Sexta-feira, 11 de abril de 2025 - 09h05

Durante o mês de março, em uma
sala de aula transformada em ateliê artesanal na Escola Estadual Professor Luís
Carlos Paula de Assis, em Vilhena (RO), jovens estudantes e professores se
reuniram em torno de um saber antigo: o trançado da palha de buriti. Entre
conversas animadas, fios naturais e mãos curiosas, a “Oficina de Artesanato:
Palha e Criatividade” promoveu não apenas o aprendizado de uma técnica, mas
também o reencontro com práticas tradicionais da cultura amazônica.
Sob a orientação do artesão Marcio Guilhermon, os alunos experimentaram a leveza da palha entre os dedos, aprenderam a respeitar o tempo do material e descobriram que o fazer artesanal carrega histórias, memórias e modos de vida. A oficina foi oferecida gratuitamente e teve como proposta unir teoria e prática em três encontros, onde os participantes criaram biojoias, cestos e esteiras, aprendendo também sobre sustentabilidade, identidade e o valor da produção manual.

Pensada inicialmente para 18 vagas, a oficina recebeu 22 alunos, todos certificados ao final da formação. Com uma proposta que une sustentabilidade, cultura e geração de renda, a oficina promoveu não apenas o aprendizado técnico, mas também reflexões sobre o uso consciente dos recursos naturais da Amazônia.
A oficina teve duração total de seis horas com aulas teóricas e práticas. Os participantes aprenderam sobre a importância ambiental e cultural da palha de buriti, além de técnicas de trançado, modelagem e acabamento para produção de biojoias, cestos e esteiras. As atividades aconteceram em um ambiente colaborativo, que incentivou a criatividade e a troca de experiências entre os alunos.
Segundo Marcio Guilhermon, a oficina foi além do que ele esperava.
“A proposta inicial era capacitar 18 alunos, mas tivemos um grande interesse e conseguimos atender 22 estudantes. Foi gratificante ver o envolvimento de todos. Eles não só aprenderam uma nova técnica, mas também se conectaram com a cultura da região”, afirmou.

Durante a oficina, também foram realizadas dinâmicas de grupo que fortaleceram o trabalho em equipe e a valorização da identidade amazônica. A atividade contou ainda com interpretação em Libras, garantindo acessibilidade.
Para a aluna Ana Júlia Peres participar da oficina foi uma descoberta:
“Nunca pensei que conseguiria fazer algo tão bonito com palha de buriti. Eu achava que artesanato era difícil, mas com paciência e ajuda do professor, consegui fazer uma pulseira. Me senti muito valorizada”, ressaltou Ana Júlia.
Já o aluno Vinícius dos Santos destacou que o aprendizado ambiental proporcionado pela oficina foi gratificante.
“Aprendi que a palha de buriti tem um valor muito maior do que eu imaginava. A gente sempre vê esse material por aí, mas não sabe que pode virar arte. E ainda aprendemos sobre como cuidar da natureza”, disse Vinícius.
A oficina foi viabilizada por meio da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar 195/2022), com o apoio da Fundação Cultural de Vilhena (FCV).
"A oficina mostra como projetos educativos e culturais podem transformar realidades, levando conhecimento, valorizando o território amazônico e fortalecendo a identidade da nossa comunidade em Vilhena. Sou muito grato a todos que participaram. Este projeto é apoiado com recursos da Lei Paulo Gustavo ", afirmou Márcio Guilhermon.
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