Quinta-feira, 9 de maio de 2019 - 13h23
Quando analisamos todos os trabalhos artísticos que
circularam de 2008 a 2019 pelos estados que compõe o projeto SESC Amazônia das
artes, percebemos que há no trabalho da curadoria o cuidado de legitimar uma
proposta do processo criativo e coletivo dessa região.
A todo momento, são produzidas ações conceituais,
intelectuais e inovadoras na Amazônia, que posteriormente, são codificadas e
representadas nas sete linguagens artísticas contempladas no projeto.
Terry Eagleton em Orientalismo (1985), coloca que,
a ideia que nós temos do oriente é inventada por nós mesmo. Por exemplo, a
ideia de Amazônia é uma invenção e, nós, passamos a nos perceber e aceitar a
partir do olhar do outro. É uma Amazônia desconhecida e inventada! Dentro dessa
ótica, acabamos fetichizando o conceito de ARTE na Amazônia.
É comum ao pretenso espectador de outras regiões
brasileiras, o pensamento de, ao contemplar ou assistir uma obra artística
produzida nessa região, irão encontrar elementos totalmente referenciais da
cultura nativa ou socioculturais de uma determinada localidade, pois, se espera
que tudo que será apresentado terá uma característica totalmente bairrista.
De toda forma, a necessidade de querer encontrar
elementos referenciais da Amazônia nas obras de artes não é de todo mal, quando
um artista consegue de forma verdadeira legitimar um retrato do real, ai sim,
somos contemplados com a verdade que por sua vez, desmitifica o olhar romântico
e preconceituoso desse território. Isso é o que acontece no recital poético
rondoniense Mormaço de Elizeu Braga.
O Rondoniense Elizeu Braga, é um “Poeta beradeiro”
que após experiencias densas em sua vida, resolveu resgatar, o “seu eu menino”
que ao se mudar da beira do Rio Madeira para a cidade de Porto Velho, sofria
com apelidos pejorativos na escola. Elizeu é autor dos livros Cantigas e
Mormaço, além de poemas publicados de formas diversas.
Inspirado na realidade ribeirinha o poeta mostra no
espetáculo Mormaço, diversos elementos, resultado de experiências particulares
que por meio da oralidade nos coloca em contato com estórias que parecem
contados por um pescador.
O tempo, é algo quase visível, é um tic tac
desconhecido por quem se acostumou com a ausência de calma do mundo urbano.
Se a expectativa do público ao ir assistir Mormaço
é encontrar uma encenação, logo, será surpreendido por uma inquietação ao se
deparar com a verdade, pois tudo posto na cena parte de uma realidade
desconhecida por muitos, realidade essa, que muitas vezes são retratada em
outras obras, de uma forma alegóricas ou caricaturizada. Pois a afirmação dessa
verdade, aparece quando o poeta durante o bate papo que acontece após a
apresentação, se refere a sua ação como, “dizer poesia”, Elizeu Braga não
interpreta, ele simplesmente “Diz poesia”.
Mormaço é um banzeiro forte, criado por uma
embarcação carregada de mitos, dores e felicidades de um povo que tem os rios
como casa e crença.
Aos poucos esse banzeiro vem se aproximando das
grandes cidades, fazendo com que muitos de nós, reflita e construa um novo
olhar da realidade vivida pelo homem urbano, que a cada dia se resguarda pelo
conceito de necessidade de progresso.
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