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Gente de Opinião

Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 23/06/10


Enquanto os grupos folclóricos ficam na expectativa da ajuda financeira que deve vir através de captação via Lei Rouanet.

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O que praticamente está confirmado, não no total pretendido pela diretoria da Federon, mas, uma quantia razoável.

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Isso quer dizer que, os grupos folclóricos vão se apresentar na XXIX Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbas do Arraial Flor do Maracujá.

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Em conversa com o presidente da Federon Fernando Rocha, ficamos sabendo, que a primeira dama do estado dona Marli Cahula resolveu entrar na “briga”, juntamente com um candidato a candidato a deputado estadual representante de Porto Velho

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E reuniram diversos secretários de estado, inclusive os da área financeira, solicitando o empenho de todos, no sentido de telefonarem para as empresas instaladas em Rondônia, sugerindo que atendam a solicitação da Federon, no que diz respeito ao investimento nos grupos folclóricos.

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Essa reunião já surtiu efeito, pois uma entidade ligada às indústrias de Rondônia sinalizou com o apoio de R$ 50 Mil.

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Os grupos folclóricos foram informados, que a primeira dama do estado, até a noite de ontem 22, daria a noticia de mais empresas concordando em depositar ajuda na conta da Federon.

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Volto a dizer. Diante dessa mobilização liderada pela dona Marli, com certeza, o Flor do Maracujá acontecerá com a presença de todos os grupos folclóricos.

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Aqui louvamos a atitude da primeira dama dona Marli Cahulla pelo empenho em sanar o problema dos grupos folclóricos.

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Aliás, da festa estadual que é o Flor do Maracujá.

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Isso fez com que eu lembrasse, quando o Ruy Parra Motta o popular “SACA”, era Presidente da Fundação Cultural do Estado de Rondônia – FUNCETUR.

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Naquele ano, os recursos destinados aos grupos folclóricos, que iriam se apresentar no Flor do Maracujá, por motivos que só a burocracia sabe explicar, atrasou.

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Chegou à sexta feira, dia da abertura do Arraial considerado o maior evento cultural promovido pelo governo estadual o Flor do Maracujá e nada de dinheiro.

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Solenidade de abertura da festa confirmada para as 20h

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De repente chega ao Flor do Maracujá o ônibus (amarelo), da quadrilha Arrasta Pé de Candeias do presidente Carlos Cezar e em vez de saltar do ônibus os integrantes do grupo folclórico.

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Desceram praticamente todos os presidente de grupos.

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Desceram e foram para o meio da arena (curral de dança) e ficaram de braços cruzados.

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Ruy Motta (SACA) e toda a equipe da coordenação da Mostra de Quadrilha e Bois Bumbas.

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Estava aguardando apenas a chegada do governador que se não estou enganado era Valdir Raupp.

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Ao ver os presidentes dos grupos folclóricos no meio da arena de braços cruzados, achou estranho e foi até eles saber o que estava acontecendo. O dialogo foi mais ou menos assim:

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- O que está acontecendo que vocês estão aqui, mas, não estou visualizando nenhum grupo folclórico. Cadê os grupos escalados para dançar hoje à noite?

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A resposta dos dirigentes folclóricos veio na “bucha”.

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- Os grupos só vão se apresentar depois que o governo depositar o dinheiro do convênio que já foi assinado na conta da Federação –Naquele tempo era Associação!.

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Ruy Motta com aquela conversa que só ele tem.

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Pediu aos dirigentes alguns minutos, mas, que “pelo amor de Deus vão logo buscar os brincantes para a abertura do Arraial que vou dar um jeito em arranjar o dinheiro.

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O pessoal ficou esperando no meio da arena (curral de dança).

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E depois de aproximadamente meia hora, chega o Ruy Motta com um talão de cheque e saia “pagando” cada um dos grupos.

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Diante do pagamento do cachê, os dirigentes dos grupos escalados para aquela noite correram para seus barracões e trouxeram os brincantes para dançar no Flor do Maracujá.

