Quinta-feira, 15 de janeiro de 2009 - 13h51
Pedro Peduzzi
Agência Brasil
Brasília - O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Paulo Camillo Vargas Penna, disse à Agência Brasil que demitir representa perda de ativos para o setor, em função do alto investimento em treinamento de pessoal realizado pelas empresas do ramo.
"Evitar demissões não é simplesmente uma questão de bom-mocismo. Há um aspecto econômico envolvido, e em nosso setor isso fica mais evidente, porque ninguém da atividade produtiva investiu tanto em funcionários como o setor de mineração. Portanto, para nós, demitir significa, de fato, perder ativos."
Paulo Camillo citou pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que mostra o quanto as indústrias de mineração investem em pessoal: "Em média, 71% das empresas brasileiras desenvolvem treinamentos indoor. O setor mineral supera em muito essa média nacional, chegando a 93%", disse o dirigente o Ibram, que representa nacionalmente empresas e instituições que atuam na indústria da mineração.
Ele explicou que os empresários que não levarem em conta que a crise é passageira terão dificuldades para novas contratações. "Há um ano, tínhamos dificuldades para encontrar operadores de máquinas no mercado brasileiro. Isso resultou, inclusive, numa significativa valorização salarial", lembrou Paulo Camillo, que aponta sinais de que se caminha para a estabilização.
"Primeiro, porque paramos de cair e, do fundo do poço, a tendência é subir. Mas creio que só a partir de março teremos uma visão mais clara do cenário, quando os resultados das medidas econômicas adotadas pelos principais parceiros internacionais do Brasil ficarão mais evidentes", argumentou.
O setor de mineração passava por um momento extremamente positivo antes da crise, disse o presidente do Ibram. "Nosso setor é o que mais investe no Brasil. Basta olhar para a influência dele no saldo da balança comercial, que estava em US$ 24,7 bilhões. Desse total, nossa participação beira os 48%, alcançando um volume próximo a US$ 12 bilhões."
Nos levantamentos anuais realizados pelo Ibram que consideram sempre o período de cinco anos , entre 2007 e 2011, o investimento previsto para o setor foi de US$ 27 bilhões. Um ano depois [em 2008], a previsão de investimentos para o quinqüênio 2008-2012 subiu para US$ 57 bilhões.
"Não haverá redução desses investimentos", garantiu Paulo Camillo. "Os US$ 57 bilhões previstos serão mantidos. O que será alterado em conseqüência da suspensão de projetos é o cronograma. Se a previsão ia até 2012, agora deverá ser estendida até 2013 ou 2014. Estou otimista, apesar da crise, e acredito que as próximas projeções quinqüenais apontarão valores superiores aos de 2007", completou.
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