Segunda-feira, 4 de agosto de 2014 - 20h54
Quando todos os ventos parecem só soprarem contrário; quando tudo parece conspirar, impiedosamente, contra a arte, o mestre e o artista simples, eis que ela ressurge forte, exuberante e espetacular, desfraldando a identidade cultural e o jeito de ser do povo ribeirinho amazônico “destas paragens de um poente”. É a força da cultura popular, resistente às investidas tirânicas de fundamentalistas, de preconceituosas, de reacionárias e retardatárias, que se contrapõe à cultura do povo, na condição de desumanos muros do apartheid sociocultural, alguns erigidos, inclusive, por autoridades e instituições do próprio setor público.
Neste final de semana, quem circulou pelos bairros da Pérola do Mamoré, berço de monumentais manifestações da cultura do povo, pôde constatar que não é bem como desejam alguns impiedosos déspotas portadores do cruel discurso estético das elites, que olham a cultura popular como a plástica de desocupados, de bandidos, de bêbados e incultos. O folclore – a vitrine estética da gente simples – neste final de semana deu o ar de sua graça, ocupando com frondosa e poética plástica, o que é seu por direito nato: as ruas da cidade.
Artistas, artesãos, brincantes, batuqueiros, diretores e moradores do Bairro Santo Antônio, amantes das cores azul e branca, tomaram a via pública para celebrar o aniversário do Boi-Bumbá Malhadinho de Guajará-Mirim, que aconteceu no último 1º de agosto, evento no qual se apresentaram os principais itens, o corpo de baile - que exibiu muita dança e alegria - e, é claro, a própria e magistral alegoria do bumbá. O Malhadinho foi fundado em 1986, pelo mestre em cultura popular e folclorista Leonilso Muniz de Souza (o Léo).
Dia 2 de agosto, sábado, no Bairro Santa Luzia aconteceu a 4ª edição do Arraial dos “Matutos da Invasão”, organizado pela comunidade local e coordenado pela senhora Flávia Politi da Silva. O Arraial dos “Matutos da Invasão” – referência à ocupação popular da região – é uma verdadeira mostra da força e da cultura do povo perolense, certame no qual se reafirma a identidade e a plástica do povo, por meio das danças, das indumentárias, das comidas típicas e das músicas. O arraial do bairro e da gente do Santa Luzia é uma genuína e poderosa galeria de arte e de cultura popular em Guajará-Mirim. Indispensável instrumento de perpetuação dos traços identitários do povo brasileiro. Viva a imortalidade da cultura popular!
Fonte: Ariel Argobe
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