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Ruy Motta conseguiu na segunda feira liberar o convênio e a grana foi depositada na conta de cada grupo.

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Este ano quem está assumindo essa parte é a primeira dana do estado de Rondônia dona Marli Cahula.

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Um pouco tarde, mas, pelo menos assumiu.

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Ontem a noite aconteceu no Teatro Banzeiros, reunião da Federon para decidir, diante de tudo que está acontecendo (positivamente), os grupos vão ou não se apresentar no Flor do Maracujá.

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Tenho quase certeza que sexta feira dia 25, os grupos escalados estarão se apresentando maravilhosamente e assim vai acontecer até o dia 4 de julho.

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O Flor do Maracujá está praticamente garantido.


 


José Saramago, o Boca do Inferno

Por Antônio Serpa do Amaral Filho (*)

Se Friedrich Nietzsche estiver certo, Deus está morto e José Saramago também. O duelo de titãs acabou. Calaram-se as cordas vocais do provocador de conflito entre Criador e criatura. Partiu o pregador solitário, cuja voz, embora contida e já carcomida pelo tempo, reverberava em todos os quadrantes do planeta, como se fosse uma praga enviada pelo anti-cristo. Se a transcendentalidade da alma de fato existe, uma hora dessa ambos já estão se entendendo, traçando prosa amena em algum lugar do além. A cena é relicária, nos conta Raul Seixas: lá vem Deus deslizando no céu entre plumas de mil megatons, marchando ao encontro do espírito de um certo zé escrivinhador que viveu na Terra e que ousou negar a existência do Divino.

Agora, se a transcendentalidade é conversa pra boi dormir, então Deus é só um delírio e sua ideologia não serve apenas de ópio ao povo, mas traveste-se de verdadeiro tratado que provoca cegueira nos olhos da humanidade, carente, perplexa e infeliz. O homem não é imagem e semelhança de Deus; Deus é que é a imagem e semelhança dos anseios do homem.

Quase imortal, José Saramago foi-se embora enfrentando a paradoxal radicalidade da vida: a morte – angústia de quem vive, fim de quem ama, diria Vinícius de Morais. A pena do falecido escriba lusitano arvorava-se ferina e viçosa, combativa e denunciadora, e com ela Saramago desafiou a Santa Madre Igreja, o Papa e todos os santos da terra. De porte de sua arma quase letal, comportava-se como verdadeiro espadachim em guerra nada santa¸ digladiando com os anjos de Deus e ideólogos do Vaticano no deserto do ceticismo exacerbado, por onde trafegam pouquíssimos ou quase nenhum peregrino. Estão todos percorrendo o caminho de São Tiago de Compostela, curtindo aventura, arte e misticismo. É preciso ter inabalável fé nas suas convicções para ser um ateu de verdade. Mas em que pese a grandeza de seu espírito em negar a existência de Deus, o ateísmo não era a única característica palpitante e polêmica do Prêmio Nobel em literatura, na seara da língua portuguesa. O idioma de Camões ganhou as manchetes e traduções em todas as línguas do mundo, graças à perene inquietude alojada no coração do escritor.

Em suas veias corria muito pouco sangue e seu olhar revelava-se como vitrais estilhaçados, pontiagudos e cortantes, oferecendo perspectivas obtusas, anômalas e inusitadas aos seus leitores. O autor de o Evangelho Segundo Jesus fez do cristianismo seu pano de fundo predileto, na elaboração de seus textos, por entender que a literatura antes de ser ato de criação é principalmente atitude de destruição, decretação de falência de parâmetros conceituais e palpitação tresloucada de espírito de porco que insiste em chafurdar na lama da sociedade dos homens. O criado de Jangada de Pedra assumiu, por fé na descrença das entidades metafísicas, sua fidelidade aos ideais humanistas. Não de forma mecanicista, porém de maneira criativa e machadianamente bem humorada, negou Deus para afirmar o Homem como senhor da vida. Sua palavra literária tinha raízes profundas na terra em que pisava. Por isso não precisava ser panfletário para mostrar que o Rei está vestido, e rico, e que passa bem, obrigado; nu mesmo estão o séquito e a multidão que observam sua majestade, o sistema político-econômico que controla a idiotice e a vassalagem na República Socialista do Guaporé e em todo o mundo. No Brasil, não chegou a tomar posse como Sócio Correspondente da Academia Brasileira de Letras. Morreu como qualquer mortal, reafirmando com seu gesto ser a finitude o grande bem da vida. O não-sentido é o sentido da existência. Ou se faz justiça social aqui e agora ou ela nunca será realizada, porque não existe nem Deus nem projeto divino para o homem. O homem não tem pai, só tem mãe: a História. Deus é utopia, promessa de ungüento para curar ferida de desesperados e peneira com a qual se tenta tapar o sol dessa dura realidade.

