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Economia - Nacional

CNI: indústrias reduzem expectativa investimentos 2012


Kelly Oliveira
Agência Brasil

Brasília - A expectativa de investimentos das empresas do setor industrial em 2012 é um pouco menor do que a deste ano. É o que indica a pesquisa Investimentos na Indústria 2011, divulgada hoje (2) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI ).

A pesquisa foi feita com 592 empresas. Desse total, 88,7% investiram em 2011, percentual próximo do registrado no ano anterior (89,6%). Para 2012, o percentual das empresas que pretendem investir é 86,6%.

Entre as empresas que investiram neste ano, 57,8% tiveram êxito nos projetos. Em 40,3% dos casos, os investimentos foram feitos parcialmente e, para 1,9%, o plano foi cancelado ou adiado.

De acordo com a CNI, “a incerteza econômica voltou a ser a principal razão para a frustração dos planos de investimentos das empresas industriais brasileiras em 2011”. Esse item foi considerado por 58,9% dos entrevistados, contra os 36,2% da pesquisa de 2010.

Segundo os dados, mais de 86% das empresas pretendem comprar máquinas e equipamentos em 2012, sendo que, desse total, 45,9% devem comprar mais do que em 2011. A pesquisa mostra ainda que, das que pretendem investir, 73,3% vão incluir produtos importados nas compras de máquinas e equipamentos.

De acordo com a CNI, 65,9% das empresas pesquisadas consideram que a sua capacidade produtiva é adequada para atender à demanda prevista para 2012. Já 16,4% acreditam que a capacidade produtiva atual é inferior à adequada. Além disso, 17,7% consideram que irão operar com capacidade ociosa.

A pesquisa também mostra que os recursos próprios são a principal fonte de capital para 58,2% das entrevistadas. A segunda fonte (21,8%) são os bancos oficiais de desenvolvimento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em terceiro lugar, os recursos vêm dos bancos comerciais, sendo que desses 9,8% são instituições financeiras privadas, seguidas pelas públicas, com 7,8%.

Apesar de considerar que os recursos próprios continuarão a ser a principal fonte de recursos em 2012, as empresas pretendem aumentar a parcela vinda dos bancos oficiais de desenvolvimento. A parcela de recursos próprios deve cair para 52,9% e participação desses bancos subirá para 29,3%.

A pesquisa anual da CNI tem margem de erro de 2,7% e intervalo de confiança de 95%.

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