Sexta-feira, 5 de setembro de 2025 - 10h20
A poesia que nasce da
rua, da periferia e das vozes que não se calam diante das desigualdades agora
encontra seu espaço nas telas. “Slam: Poesia da Periferia de Porto Velho” é um
documentário que faz o retrato vivo de como a palavra falada se transforma em
resistência, afeto e futuro.
A obra acompanha as
trajetórias de três jovens poetas de Porto Velho — Carla Letícia, articuladora
cultural e organizadora de batalhas de rima; Cauã Bonfim, poeta e MC da Zona
Leste; e Maria Fins, que escreve sobre corpo, liberdade e cotidiano. Suas vozes
se entrelaçam com a de Wil Guilherme, pessoa negra, não binária e slammer, que
assume a direção e a narração do filme, conduzindo histórias e experiências que
revelam a potência transformadora da palavra falada.
Com um olhar sensível,
Wil costura relatos íntimos e performances marcantes que mostram como o Slam em
Porto Velho vai além de uma competição de poesia falada: afirma-se como espaço
de encontro, denúncia e criação coletiva, onde juventudes se reconhecem e se
fortalecem pela força da palavra. “Este filme é sobre as vozes que nascem da
periferia e ganham o mundo. O Slam é resistência e também é futuro”, Wil
Guilherme.
A estreia acontece no
Teatro Banzeiro, no dia 8 de setembro, às 20h, em sessão aberta ao público e
com acessibilidade em Libras. Parte das vagas será reservada a estudantes,
professores e profissionais da saúde, reforçando o compromisso do projeto com a
democratização da cultura.
A produção executiva,
Val Barbosa, ressalta que o documento não se limita a mostrar poesia, mas busca
incluir socialmente e politicamente diferentes públicos. “A produção é também
um ato político. Garantir acessibilidade e levar o filme para escolas é
democratizar a arte e a memória da nossa cidade”.
Slam nas escolas
Além da exibição
oficial, o documentário terá sessões especiais em escolas públicas da cidade:
* Escola João Bento da
Costa (Zona Sul) – 10/09, das 8h às 10h (100 alunos)
* Escola Daniel Neri (Zona Leste) – 10/09, das 14h às 15h30 (90 alunos)
Um olhar da periferia para o mundo
Géssica Castro, diretora
de arte, comenta sobre a percepção visual do documentário, que registra mais
que a cena local, dá visibilidade a vozes que nascem nas periferias de Porto
Velho. “Buscamos traduzir visualmente a cara de Porto Velho: cores, poeira,
placas, ônibus, a cidade pulsando poesia. É um retrato urbano-beradeiro.”
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