Sexta-feira, 7 de agosto de 2009 - 18h09
Muitas são as condições de dor experimentada pelo homem e, considerada uma experiência baseada em uma complexa interação de processos físicos e psicológicos, a dor tem sido definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual real ou potencial ou descrita em termos de tal dano. “A dor geralmente atua como um aviso para proteger o corpo de lesões e serve como uma função essencial para a sobrevivência”, destaca a Professora Ana Paula Rubira, Coordenadora da Clínica de Fisioterapia da Faculdade São Lucas. Segundo ela, é importante perceber que a dor não é apenas a ativação de receptores de estímulos nociceptivos, conhecidos como nocicepção, mas também as experiências sensoriais, sofrimento e alterações no comportamento, associadas a tal ativação.
De acordo com a Professora Ama Paula Rubira, a dor pode ser classificada em aguda ou crônica. A dor aguda e subaguda geralmente é definida como uma dor com menos de 6 meses de duração para a qual uma patologia subjacente pode ser identificada, enquanto a dor crônica persiste além do tempo normal para a cicatrização do tecido. Condições dolorosas crônicas geralmente são resultados da ativação de respostas neurológicas ou psicológicas disfuncionais que obrigam o indivíduo a continuar com a sensação de dor, mesmo quando nenhum dano ou estímulo ameaçador está presente. “Muitos são os agentes físicos empregados na fisioterapia para eliminação ou controle do quadro álgico. O laser é um deles”, diz Ana Paula Rubira.
Laser é uma sigla, que se refere à Light Amplification of Stimulated Emission of Radiation onde foi traduzida como “Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação”. A energia luminosa caracteriza-se por ondas eletromagnéticas com o mesmo comprimento, mesma direção, mesma freqüência e cor. Muitos tratamentos demonstram que a terapia por laser de baixa potência pode reduzir a dor e a incapacidade associada a uma ampla variedade de distúrbios neuromusculoesqueléticos, além da artrite e neuropatia, incluindo epicondilite lateral, dor lombar e cervical, pontos-gatilhos e dor muscular tardia. Por causa da baixa energia emitida e intensidade, seus efeitos são meramente não térmicos e bioestimuladores.
Os efeitos bioestimuladores da terapia por laser de baixa potência têm sido relatados por vários investigadores. O mecanismo de analgesia não tem sido estabelecido, mas tem sido atribuído aos seus efeitos antiinflamatórios e neuronais. Dentre os principais efeitos fisiológicos do laser podem ser citados a capacidade de estimular a liberação de substâncias pré-formadas (histamina, serotonina, bradicinina), de modificar reações enzimáticas, de aumentar a formação de colágeno, de estimular a neoformação de vasos, de aumentar a síntese de beta-endorfinas e de elevar o limiar de dor, tendo grande indicação nos processos inflamatórios e de regeneração tecidual.
A Professora Ana Paula Rubira acrescenta que os efeitos analgésicos são geralmente mais pronunciados quando o laser é aplicado sobre a pele cobrindo os nervos envolvidos ou os nervos que se espalham pela região do dermátomo. Mas, segundo ela, a intervenção por laser também tem as suas contra-indicações. “Durante a gravidez é comum o relato de lombalgia pelas gestantes, mas o laser não deve ser aplicado no abdome ou região lombar porque os efeitos da terapia por laser de baixa potência no desenvolvimento fetal e na fertilidade são desconhecidos”, alerta. Conforme Ana Paula Rubira, outra condição que impede a aplicação da terapia por laser é a malignidade porque tem sido demonstrado que o laser apresenta uma série de efeitos celulares e fisiológicos, incluindo o aumento do fluxo sanguíneo e da produção de energia celular. “Esses efeitos podem incrementar a taxa de crescimento ou a metástase dos tecidos malignos”, salienta. Em toda e qualquer condição de dor deve-se avaliar outras situações para que o laser seja bem prescrito pelo fisioterapeuta. Alguns cuidados devem ser tomados durante a aplicação do laser. “Fisioterapeuta e paciente devem usar óculos de proteção durante o tratamento para reduzir a intensidade da luz a um nível que não cause danos”, orienta a Professora.
Fonte: Chagas Pereira
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