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Gente de Opinião

Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 22/08/08


 
22 de agosto o Dia
do Folclore no Brasil

Em Porto Velho, nenhuma programação relativa à data está marcada para acontecer

Hoje, 22 de agosto, no Brasil, é comemorado o Dia do Folclore. A data foi criada em 1965 através de um decreto federal.

Em Porto Velho, apesar de contarmos com dezenas de grupos folclóricos em atividade e com o “Arraial Flor do Maracujá”, que muitos consideram, como o maior da região Norte, local onde acontece há 27 anos, a “Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás”, coordenada pelo governo do Estado através da Secel.

Em Porto Velho, apesar do governo Estadual dar todo o suporte para o funcionamento da Federação de Grupos Folclóricos de Rondônia, a entidade não conta com nenhum projeto voltado para a divulgação e preservação da cultura popular em Rondônia, tanto que, não, programou nada para o dia de hoje.

O que pode ser considerado folclore? Qual a origem do nome? Para que serve? As respostas para essas perguntas passamos a responder a partir de agora.

Folclore é o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país. O folclore pode ser percebido na alimentação, linguagem, artesanato, religiosidade e vestimentas de uma nação. Segundo a Carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo I Congresso Brasileiro de Folclore em 1951, "constituem fato folclórico as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular, ou pela imitação". 

Para que serve? 

O folclore é o modo que um povo tem para compreender o mundo em que vive. Conhecendo o folclore de um país, podemos compreender o seu povo. E assim conhecemos, ao mesmo tempo, parte de sua História. Mas para que um certo costume seja realmente considerado folclore, dizem os estudiosos que é preciso que este seja praticado por um grande número de pessoas e que também tenha origem anônima.

Qual a origem da palavra "folclore"? 

A palavra surgiu a partir de dois vocábulos saxônicos antigos. "Folk", em inglês, significa "povo". E "lore", conhecimento. Assim, folk + lore (folklore) quer dizer ''conhecimento popular''. O termo foi criado por William John Thoms (1803-1885), um pesquisador da cultura européia que, em 22 de agosto de 1846, publicou um artigo intitulado "Folk-lore".

No Brasil, após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, a palavra perdeu também o hífen e tornou-se “folclore”. 


Qual a origem do folclore brasileiro?

O folclore brasileiro, um dos mais ricos do mundo, formou-se ao longo dos anos principalmente por índios, brancos e negros.

Região Sul

Danças: congada, cateretê, baião, chula, chimarrita, jardineira, marujada.
Festas tradicionais: Nossa Senhora dos Navegadores, em Porto Alegre; da Uva, em Caxias do Sul; da Cerveja, em Blumenau; festas juninas; rodeios.
Lendas: Negrinho do Pastoreio, do Sapé, Tiaracaju do Boitatá, do Boiguaçú, do Curupira, do Saci-Pererê.
Pratos: Baba-de-moça, churrasco, arroz-de-carreteiro, feijoada, fervido.
Bebidas: chimarrão, feito com erva-mate, tomado em cuia e bomba apropriada.

Região Sudeste

Danças: fandango, folia de reis, catira e batuque.
Lendas: Lobisomem, Mula-sem-cabeça, Iara, Lagoa Santa.
Pratos: tutu de feijão, feijoada, lingüiça, carne de porco.
Artesanato: trabalhos em pedra-sabão, colchas, bordados, e trabalhos em cerâmica.

Região Centro-Oeste

Danças: tapiocas, congada, reisado, folia de reis, cururu e tambor.
Festas tradicionais: carvalhada, tourada, festas juninas.
Lendas: pé-de-garrafa, Lobisomem, Saci-Pererê, Ramãozinho.
Pratos: arroz de carreteiro, mandioca, peixes.

Região Nordeste

Danças: frevo, bumba-meu-boi, maracatu, baião, capoeira, caboclinhos, bambolê, congada, carvalhada e cirandas.
Festas: Senhor do Bonfim, Nossa Senhora da Conceição, Iemanjá, na Bahia; Missa do Vaqueiro, Paixão de Cristo, em Pernambuco; romarias - destaca-se a de Juazeiro do Norte, no Ceará.
Pratos - arroz de hauçá, baba-de-moça, frigideira de camarão, bolo-de-milho e outros.

Região Norte

Danças: marujada, carimbó, boi-bumbá, ciranda.
Festas: Círio de Nazaré (Belém), indígenas.
Artesanato: cerâmica marajoara, máscaras indígenas, artigos feitos em palha.
Lenda: Sumaré, Iara, Curupira, da Vitória-régia, Mandioca, Uirapuru.
Pratos: caldeirada de tucunaré, tacacá, tapioca, prato no tucupi.

Principais manifestações folclóricas:

Bumba-Meu-Boi - Auto ou drama pastoril que por tradição é representado durante o período natalino, como sobrevivência das festividades cristãs medievais, em que o culto do boi se fazia em homenagem ao nascimento de Cristo. De tradição luso-ibérica do século XVI, nasceu dos escravos e pessoas agregadas aos engenhos e fazendas.

Boi-Bumbá – A brincadeira do Bumba-Meu-Boi ao chegar ao Norte, em especial no estado do Amazonas, passa a ser denominada como Boi-Bumbá. A brincadeira na Região Norte acontece entre os meses de junho e agosto.

Pastoril - Festa de origem portuguesa, onde "pastoras" vestidas de azul e encarnado, se apresentam diante do presépio em atitude de louvor ao Menino Jesus. Representado durante o Natal.

