Segunda-feira, 20 de maio de 2019 - 19h05
Minúsculas raízes emaranhadas de alguns tubérculos e de outras plantas, que se entrelaçam, formando um conjunto complexo de elementos que estão ligados uns aos outros sem uma influência hierárquica.
Essa, é a explicação dada por, SilvioGallo, em seu livro, Deleuze e Educação de 2003, sobre o conceito de rizoma, criado pelo francês Gilles Deleuze e seu parceiro Felix Guattari.
Guiados por esse pensamento, foi que o grupo amapaense, Tatamirô apresentou na cidade de Ji-Paraná o espetáculo Poema Sonoro Palavr(arma)dura.
Composto por Adriana Abreu, Thamires Werneck de Oliveira, Herbert Emanuel e Paulo Rocha, o grupo nasceu do desejo de dizer poesia às pessoas, colocando a voz a serviço da linguagem artística, de dizer as coisas do mundo de forma diferente, além de fomentar várias ações e atividades em proveito da leitura, da literatura (principalmente), e das demais artes.
A diferença é o maior referencial do espetáculo do Tatamirô, que costura de forma multidisciplinar, vozes, sonorização, visual e ações performáticas que criam uma esfera futurista e ao mesmo tempo enraizada no próprio eu, dando ao espectador a possibilidade de “enxergar” a poesia que é dita.
A palavra não é um elemento solto, e nem a protagonista do espetáculo. Ela faz parte de uma colcha, que vai sendo tecida por fios de várias cores e formas diferenciadas.
A dicotomia entre os conceitos High-Tech e a representação da ancestralidade colocada em todo o espetáculo, nos transporta em uma viagem quase ritualística, em direção a vários lugares desconhecidos pelo espectador.
O destino é o que menos importa, pois o que o espetáculo Poema Sonoro Palavr(arma)dura, oferece é a possibilidade de cada um, presente, acionar de forma múltipla todos gatilhos sensoriais da mente.
Galeria de Imagens
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