Segunda-feira, 2 de abril de 2012 - 15h34
Com apenas 13 mil quilômetros de hidrovias navegáveis, o Brasil tem potencial para chegar a 40 mil nos próximos anos. De toda a carga transportada no país, apenas 13% é movimentada pelo modal hidroviário – as rodovias, por exemplo, respondem por um índice muito maior: 67%. Esse quadro, destacam especialistas, mostra que o setor ainda tem espaço e capacidade para se desenvolver.
Esse foi o principal ponto abordado no início das discussões do II Seminário Brasil – Bélgica sobre Hidrovias, realizado na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT) nesta segunda-feira (2), em Brasília (DF). O vice-presidente da CNT, Meton Soares Júnior, foi um dos mais enfáticos nessa posição. Disse que o setor hidroviário “pode avançar, e muito, por meio de parcerias públicas e privadas”.
Soares afirmou que o potencial precisa ser aproveitado porque o modal hidroviário é o “que pode levar produtos aos locais mais pobres do país, por um preço mais acessível e com menores danos ao meio ambiente”. Ele agradeceu a presença da delegação belga e destacou a importância do evento para a troca de experiências entre os dois países.
O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, disse que é fundamental pensar na integração da cadeia logística de todos os modais de transporte. “Não adianta providenciar investimentos específicos para um ou outro modal. Dependemos dessa intermodalidade para continuar com o aumento da produção no país”, frisou.
Brito disse que a intenção do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP) é aumentar a participação das hidrovias na matriz de transporte do Brasil de 13% para 25%, nos próximos dez anos. “Precisamos aproveitar para aprender com a experiência da Bélgica, que soube construir uma das logísticas mais sofisticadas do mundo”, afirmou.
O embaixador da Bélgica no Brasil, Claude Misson, concordou que uma das soluções para alcançar esse desenvolvimento é o uso compartilhado dos modais. Apesar da pequena extensão territorial – um pouco maior que o estado de Sergipe –, a Bélgica tem um moderno sistema de portos e hidrovias. Os primeiros canais de navegação, por exemplo, começaram a ser construídos no século XIII.
Ainda segundo Brito, além desse incentivo à intermodalidade, a entidade está mapeando as principais bacias brasileiras porque tem um objetivo estratégico muito claro: focar na questão hidroviária brasileira no futuro. A intenção também é aumentar o volume de investimentos no setor, garantiu o dirigente da Antaq.
O Superintendente de Navegação Interior da Antaq, Adalberto Tokarski, confirmou que a Agência elabora e desenvolve ações para fomentar a navegação interior no Brasil. “O país tem capacidade para exportar 50% de toda a alimentação que é consumida no mundo. Diante da nossa potencialidade na área, a experiência do governo belga é muito importante para avançarmos em relação à utilização das hidrovias”, destacou.
Além dessas autoridades, também participaram o secretário de Gestão do Ministério dos Transportes, Giulliano Renato Molinero, o diretor de Planejamento Portuário da Secretaria Especial de Portos (SEP), Wilson do Egito Coelho Filho, e o Ministro João Luiz Pereira Pinto, que é diretor do Departamento da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores.
Fonte: Rosalvo Streit / Agência CNT de Notícias
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