Reisado - De origem ibérica, é caracterizada por um grupo de pessoas que se reúne para cantar e louvar o nascimento de Cristo. Os praticantes personificam a história dos gladiadores romanos, dos três reis magos e a perseguição aos cristãos. A época principal de exibição são as festividades natalinas, sobretudo no período dos Santos Reis, e o local é de preferência diante de uma lapinha ou presépio. O enredo mais autêntico é registrado em Juazeiro do Norte.

Dança do Coco - Surgiu nos engenhos de açúcar, entre os negros existentes no Ceará. Nasceu da cantiga de trabalho, ritmada pela batida das pedras quebrando os frutos, transformando-se, posteriormente, em dança, surgindo uma variedade de temas e formas de coco (coco de praia, do qual participa apenas o elemento masculino, e o coco do sertão, dançando aos pares, homens e mulheres). Dançado em roda, numa forma rítmica altamente contagiante e sensual.

Folia de Reis - Originalmente, festa popular dedicada aos Três Reis Magos em sua visita ao Deus Menino. É caracterizada por um grupo de pessoas que visitam amigos ou conhecidos, a partir do dia 2 de janeiro ou nas vésperas dos Reis (5/1). Nas visitas eles cantam e dançam versos alusivos à data, ao som de instrumentos e solicitam alimentos e dinheiro. É tradicional utilizar a arrecadação para a ceia no dia de Nossa Senhora das Candeias (2 de fevereiro). A visita noturna tem mais graça quando se torna uma surpresa.

Torém - Dança indígena originária dos descendentes dos índios Tremembé, nativos do povoado de Almofala, no distrito de Itarema, o Torém surgiu por volta do século XVIII no Ceará. É simples e imitativa da fauna local, tendo como ponto alto o momento em que é servido o "mocororó", uma bebida fermentada do caju, bastante forte. O espetáculo é de grande plasticidade.

Maracatu - De origem africana, consiste num desfile de reis. Apresenta-se em forma de cortejo carnavalesco que baila ao som de instrumentos de percussão, acompanhando uma mulher que na extremidade de um bastão conduz uma bonequinha ricamente enfeitada - a calunga. A dança se dá em passos lentos e cadenciados.

 



Hoje comemoramos o Dia Nacional do Folclore.

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Comemoramos coisa nenhuma!

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Lembramos que hoje é o Dia do Folclore e pronto.

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E quem deveria realmente realizar alguma coisa, para festejar a data?

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Não resta nenhuma dúvida que seria a Federação de Grupos Folclóricos.

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Pois é, a Federon! Pelo menos até ontem à tarde, não havia divulgado, nenhuma programação alusiva à data.

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Temos a mania de ficar cobrando ações dos governos, estadual e municipal, quando acontecem datas como a do Dia do Folclore.

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Quando na realidade deveríamos cobrar das entidades que promovem o folclore ou outro qualquer evento cultural.

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Tá na hora de nos desatrelarmos dos órgãos culturais.

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Aliás, o governo não é para promover nenhum show, espetáculo ou seja lá o que for.

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Quem tem que criar, promover e coordenar as manifestações culturais são as associações e federações afins.

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O governo tem apenas que apoiar, fornecendo quando possível, a estrutura necessária para a realização do evento.

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Não é o governo, que tem a obrigação de elaborar a programação, para ser desenvolvido no Dia ou na Semana do Folclore.

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Essa parte tem que ser feita pelas entidades que coordenam os grupos folclóricos.

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Então amigos, que se dizem folcloristas.

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Não temos que criticar o governo Estadual e nem o governo municipal, por não terem programado nada para o dia de hoje.

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Sei que a direção da Federon vai meter "o pau", por termos escrito o que escrevemos acima.

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Até porque, eles confundem o Zekatraca com o presidente da Federação das Escolas de Samba – Fesec.

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Acham que, porque somos da presidência da Fesec, não devemos nos meter nas coisas da Federon.

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Nada disso amigos! Se assim fosse, não poderíamos escrever criticando a Iaripuna e a Secel, pois a Fesec é parceira dessas entidades na realização dos desfiles das escolas de samba.

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É necessário que cada um cuide do seu cada um.

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No caso do folclore, a responsabilidade é da Federação de Grupos Folclóricos.

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Até o ano passado, o governo Estadual se preocupou em comemorar o Dia Nacional do Folclore, com a realização de exposições e apresentações de grupos de dança na Casa da Cultura Ivan Marrocos...

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Acontece que por força da Lei, isso agora não é mais recomendável.

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O governo não pode mais atuar como realizador e sim, apenas como apoiador.

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Quem tem que idealizar e realizar as manifestações culturais, são as entidades criadas com esse fim.

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Por conta disso, ou pela falta de responsabilidade da entidade que congrega os grupos folclóricos...

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Porto Velho vai passar o Dia Nacional do Folclore em branco.

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É uma pena! Mas é verdade!

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Foi no Dia do Folclore de 2004 que faleceu o folclorista Antônio de Castro Alves.

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Antônio de Castro Alves era o presidente, aliás, é considerado o eterno presidente do Boi-Bumbá Corre Campo.

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Para não dizer que o dia será de todo esquecido...

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O Xereta realiza no bairro São Sebastião I – Feira Cultural da Zona Norte de Porto Velho.

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Xereta busca um novo jeito de olhar a cultura e prestigiar com grandes eventos, como este que vai acontecer no bairro São Sebastião I, hoje.

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22 de agosto, Dia Nacional do Folclore.

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A Feira do Xereta vai até o dia 24, domingo, na quadra de esporte do bairro, com uma programação de qualidade, destacando-se teatro, circo, quadrilhas, grupos de danças, show musical.

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Informação 9912-9499/9232-3653.

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Quando digo "digo",

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digo "digo", não digo "Diogo".

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Quando digo "Diogo",

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digo "Diogo", não digo "digo".

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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