversa deve se impor. "Com certeza o preço voltará a subir, porque faltará boi para abate. Praticamente, só vai restar o gado confinado (alimentado com ração), que na nossa região não passa de 10% do total", diz o presidente do Sindicato Rural de Bauru e vice-presidente Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), Maurício Lima Verde.

De acordo com ele, a pastagem "queimada" pela geada, à medida em que for secando, se tornará mais propícia à ocorrência de incêndios, o que preocupa ainda mais os pecuaristas e reforça a pressa em vender o quanto antes a criação. "O produtor poderia comprar ração para alimentar esse gado até agosto, mas é um investimento inviável porque a ração, feita a base de soja e milho, entre outros grãos, está muito cara", detalha.

Atualmente, a arroba do boi gordo é comercializada a R$ 95,00. Segundo Lima Verde, não é possível prever a que valor poderá chegar entre outubro e novembro próximos. "Seria um exercício de adivinhação. Mas certamente teremos uma leve redução de preços agora e, depois, uma grande elevação", resume. Consultadas pela reportagem, empresas frigoríficas informaram que ainda não estão pagando mais caro pelo boi gordo, mas avaliam que os reflexos negativos já devem ser sentidos dentro dos próximos 15 dias.

O mesmo deve ocorrer com a indústria de laticínios, que deve sofrer com a escassez de leite no período, já que as vacas, sem alimento, reduzem a produção em 80% em poucos dias. "Mas, como a indústria conta com fornecedores de diversas regiões, pode ser que o preço para o consumidor final não seja alterado mais do que o normal para esta época de seca", acrescenta o titular da Secretaria Municipal da Agricultura e Abastecimento (Sagra), José Carlos Zito Garcia.

(Fonte: De olho no tempo - Meteorologia)
 

Gente de OpiniãoSábado, 12 de outubro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Programa Social: Novo Bolsa Família cumprirá teto de gastos, diz ministro da Cidadania

Programa Social: Novo Bolsa Família cumprirá teto de gastos, diz ministro da Cidadania

O programa social que pretende substituir o Bolsa Família terá o maior valor possível para o benefício dentro do teto de gastos, disse hoje (9) o mi

Banco do Brasil lança dois programas de desligamento incentivado

Banco do Brasil lança dois programas de desligamento incentivado

O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta segunda-feira (11) dois programas de desligamento incentivado. A expectativa é que a adesão chegue a 5 mil fun

Entre vinhos e lagostas Lewandowski instaura o caos + Não há empregos sem empresas

Entre vinhos e lagostas Lewandowski instaura o caos + Não há empregos sem empresas

Não há empregos sem empresasEm 1985, a inflação no Brasil atingiu o valor de 242,23%. Em 1986, com receio da aceleração descontrolada da inflação, o g

MEI: Quem terá direito ao vale de R$600 e como pedir? + COVID19 no Brasil: cuidados

MEI: Quem terá direito ao vale de R$600 e como pedir? + COVID19 no Brasil: cuidados

COVID19 no Brasil: cuidadosNa tentativa de conter a disseminação do novo Coronavírus (COVID19), diversos países do mundo reforçaram suas medidas de is

Gente de Opinião Sábado, 12 de outubro de 2024 | Porto Velho (RO)