Sábado, 19 de setembro de 2015 - 11h03
No início desta semana, a “Saga Beradera” – da Beradera Companhia de Teatro - foi apresentada no auditório Paulo Freire do campus da Universidade Federal de Rondônia (Unir), em Porto Velho, encerrando uma temporada que percorreu escolas públicas, comunidades ribeirinhas, teatros e, também, o ambiente acadêmico, contando a emocionante saga dos moradores do Distrito de Nazaré, no Baixo Madeira, para manter viva a sua história, cultura e costumes após a localidade ser devastada pela cheia histórica do Rio Madeira em 2014.
Na última sexta-feira (11) a peça foi apresentada no Teatro Guaporé lotado, como convidada do Festival Palco Giratório do Sesc.
Foram cerca de 10 apresentações, entre Porto Velho, a própria comunidade que inspirou o espetáculo e Candeias do Jamari, levando aos mais diversos públicos um pouco dos costumes e da cultura de Nazaré, sob a perspectiva de quem nasceu e foi criado na região, e também do olhar preconceituoso de “‘quem vem de fora” e não conhece a realidade local. Fruto de um trabalho de pesquisa e imersão no universo ribeirinho, o espetáculo emocionou o público por onde passou.
“O espetáculo Saga Beradera vem para quebrar o paradigma preconceituoso, principalmente, de quem vive na cidade com relação ao nosso povo beradero. Deixa o espaço para reflexão de todas as classe sociais e, também, das autoridades”, diz Timaia Nunes, morador da comunidade e importante fomentador da cultura no local, junto com sua família.
Para Rodrigo Vrech, autor e diretor do espetáculo, se inserir no universo da comunidade e levar essa história ao público em geral trouxe um grande aprendizado a companhia de teatro. “Que a gente possa, de fato, contribuir com a comunidade, com o Instituto Minhas Raízes e com a valorização da identidade ribeirinha”, diz o diretor.
Em Saga Beradera, Neto (Cláudio Zarco), que nasceu em Nazaré, mas vive em São Paulo com esposa paulista Urbana (Andressa Silva), retorna ao distrito na tentativa de levar o avô dali, seu Arigó (Elizeu Braga), após ficar dois meses sem conseguir contato com ele devido à cheia histórica de 2014.
Urbana traz o olhar preconceituoso sobre o ribeirinho, já Neto se vê dividido entre o encantamento pela agitação e grandiosidade de São Paulo e a tranquilidade e simplicidade do local onde nasceu, enquanto seu Arigó, um nato contador de histórias, está decidido a ser enterrado no lugar que o acolheu a maior parte da vida.
Além dos atores, o elenco também é composto pelos músicos do grupo Minhas Raízes, responsável pela trilha sonora do espetáculo: Tailene Martins, Tanisson Passos, Thaís Passos e Thalysson Passos.
Saga Beradera foi contemplada com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2014, do Ministério da Cultura, e teve todas as suas apresentações gratuitas.
Fonte: Folk Produções / Foto: Luana Lopes
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