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Projeto Sonora Brasil Sesc começa na 5ª em Belém



Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil

Será lançada amanhã (14) em Belém (PA) a 19ª edição do projeto Sonora Brasil Sesc, que vai levar até o fim do ano 418 espetáculos a 114 cidades de todos os estados. Os temas escolhidos para o biênio 2015/2016 foram Violas Brasileiras e Sonoros Ofícios – Cantos de Trabalho.

O assessor de música do Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio (Sesc), Thiago Sias, explica que o projeto tem como objetivo difundir o trabalho de artistas que construíram uma obra não comercial, além de formar plateias pelo contato do público com música de qualidade e diversificada, principalmente no interior do país.

“O público já conhece bem o projeto, até pela carência de programação artística, principalmente dessa vertente. Muitos já conhecem o projeto a tal ponto que não vão para prestigiar o grupo ou o músico, mas para prestigiar o Sonora Brasil. Porque sabem que lá sempre haverá uma apresentação tematizada, de algum elemento que vai contar um pouco do desenvolvimento histórico da música no Brasil. E vai sempre receber um grupo que despertará essa curiosidade musical, de uma apresentação diferenciada, independentemente do artista”.

O projeto teve início em 1998 e já contou com cerca de 80 grupos, em mais de 4.900 apresentações por todo o país, que alcançaram 520 mil espectadores. Só no ano passado, foram mais de 50 mil espectadores, que também têm a oportunidade de conversar com os músicos após as apresentações e conhecer mais os instrumentos utilizados, segundo Sias.

“Esse projeto também tem, em alguns casos, oficinas, aulas de aperfeiçoamento do instrumento ou até mesmo palestras sobre a temática. Todas as apresentações, principalmente no tema das Violas Brasileiras, são semididáticas, todas as músicas são contextualizadas e os músicos ficam para um bate-papo com o público ao final dos concertos. O público tem a oportunidade de conhecer, fazer perguntas, tocar nos instrumentos. No caso das violas, são raras, como a viola de cocho, a de buriti, a caiçara e a viola machete”.

Além da rede Sesc, as apresentações ocorrem, por meio de parceria, em locais como escolas, terreiros e igrejas. Cerca de 80% dos concertos são gratuitos e os demais são a preços simbólicos, de no máximo R$ 5.

O tema Violas Brasileiras apresenta cinco variantes do gênero, cada um com características peculiares e regionais do instrumento. Paulo Freire e Levi Ramiro (SP) representam a viola caipira/sertaneja; a viola do Nordeste dos repentistas vem com Ivanildo Vilanova, Antônio Madureira e Cássio Nobre (PE e BA); a viola de concerto será com Fernando Deghi (PR) e Marcus Ferrer (RJ); e as violas singulares serão apresentadas por Sidnei Duarte (MT), Maurício Ribeiro (TO) e Rodolfo Vidal (SP). Os grupos da temática violas vão circular este ano pelas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, depois de terem percorrido o Sul e o Sudeste no ano passado.

O tema Sonoros Ofícios – Cantos de Trabalho inverte a rota e leva para as regiões Sul e Sudeste a expressão musical relacionada às atividades laborais, presente na cultura brasileira rural e urbana desde o século 18. As formas tradicionais rurais serão apresentadas pelos grupos Destaladeiras de Fumo de Arapiraca (AL); Cantadeiras do Sisal e Aboiadores de Valente (BA); e Quebradeiras de Coco Babaçu (MA). O grupo Ilumiara (MG), formado por músicos pesquisadores, leva um repertório recolhido de diversas vertentes.

O concerto de abertura será no Teatro Margarida Schivasappa, às 20h, com a apresentação dos violeiros Fernando Deghi e Marcus Ferrer e do grupo Cantadeiras do Sisal e os Aboiadores de Valente.

 

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