Quarta-feira, 26 de julho de 2023 - 14h46
O estado
de Rondônia estará
representado pela artista Marcela
Bonfim naexposição Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, a mais abrangente mostra dedicada
exclusivamente à produção de artistas negros já realizada no país. Com abertura
agendada para o dia
02 de agosto, no Sesc Belenzinho, em São Paulo, a mostra parte da premissa
de dar luz à centralidade do pensamento negro no campo das artes visuais
brasileiras, em diferentes tempos e lugares.
Com curadoria assinada por Igor Simões, em parceria com Lorraine
Mendes e Marcelo Campos, Dos
Brasis – Arte e Pensamento Negro, apresentará ao público obras
de cerca de 240 artistas negros – entre homens e mulheres cis e trans, de todos os Estados do Brasil –
em diversas linguagens como pintura, fotografia, escultura, instalações e videoinstalações,
produzidos entre o fim
do século XVIII até o século XXI.
“Como uma instituição que tem na
diversidade uma de suas principais marcas, o Sesc busca por meio de suas ações
dar voz aos mais diversos segmentos sociais, estimulando o debate e ajudando a
registrar a história e cultura de nosso povo em toda sua abrangência e riqueza.
Dentro dessas premissas, o projeto Dos Brasis lançou um olhar aprofundado sobre
a produção artística afro-brasileira e sua presença na construção da história
da arte no Brasil. Um trabalho que contou com nossos analistas de cultura em
todo o país, em um grande alinhamento nacional. A exposição Dos
Brasis – Arte e Pensamento Negro é a culminância desse processo e oferece ao
público não só a oportunidade de conhecer a obra de artistas e intelectuais
negros, com também de refletir sobre sua participação nos diversos contextos
sociais”, disse o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc, José Carlos
Cirilo.
Trajetória - A ideia nasceu em 2018, um
projeto de pesquisa fruto do desejo institucional do Sesc em conhecer, dar
visibilidade e promover a produção afro-brasileira. Para sua realização, foram
convidados os curadores Hélio
Menezes e Igor
Simões. Em 2022, o projeto passa a ter a curadoria geral
de Simões com os curadores adjuntos Marcelo
Campos e Lorraine
Mendes. A partir de 2024 uma parte da mostra circulará em
espaços do Sesc por todo o Brasil pelos próximos 10 anos.
Para se chegar a esse expressivo e representativo número de
artistas negros, presentes em todo o território nacional, foram abertas duas
importantes frentes. Na primeira, foram realizadas pesquisas in loco em
todas as regiões do Brasil com a participação do Sesc em cada estado, com
o objetivo de trazer a público vozes negras da arte brasileira. Essas
ações desdobraram-se em atividades e programas como palestras, leituras de
portfólio, exposições, entre outros, com foco local. Vale ressaltar que esse
processo teve uma atenção especial para que não se limitasse apenas às capitais
do país, englobando também a produção artística da população negra de diversas
localidades, como cidades do interior e comunidades quilombolas.
A equipe curatorial pesquisou obras e documentos em ateliês,
portfólios e coleções públicas e particulares, para oferecer ao público a
oportunidade de conhecer um recorte da história da arte produzida pela
população negra do Brasil e entender a centralidade do pensamento negro na arte
brasileira.
A segunda frente foi a realização de um programa de residência artística online
intitulado “Pemba: Residência Preta”, que contou com mais de
450 inscrições e selecionou 150 residentes. De maio a agosto de 2022, os
integrantes foram orientados por Ariana Nuala (PE), Juliana dos Santos (SP),
Rafael Bqueer (PA), Renata Sampaio (RJ) e Yhuri Cruz (RJ). A residência, que reuniu
artistas, educadores e curadores/críticos, contou ainda com uma série de aulas
públicas com a participação de Denise Ferreira da Silva, Kleber Amâncio, Renata
Bittencourt, Renata Sampaio, Rosana Paulino e Rosane Borges, disponíveis no
canal do Sesc Brasil no YouTube.
Núcleos - A proposta curatorial rompe
com divisões como cronologia, estilo ou linguagem. Para esta exposição de
arte negra, não caberá a junção formal, estilística ou estética.
Dessa maneira, os espaços expositivos do Sesc Belenzinho contarão
com sete núcleos: Romper,
Branco Tema, Negro Vida, Amefricanas, Organização Já, Legítima Defesa e Baobá, que têm como
referência pensamentos de importantes intelectuais negros da história do Brasil
como Beatriz
Nascimento, Emanoel
Araújo, Guerreiro Ramos, Lélia Gonzales e Luiz Gama.
EXPOSIÇÃO DOS BRASIS – ARTE E PENSAMENTO NEGRO
De Rondônia
Marcela
Bonfim - Jaú (SP) e Porto Velho (RO), 1983, em parceria com Dani Guirra
Rondonópolis (MT), 1985.
Nucleo Amefricanas
Marcela Bonfim, fotógrafa e multiartista paulistana nascida em
Jaú, hoje mora e trabalha em Porto Velho. Em seu percurso, investiga olhares
voltados à população negra amazônida, mas também, àquelas demais que alcancem
seu olhar, refletindo o modo de se ver e ser visto, investigando relações da
identidade e da imagem no mundo.
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