Domingo, 5 de setembro de 2010 - 17h05
Empreendimento cumpre exigências ambientais e além do álcool combustível, irá fabricar também açúcar e energia renovável
Depois de passar 20 anos fechada, sem nunca ter entrado em funcionamento, a Usina Álcool Verde, antiga Alcobras, instalada no município de Capixaba, na BR-317, iniciou na última quarta-feira, 1, o primeiro processo industrial de produção de álcool hidratado no Acre, com a moagem de 1.600 hectares de cana-de-açúcar, utilizando equipamentos de última geração agregados à estrutura revitalizada do local.
Nessa primeira etapa, serão fabricados 170 mil litros de álcool combustível por dia, o que representa um total de 6 a 7 milhões de litros de álcool por safra, gerando cerca de 400 empregos diretos e mais de três mil indiretos. O governador Binho Marques e o presidente do Grupo Farias - que investiu R$ 30 milhões no projeto de reativação da usina -, Eduardo José de Farias, participaram desse ato histórico que marca um passo decisivo no processo de industrialização do Acre, baseado em uma economia de baixo carbono com alta inclusão social.
"Essa usina representa para o Acre a geração de emprego e o crescimento da economia. Mais do que isso: ela é um símbolo do desenvolvimento do Estado. A Alcobras representava o descaso, a corrupção e o abandono desse empreendimento construído com dinheiro público. A usina foi reconstruída com recursos da iniciativa privada e hoje é um símbolo da moderna economia do Acre", afirmou o governador Binho Marques.
Participaram da cerimônia na Álcool Verde, além de secretários de Estado, o presidente do Tribunal de Justiça do Acre, Pedro Ranzi; o prefeito de Rio Branco e presidente da Associação dos Municípios do Acre (Amac), Raimundo Angelim; os prefeitos de Capixaba (Joais Santos), Plácido de Castro (Paulinho Almeida), Xapuri (Bira Vasconcelos) e Epitaciolândia (José Ronaldo); o presidente da Federação das Indústrias do Acre, João Francisco Salomão; o presidente da Federação de Agricultura, Assuero Veronez; funcionários e trabalhadores da usina.
O Grupo Farias atua no segmento sucroalcooleiro há mais de 40 anos no Brasil e possui dez usinas no país, com unidades em São Paulo, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Goiás e Acre. "Uma usina como essa gera outros negócios, movimenta o mercado local. E isso já pode ser visto tanto em Capixaba como nas cidades vizinhas. O nosso compromisso com o governo e com o povo do Acre é trazer desenvolvimento e bem-estar social para este Estado", afirmou Eduardo Farias.
A revitalização da Álcool Verde só foi possível depois de um processo iniciado pelo então governador Jorge Viana, quando solicitou ao Banco do Brasil que vendesse o que havia sobrado do projeto. A Assembleia Legislativa do Acre aprovou, em março de 2005, a lei que autorizava o Estado a assumir o álcool combustível da região. Hoje, o Grupo Farias consegue consolidar a Usina Álcool Verde como um empreendimento ambientalmente correto, economicamente viável e socialmente justo.
Além do álcool, a usina tem perspectivas de ampliar a produção fabricando açúcar, podendo atender a todo o mercado do Norte e exportar para outros países via Estrada do Pacífico. "Em um raio de 750 quilômetros ao redor da usina, temos quase 40 milhões de habitantes que poderão ser consumidores desse açúcar. Ou seja, estamos com demanda garantida", avaliou o presidente do Grupo Farias.
A usina também poderá gerar energia alternativa a partir do bagaço da cana, tendo capacidade de produzir nessa primeira etapa cerca de 50 megawatts, sendo 10 para consumo interno e 40 para distribuição no sistema de energia do Linhão, podendo atender, por exemplo, a demanda de uma cidade do tamanho de Cruzeiro do Sul.
O Grupo Farias possui 60% das ações da Usina Álcool Verde, o governo do Acre, 5%; e o Grupo Santa Elisa, da família Biaggi, 10%. As empresas e pessoas físicas donas das cotas integralizam os 25%. A capitalização das cotas do governo acreano será revertida em pesquisa científica e tecnológica.
Produção ambientalmente correta
O Governo do Estado e a licença de operação expedida pelos órgãos de controle ambiental determinam que toda a colheita da cana-de-açúcar da Álcool Verde seja sustentável, para servir de exemplo para outras regiões do país. O álcool não será limpo apenas por ser melhor que a gasolina, pois emite menos carbono, mas principalmente em todo o processo produtivo. A maior parte da colheita é feita de forma mecanizada, mas onde não for possível o acesso das colheitadeiras, será utilizada mão-de-obra humana. Calcula-se que pelo menos 180 pessoas sejam contratadas para esse trabalho.
Toda cana-de-açúcar usada como matéria-prima na Álcool Verde está sendo plantada em áreas que já estavam desmatadas. O cultivo ocupará estimados 0,18% da área total do Acre, em geral terras de pastagens já degradadas. De acordo com um estudo da Embrapa Acre, num raio de 30 quilômetros de distância da Usina, existe mais de 80 mil hectares de terra nessas condições e que estão aptas para cultivo da cana, abrangendo além de Capixaba, os municípios de Senador Guiomard e Plácido de Castro. "Pela qualidade que possui, essa usina também representa para o Acre um compromisso com a responsabilidade social e ambiental. Não é à toa que se chama Álcool Verde", disse Binho Marques.
Fonte: Agência de Notícia do Acre
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