Terça-feira, 8 de setembro de 2009 - 11h47
Em confluência com o festival Palco Giratório, em cartaz no mês de setembro, no Sesc, o CineOca apresenta nesta terça-feira, às 20 horas, no Cinecesc, o filme “Por trás do Pano”, de Luiz Villaça. Impressionado pelo êxito de sua ex-parceira Alexandra (Ester Góes) ao encenar Macbeth, o diretor e ator de teatro Sérgio (Luís Melo) parte em busca de uma atriz para um dos papéis mais complexos na história da dramaturgia: Lady Macbeth. Encontra a jovem Helena (Denise Fraga): atriz ainda amadora, talentosa, casada com Marcos (Pedro Cardoso).
Como forma de prestigiar os curtas metragens, também será exibido nesta terça, o filme Sanduiche do Jorge Furtado. Sanduíche e Por Trás do Pano são produções contemporâneas premiadas em diversos festivais Brasil afora, que apresentam o questionamento da arte e denunciam os seus meios de produção por meio da metalinguagem e com uma abordagem humorística. As relações humanas dentro e fora de cena confundem-se em ambos os filmes para, no próximo momento, surpreenderem o espectador.
Outra atração será a a performance da atriz Teo Nascimento, encenação poética de Elisa Lucinda, fragmento da peça “TPM”, que faz parte da programação do Palco Giratório. O diálogo entre cinema e teatro é o tema da programação do mês de setembro do cineclube. As sessões são gratuitas e sempre acompanhadas de um debate.
Crítica: O eterno ensaio da vida
Rodrigo Grota
Raro exemplo de um cinema brasileiro que dialoga com o público sem deixar de ser reflexivo, Por trás do Pano, de Luiz Villaça, tem também outra proeza: atinge o sublime de forma leve, vôo rasteiro (sem cicatrizes). Um retrato suave dos bastidores do teatro (e da vida).
A mistura, alma do filme, é claramente expressa na abordagem visual empregada. Os cenários das casas de Helena e Sérgio são propositalmente ficcionais. A câmera está sempre de um lado: a dos espectadores. As lembranças surgem como filmes projetados ao fundo. A iluminação não é realista. Tudo é concebido para mostrar que nada daquilo é verdadeiro, e sim, uma representação.
A linguagem gera uma espécie de contradição positiva para o filme: quanto mais se assume a concepção da arte enquanto "representação" do mundo, mais o filme se torna autêntico. Como se a vida chegasse mais forte na medida em que ela também é encarada como mera representação. Enfim: "a vida é um palco e estamos todos a representar".
Este tipo de abordagem cria cumplicidade com o púbico: ambos (narrador e espectador) se tornam observadores de um drama. Drama, aliás, realçado pela comovente e equilibrada interpretação de Denise Fraga. Assim como Gena Rowlands e Bette Davis, Denise tem um encanto secreto, uma espécie de magia mesmo, que torna cada gesto especial. Sua atuação é sempre verdadeira, transparente (algo raro).
Mantendo a temática da "representação", este DVD traz também o curta O Sanduíche, de Jorge Furtado. Conhecido pelos seus roteiros extremamente inventivos e ágeis, o cineasta gaúcho também já foi exemplo de um cinema que dialoga com o público sem se submeter a convenções. Autor de preciosidades como Ilha das Flores, Furtado conta aqui a história de um homem que está deixando sua mulher. Para manter as surpresas do filme, nada mais deve ser dito sobre a trama. A proposta, aliás, está em sintonia com a linguagem de Por Trás do Pano: confundir representação e realidade, ressaltando a idéia de que na
Fonte: Simone Norberto
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