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Economia - Nacional

Brasil é o país que, cada vez mais, paga o salário mínimo


Agência O Globo RIO - Os brasileiros estão recebendo cada vez mais o salário mínimo. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), indicador do governo que atesta a geração de postos de trabalho no país, mostram que, em linhas gerais, todos os empregos formais criados em 2006 têm remuneração de até 1,5 salário mínimo (R$ 525). Entre janeiro e outubro, 1,5 milhão de postos de trabalho com carteira assinada foram abertos. Destes, 1,4 milhão não paga mais que R$ 525 (96% das vagas oferecidas). No mesmo período de 2005, a proporção era de 79%. O estudo do economista Márcio Pochmann, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp, sobre remuneração de empregos com carteira assinada no país, mostra a aceleração do processo de achatamento da classe média no Brasil, com a maior polarização dos trabalhadores entre pobres e ricos. Segundo a Confederação Nacional da Indústrias favorável às exportações, os juros ainda elevados e a pesada carga tributária levam cada vez mais empresas a cortarem custo com mão-de-obra. Os setores mais afetados pelo câmbio, como as indústrias têxtil, calçadista e moveleira, têm que reduzir custos de qualquer maneira. Nesses setores, a redução envolve salários. EMPREGOS - O Brasil criou 2,8 milhões de postos de trabalho com carteira assinada entre setembro de 2004 e outubro deste ano. No entanto, no mesmo período, a massa de salários do mercado formal caiu R$ 133 mil. Deveria ter crescido, pelo menos, proporcionalmente. O país reduziu esse custo, de US$ 3,12 para US$ 3,03 por hora. No resto do mundo, a hora trabalhada cresce o que significa aumento de ganho real. O atual achatamento salarial é causado pelo modelo econômico do páis que privilegia a exportação de matéria- prima. Os setores mais afetados pelo câmbio, como as indústrias têxtil, calçadista e moveleira, têm que reduzir custos para continuar no mercado.

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