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Cia Beradera mergulhou no universo da comunidade durante Festejo de Nazaré



O diretor Rodrigo Vrech conta que o grupo desembarcou na comunidade no dia 21, onde permaneceu até o dia 26,e ajudou ativamente na preparação do festejo, com a confecção de bandeirinhas, adereços e figurinos. Na oportunidade, concluíram a confecção de uma tarrafa que será utilizada na peça. “A tarrafa foi batizada no Rio Madeira na pesca de surubins para o almoço”, diz Vrech, salientando a imersão do grupo no cotidiano dos moradores de NazaréCia Beradera mergulhou no universo da comunidade durante Festejo de Nazaré  - Gente de Opinião. Os atores Andressa Silva e Cláudio Zarco aprenderam o Seringandô, uma dança típica do festejo e que foi incluída na peça, e ainda, assumiram os personagens Lampião e Maria Bonita durante a quadrilha. No final do último mês, a Cia Beradera de Teatro retornou ao Distrito de Nazaré, no Baixo Madeira, para mais uma vez vivenciar o dia a dia da comunidade que inspira o novo espetáculo em fase final de montagem, a Saga Beradera, que conta a história da localidade após a cheia histórica do Rio Madeira. Desta vez, a direção e elenco participaram ativamente dos preparativos para o Festejo de Nazaré, festa que reúne toda a comunidade e mantém viva a cultura ribeirinha. A montagem tem estreia prevista para o mês de setembro.

O Festejo de Nazaré é a manifestação mais representativa da cultura local, acredita Vrech, reunindo danças, músicas, comidas e hábitos dos moradores. A dança do Seringandô, por exemplo, é tipicamente indígena e consiste numa espécie de jogo ritmado, onde as mulheres devem capturar os homens. Já no Carimbó, apenas as mulheres participam. A programação contou, ainda, com show da Velha Guarda, onde os moradores veteranos da comunidade cantam e tocam instrumentos, Boi-Curumim, que é uma versão do Boi-bumbá com participação das crianças, a quadrilha, que conta com grande participação dos moradores que se vestem a caráter e assumem personagens típicos, como noivo e a noiva, bêbado, Lampião e Maria Bonita, padre, índio e índia, entre outros. “E ainda o show do Grupo Musical Minhas Raízes, cantando as belezas da beira de rio e afirmando a identidade ribeirinha”, relata o diretor.

Rodrigo conta que a experiência de vivenciar o festejo e seus preparativos foi de suma importância para a preparação dos atores para o espetáculo e também para o texto, que sofreu alterações. “A vivência contribuiu diretamente na compreensão do grupo sobre o universo da comunidade e seus aspectos culturais, interferindo diretamente no texto, interpretação dos atores, encenação, figurino e cenário. O ambiente do festejo é o universo no qual os personagens estão inseridos em Saga Beradera e era essencial para esta peça que participássemos da festividade”, conclui o diretor.

As pesquisas para o texto da Saga Beradera são realizadas desde dezembro do ano passado, com relatos de moradores sobre a vida na comunidade e a cheia história do Rio Madeira que atingiu a comunidade. Depoimentos e imagens foram captadas pelo grupo e deu origem ao curta-documentário que será exibido durante a peça. Prévia desta produção foi apresentada durante o festejo.


Além disso, a Cia Beradera firmou parceria com o grupo musical Minhas raízes, que canta a vida e a cultura de Nazaré e terá canções suas incluídas na trilha do espetáculo, que entra em cartaz no mês de setembro, em Porto Velho, de forma gratuita e será apresentado também no distrito, onde a companhia de teatro realizará uma oficina de teatro e na comunidade São Sebastião.

Acompanhe as novidades do espetáculo por meio da página no Facebook em www.facebook.com/beraderaciadeteatro


Sinopse

Arigó (Elizeu Braga) vive no Distrito de Nazaré há muito tempo e com a cheia do Rio Madeira fica dois meses sem contato com familiares, sem telefone e abrigado, junto com outros populares, dentro de uma escola. Seu neto (Cláudio Zarco) que vive em São Paulo, mas nasceu na comunidade tenta entrar em contato com o avô e fica sabendo que ele está doente em situação de depressiva, pois diante dos acontecimentos foi levado para o Pronto-socorro João Paulo II, em Porto Velho.

O neto resolve vir para Porto Velho encontrar o avô e leva-lo para morar em São Paulo, acompanhado da esposa Urbana (Andressa Silva), que é o ponto de vista preconceituoso, o olhar estrangeiro sobre o ribeirinho.

 

Fonte: Folk Produções

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