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Economia - Nacional

80 toneladas de calcário para União Bandeirantes


 
Mais 80 toneladas de calcário foram entregues esta semana pela Prefeitura de Porto Velho aos produtores rurais da capital. Desta vez os beneficiados foram os agricultores do distrito de União Bandeirantes, dos ramais do Abacaxi, Ferrugem e do Travessão 102. Na região, serão atendidas cerca de 100 famílias de produtores rurais. A entrega do produto  foi acompanhada por uma equipe da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Semagric), comandada pelo secretário José Wildes. A doação é mais uma etapa do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad) que só este ano já entregou mais de 160 toneladas de calcário aos agricultores da capital.

Em 2010, a prefeitura doou aos produtores rurais 1,7 mil toneladas do produto repassadas a 850 famílias de agricultores. Este ano, a meta é entregar, até o final de dezembro, 2 mil toneladas de calcário. Por meio do Prad a Prefeitura de Porto Velho já recuperou mais de dois mil equitares de áreas degradadas em todo o município. “Este é um programa muito importante porque ele incorpora á área produtiva do município, extensões de terra onde antes não se produzia nada. São áreas de capoeiral que passam a ser usadas para produzir. Com isso, a prefeitura estimula a fixação do agricultor no campo, gerando trabalho e renda, além do aumento da produtividade que representa um incremento maior no seu ganho”, explicou o secretário José Wildes.

Com a incorporação do calcário para corrigir o solo, a estimativa do presidente da Associação dos Produtores Rurais de União Bandeirantes, Pastor Jeir, é de que o aumento da produção na região gire em torno de 40% a 50%. “O solo daqui é muito fraco e com o calcário vamos ter um ganho significativo. Vai ser melhor para todo mundo, porque além do aumento da nossa produção, vamos também produzir com mais qualidade”, vislumbrou.

Essa é a mesma expectativa do agricultor Carlos Roberto Alves, que mora na região de União Bandeirantes há cerca de cinco anos, e que pela primeira vez vai utilizar o calcário. “Para mim isso é um a novidade muito boa, porque as pessoas que já usam o calcário, sempre me afirmam que melhorou muito a lavoura delas. É o mesmo que todos aqui esperamos”, disse.

O administrador do distrito, José Aparecido de Oliveira, o “Cido”, também acredita que a vida dos produtores rurais da região vá melhorar com a incorporação da tecnologia a forma de produção. “Tínhamos essa expectativa desde que o prefeito anunciou a criação desse programa. Agora ele é uma realidade para nós. E a prefeitura, nesta administração voltou os olhos para União Bandeirantes. Antes não era assim. Vivíamos abandonados. E falo isso com a firmeza de quem foi um dos fundadores do distrito. Hoje não temos mais problemas com a estrada, a prefeitura assegura o escoamento da nossa produção, garante também o transporte escolar de nossos filhos. Aqui só temos a agradecer ao prefeito”, disse.

O programa

O Programa de Recuperação de Áreas Degradadas foi criado pelo prefeito Roberto Sobrinho para incorporar ao espaço produtivo do município, as áreas que deixaram de ser aproveitadas pelos agricultores e que, por conta do abandono, ficaram improdutivas transformando-se em capoeira (vegetação de arbusto). Isso acontecia porque o agricultor desmatava a floresta para fazer seu plantio e deixava de lado a terra depois que não conseguia plantar mais nada.

Com o programa a prefeitura passou a trabalhar esses terrenos para que eles possam ser reaproveitados. A medida impede que novas glebas de floresta nativa sejam desmatadas ao garantir a permanência do trabalhador rural no local onde plantava antes. A recuperação do solo dá-se em três etapas.

Na primeira é feito o destocamento, que consiste na limpeza da área de capoeira com trator de esteira. Na segunda, é realizado o serviço de gradagem, etapa em que o solo é revolvido por tratores agrícolas para poder receber o calcário, última fase do processo de recuperação. Na última é feita a incorporação do calcário ao solo onde antes não se plantava nada por causa da falta de fertilidade. Com a aplicação do calcário o solo é corrigido com a diminuição da acidez.

A acidez do solo é a responsável pelo aparecimento de elementos tóxicos para as plantas, afetando negativamente a lavoura e dificultando o aproveitamento, pelas plantas, dos elementos nutritivos que existem no solo. As conseqüências são os prejuízos causados pelo baixo rendimento produtivo das culturas. "Por isso, a correção da acidez do solo, por meio da calagem, é fundamental para uma agropecuária de alta produtividade", afirmou o secretário Wildes.

O calcário é o principal produto que corrige essa acidez, sendo que a sua constituição é formada por uma rocha moída, contendo carbonato de cálcio e magnésio. De acordo com a legislação brasileira os teores de carbonato de cálcio e de magnésio dos calcários são expressos na forma de óxidos. Para poder ser comercializado, o calcário deve ter no mínimo 38% de óxido de cálcio e óxido de magnésio.

Fonte:
 Joel Elias

 

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