É uma das sínteses a que se pode chegar, captando nas entrelinhas o que escreveu o Boca do Inferno da contemporaneidade, o crítico dos críticos, José Saramago. E já que o autor de Caim se foi, e ficamos nós a matutar sobre o imbróglio ontológico da existência, por via das dúvidas: que Deus o tenha!!


 



 

Seminário vai lembrar 50 anos de BR 364

Com duas palestras - uma sobre o aspecto histórico e outra sobre a influência político, cultural e econômica - a Academia de Letras de Rondônia, ACLER, em parceria com o Departamento de História e Arqueologia da UNIR, vai realizar dia 6 de julho, a partir das 14 horas, no Teatro Banzeiros, o seminário 50 anos da BR-364.

O seminário, conforme a professora e acadêmica Yeda Borzacov, visa retomar a discussão de temas que são parte da história de Rondônia e que "por razões diversas, acabam deixadas de lado, mas que a Academia está resgatando por entender que são importantes para nosso Estado". Ela lembrou que em maio mais de 200 pessoas lotaram o Banzeiros para assistir ao seminário Rondon além da linha telegráfica.
Yeda Borzacov explicou que "uma obra como é a nossa rodovia tem enorme participação no desenvolvimento regional, contribuindo, também, para a própria afirmação da soberania nacional neste lado da Amazônia".

As inscrições serão feitas apenas através do emeio [email protected], e outras informações podem ser conseguidas através do telefone 9972-0069, com o acadêmico Ciro Pinheiro.

Durante o seminário serão feitas duas homenagens, às memórias do prêmio Nobel José Saramago, falecido na semana passada, e do escritor brasileiro Manoel Rodrigues Ferreira, autor do clássico Ferrovia do Diabo, falecido dia 21 de maio.


Petrobras Cultural 2010
abre inscrições

As 16 áreas completam o pacote da Edição 2010, que tem verba total de R$ 61,2 milhões

A Petrobras lança mais 16 áreas de Seleção Pública da Edição 2010. A segunda fase do programa, com verba de R$ 52,2 milhões, é destinada à escolha de projetos dentro das três linhas de atuação do PPC: Formação; Preservação e Memória; e Produção e Difusão. Os incentivos incluem desde projetos de pesquisa artística até projetos de distribuição de bens culturais. Podem inscrever-se projetos destinados à recuperação e digitalização de acervos, à manutenção de grupos e companhias de artes cênicas, à produção de filmes, a eventos de artes eletrônicas, à gravação de CDs, a turnês de shows/concertos, entre outros.

As 16 áreas completam o pacote da Edição 2010, que tem verba total de R$ 61,2 milhões e 19 áreas de seleção pública. A Petrobras espera receber projetos de todas as regiões do país para a realização dos patrocínios a partir de 2011.

Em dezembro de 2009, a Petrobras abriu inscrições para as áreas de Festivais de Música, Festivais de Cinema e Difusão de Filmes de Longa-Metragem em Salas de Cinema. Estas áreas são lançadas no final do ano e tem seus resultados anunciados no primeiro trimestre do ano seguinte, pois precisam ser realizadas ao longo do ano corrente.

 Fonte: Sílvio Santos
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