Segunda-feira, 13 de outubro de 2008 - 21h00
Stênio Ribeiro
Agência Brasil
Brasília - Apesar das altas generalizadas das bolsas de valores em todo o mundo, registradas hoje (13) em resposta a medidas de apoio à liquidez bancária, adotadas simultaneamente por países ricos ou em desenvolvimento, alguns analistas do mercado financeiro, no Brasil, ainda não acreditam que a reação das economias se dará de forma crescente e constante.
É o caso do consultor Décio Pecequilo, da TOV Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários. Ele acredita que "as altas de hoje refletem apenas a expectativa do recente anúncio da força-tarefa de diversos países, porém isso não quer dizer que a crise deixou de existir ou mesmo que os investidores já recuperaram a confiança".
Segundo Pecequilo, até o momento, "estamos indo na onda do que foi anunciado". Ele alerta que existe grande distância entre o discurso e a implementação do pacote. Ou seja: como será injetado o dinheiro na economia e por quanto serão comprados os chamados ativos podres, principalmente pelos Estados Unidos e pelos países europeus mais diretamente afetados pela crise das hipotecas imobiliárias.
Por sua vez, o chefe do Departamento Econômico do Banco Schahin, Sílvio Campos Neto, acha que qualquer previsão é arriscada diante das perspectivas de volatilidade ainda elevada nos preços dos ativos, com oscilações fortes nos mercados de ações e no câmbio.
Ele diz que "no momento, a cautela é fundamental para evitar perdas indesejáveis", uma vez que as flutuações ocorrem diante de rumores e decisões muitas vezes distantes do conhecimento da maioria da população. Ele destacou que, nos últimos 30 dias encerrados no dia 10, o Índice Bovespa registrou perda de 28% e que, só hoje, recuperou metade das perdas.
Campos Neto ressalta, ainda, que a turbulência externa tem influenciado fortemente a taxa de câmbio, com o real sendo a moeda mais desvalorizada em relação ao dólar norte-americano, desde o início de setembro quando se acentuou o "estresse do mercado financeiro".
Ele entende, contudo, que o patamar de cotação do dólar é exagerado, mesmo considerando-se a queda de hoje, de mais de 7,5%, com a moeda americana cotada a R$ 2,145. Segundo ele, "com reservas [internacionais] altas e um diferencial de juros positivo, é provável que a taxa de câmbio recue nas próximas semanas".
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