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Economia - Nacional

Cai ainda mais a intenção de consumo de Porto Velho


Cai ainda mais a intenção de consumo de Porto Velho - Gente de Opinião
 


A Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) das famílias de Porto Velho, em dezembro, teve uma nova queda baixando de 149,8 para 146,7 pontos. Com a queda, no entanto, ainda assim a intenção de consumo da nossa capital segue sendo 2,3% maior do que a media da intenção de consumo nacional que, mesmo crescendo 3,1% sobre o mês de novembro atingiu 143,4 pontos. Em dezembro somente 4 dos  7 índices que compõem o indicador apresentaram um desempenho positivo. A Perspectiva Profissional, o Nível de Consumo Atual e o Momento para Duráveis tiveram queda em dezembro com impactos negativos sobre o consumo.  

Enquanto somente a Perspectiva de Consumo variou fortemente, sem dúvida uma influência sazonal derivada do período de fim de ano, com um crescimento de 8,4%, os índices de Momento para Duráveis, com uma queda muito alta de -17,5%, o Nível de Consumo Atual, com uma queda de -8,5%, e a Perspectiva Profissional, com uma queda de -4,4%, fizeram com que a intenção de consumo das famílias de Porto Velho, pela segunda vez, recuasse e frustrou a expectativa de que este fim de ano acompanhe a perspectiva brasileira de ser, possivelmente, o melhor natal da década. É preciso acentuar, no entanto, que, mesmo assim, este feito poderá ser alcançado na medida em que a intenção de consumo ainda se encontra um pouco acima da nacional, embora o consumo atual seja 10% menor e o momento para compra de duráveis algo como 12% menor.  Ainda assim como a perspectiva de consumo é elevada e o crédito também cresceu 2,1% as vendas prometem ser promissoras, porém, sempre na última hora, pois, o consumidor de Porto Velho mesmo com o endividamento baixando continua com muitas contas em atraso.
 

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS- Porto Velho-Dezembro de 2010

INDICE

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

VARIAÇÃO

     %

 

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS

Emprego Atual

Perspectiva Profissional

Renda Atual

Acesso a Crédito

Nível de Consumo Atual

Perspectiva de Consumo

Momento para Duráveis

 

   

     

    149,9

 

    140,2

    142,9

    160,2

    157,5

    128,3

    173,0

    147,2     

    

  

 

 

     149,8

 

     144,8

     160,9

     155,4

     153,6

     123,8

     166,3

     144,0

 

      

    146,7

 

    147,5

    153,9

    156,1

    156,9

    113,3

    180,3

    118,9

 

 

      -2,1

 

       1,8

      -4,4

       0,5

       2,1

      -8,5

       8,4

    -17,5

Fonte: Pesquisa Direta CNC/Fecomércio/RO

 

Emprego Atual

Pelo quarto mês seguido há crescimento, embora leve, de apenas 1,8%, do nível de emprego atual o que se explica pela criação de empregos, principalmente, temporários no comércio, na indústria e nos serviços. A evolução do crescimento do emprego que se verificava nos níveis de maior escolaridade e salários mais altos tiveram, no entanto, uma baixa mesmo que permanecendo num patamar de maior criação que dos empregos de menor escolaridade e salários mais baixos. A capital continuou a responder pelo crescimento de mais de 50% dos empregos do Estado o que é indissociável da construção das usinas de Santo Antonio e Jirau, que continua sendo a fonte de geração dos novos empregos.


Perspectiva Profissional

A queda de -4,4% nas perspectivas profissionais, depois de um crescimento de 12,6%, em novembro, demonstra que as oportunidades, em especial para os estratos de renda acima de 10 salários mínimos, continuam muito limitadas, embora com uma diferença que pareça pequena em relação aos que tem renda abaixo deste patamar (152,5 pontos contra 146,3 pontos para renda abaixo de 10 SM). No geral a perspectiva é maior 11,2% que a média nacional (No país o índice é de 137,2 pontos contra os 153,9 pontos de Porto Velho) o que demonstra que, efetivamente, as perspectivas profissionais estão acima do nível nacional e responde pelo aquecimento do mercado de trabalho.


Perspectiva de Consumo, Nível de Consumo Atual e Renda Atual

Sendo final do ano seria de se esperar que todos estes índices variassem positivamente. Ao contrário do esperado, porém, o nível de consumo teve uma substancial queda de -8,5% ainda que a perspectiva de consumo, contraditoriamente, tenta tido uma elevação de 8,4% e a Renda Atual uma subida leve de 0,5%. O que parece explicar isto é que o nível de endividamento, em novembro, das famílias estava muito elevado com 69% delas se declarando endividada. Ainda assim, como o Acesso ao Crédito também teve uma elevação de 2,1% é possível que o comportamento do consumidor não se comporte de forma muito diferente do ano passado com perspectivas de que o consumo ainda assim seja um pouco mais elevado. É preciso acentuar que a Renda Atual de Porto Velho com o índice de 156,1 pontos é maior 3,3% do que o índice nacional de 151,1 pontos.


Piora ainda mais o Momento para Duráveis

A queda mais significativa entre os índices e que mais afetou a intenção de consumo de Porto Velho ocorreu com o Momento para Duráveis que caiu de 144 pontos, em novembro, para 118,9 pontos, bem abaixo dos 143,3 pontos da média nacional. Isto parece indicar que, por conta, de forte consumo no passado, mesmo com injeção do 13º salário não se deve esperar que as compras de duráveis venham a aumentar muito no mês de dezembro ainda que uma parte significativa das famílias demonstrem disposição de ir as compras. No entanto, o desejo parece não caber dentro da realidade dos orçamentos domésticos das famílias de Porto Velho.

 
Sobre o ICF

Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO, realizou a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias de Porto Velho (ICF-Rondônia) relativa ao mês de dezembro, ao exemplo do que fez durante todo o ano, que tem como objetivo antecipar o potencial das vendas do comércio. Os resultados do ICF são avaliados sob dois ângulos. O primeiro é o grau de satisfação e insatisfação dos consumidores. O índice abaixo de 100 pontos indica uma percepção de insatisfação, enquanto acima de 100 (com limite de 200 pontos) indica o grau de satisfação em termos de seu emprego, renda e capacidade de consumo. O segundo ângulo é o da tendência do grau de satisfação e insatisfação, por meio das variações mensais do ICF total. O ICF é composto por sete itens. Quatro deles – emprego atual, renda atual, compra a prazo e nível de consumo atual - comparam a expectativa do consumidor em relação a igual período do ano passado. Os demais itens referem-se a perspectivas de melhoria profissional para os próximos seis meses, expectativas de consumo para os próximos três meses e avaliação do momento atual quanto à aquisição de bens duráveis. As informações são obtidas a partir de 500 questionários aplicados em Porto Velho.

Fonte: Sílvio Persivo
 

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