Sábado, 20 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Economia - Nacional

Bancos diminuem ritmo de redução das taxas de juros


Kelly Oliveira
Agência Brasil

Brasília – O ritmo de redução das taxas de juros está menor após cinco meses consecutivos de retração mais “expressiva”, avaliou hoje (30) o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.

Em julho, as famílias pagaram taxa média de juros de 36,2% ao ano, o nível mais baixo da série histórica do BC, iniciada em 1994. No caso das empresas, o recuo foi 0,2 ponto percentual de junho para julho, chegando a 23,6% ao ano.

O spread (diferença entre a taxa de captação de recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes) para pessoas físicas também caiu 0,1 ponto percentual no mesmo período, ficando em 28,4 pontos percentuais. Para as empresas, houve alta de 0,1 ponto percentual para 16 pontos percentuais. “Naturalmente, esse ritmo de redução é um pouco menor agora. [As quedas] Foram muito expressivas nos últimos meses”, disse Maciel.

Nos dados preliminares de agosto, até o dia 17, com 13 dias úteis, a taxa média anual de juros para as famílias subiu 0,8 ponto percentual, em relação ao registrado em julho (36,2% ao ano). No caso das pessoas jurídicas, houve recuo de 0,7 ponto percentual até o dia 17. Se essa taxa se confirmar, os juros para as empresas irão voltar ao piso registrado pelo BC, o que ocorreu em dezembro de 2007, quando ficou em 22,9% ao ano.

Em relação à inadimplência, considerados os atrasos superiores a 90 dias, de empresas e famílias, Maciel destacou que o indicador atingiu um patamar mais alto em janeiro deste ano (5,7%) e vem oscilando ao redor desse patamar. Em julho, a inadimplência de empresas e pessoas físicas chegou a 5,9%. Para Maciel, até o final do ano, deve haver recuo da inadimplência. “O cenário da inadimplência tem uma acomodação, uma estabilidade, com perspectiva de recuo à frente”, disse.

De acordo com Maciel, um dos componentes do crédito que estava puxando a inadimplência para cima eram os financiamentos de veículos, o que gerou problemas principalmente a partir do final de 2010. Mas os bancos estão mais seletivos na concessão de crédito, com prazos menores de financiamento e menor percentual do valor do carro financiado. Na média, no final de 2010, 85% do valor do carro era financiado e atualmente está em 70%.

“Está crescendo bem o crédito de automóveis, mas uma qualidade, bem melhor do que a gente tinha em 2010”, destacou Maciel. Em julho, a inadimplência do crédito para compra de carros ficou estável em relação a junho, em 6%. “Onde estava localizado o maior problema, aparentemente isso vem sendo superado”, acrescentou.
 

Gente de OpiniãoSábado, 20 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Programa Social: Novo Bolsa Família cumprirá teto de gastos, diz ministro da Cidadania

Programa Social: Novo Bolsa Família cumprirá teto de gastos, diz ministro da Cidadania

O programa social que pretende substituir o Bolsa Família terá o maior valor possível para o benefício dentro do teto de gastos, disse hoje (9) o mi

Banco do Brasil lança dois programas de desligamento incentivado

Banco do Brasil lança dois programas de desligamento incentivado

O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta segunda-feira (11) dois programas de desligamento incentivado. A expectativa é que a adesão chegue a 5 mil fun

Entre vinhos e lagostas Lewandowski instaura o caos + Não há empregos sem empresas

Entre vinhos e lagostas Lewandowski instaura o caos + Não há empregos sem empresas

Não há empregos sem empresasEm 1985, a inflação no Brasil atingiu o valor de 242,23%. Em 1986, com receio da aceleração descontrolada da inflação, o g

MEI: Quem terá direito ao vale de R$600 e como pedir? + COVID19 no Brasil: cuidados

MEI: Quem terá direito ao vale de R$600 e como pedir? + COVID19 no Brasil: cuidados

COVID19 no Brasil: cuidadosNa tentativa de conter a disseminação do novo Coronavírus (COVID19), diversos países do mundo reforçaram suas medidas de is

Gente de Opinião Sábado, 20 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)