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Gente de Opinião

Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 07/04/09




Estamos em plena Semana Santa.

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Isso me faz lembrar o tempo que peixe era coisa rara em Porto Velho.

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Principalmente na Semana Santa.

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O que? Não é possível!?

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Faltar peixe em Porto Velho?

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Pois é meu amigo, não faz muito tempo, peixe durante a Semana Santa, como num passe de mágica, desaparecia das bancas.

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Esse negócio de fartura de peixe é recente em Porto Velho.

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Estou me referindo a fartura de peixe durante a Semana Santa.

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Até a década de 90, precisamente, durante o governo de Oswaldo Piana.

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Era preciso que o governo comprasse e estocasse peixe para distribuir às pessoas carentes durante a Semana Santa.

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A justificativa para a falta de pescado durante a Semana Santa é simples.

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Apesar da fartura de peixe no nosso Rio Madeira e seus afluentes, os pescadores não tinham como preservar por muitos dias, o produto de suas pescarias, porque não existiam na cidade e no estado, frigoríficos para armazenar a produção.

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A fartura no Rio Madeira e seus afluentes, acontece durante o período de seca, que vai de maio a outubro.

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Daí pra frente, só os peixes congelados existiam naquele tempo.

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Aliás, Porto Velho quando nasceu recebeu também uma “fábrica de gelo” que abastecia as casas dos ferroviários mais abastados, os chamados categas.

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Com a criação do Território Federal do Guaporé, a população passou a ter acesso também ao gelo fabricado naquela fábrica da Estrada de Ferro.

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Só que ainda não existiam as caixas de isopor.

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Assim sendo, não tinha como estocar o pescado.

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E como a Semana Santa acontece num período quando o Rio está cheio, fica difícil a prática da pescaria.

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Aí, só quem comia realmente peixe fresco, eram os categas, que pagavam uma verdadeira fortuna para ter na mesa, na sexta feira Santa, um prato de peixe.

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O pobre coitado, só comia sardinha em lata.

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E olha que naquele tempo, a igreja praticamente proibia que seus fies comessem peixe durante a quaresma.

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Principalmente as quarta e as sextas feiras.

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Era a tal abstinência de carne vermelha.

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Pobre além de sardinha em lata, só comia peixe se fosse pescar na beira do Madeira na tentativa de pegar alguns mandis.

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Como não tinha supermercado, Bacalhau tinha que ser encomendado a parentes que moravam em outros estados.

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Comer Bacalhau na Semana Santa só mesmo para catega rico.

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Peixe como Tambaqui, Pirapitinga, Jatuarana, Surubim e Filhote de Piraiba, Pirarucu, também era produto para mesa de catega rico.

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O porto-velhense só passou a consumir peixe com maior freqüência durante a Semana Santa, com a chegada dos surper mercado.

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O primeiro super mercado foi o Morita que depois passou a Pão de Açúcar e hoje é o Gonçalves ali na Jorge Teixeira.

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Mesmo assim, o preço do pescado era impossível para o peixe chegar a mesa dos menos favorecidos.

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O governo, após a criação do Estado, montou o terminal pesqueiro dotado de frigorífico, isso no tempo do Teixeirão.

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E então passou a estocar o pescado e quando chegava a Semana Santa, distribuía aos menos favorecidos.

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Só que o peixe distribuído, era o chamado de segunda qualidade.

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Branquinha, Piramutaba (Mulher Ingrata), Jaraqui, Curimatã e outros menos votados.

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Esse negócio de distribuir peixe para a Só parou com o advento da criação de peixe em cativeiro.

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Primeiro, os peixes criados em cativeiro, ninguém queria comprar, porque tinham gosto ruim, já que eram criados a base de ração, muitas vezes, a mesma ração dada para cachorro.

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E então o governo comprava e distribuía para a população carente.

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Tambaqui de Rio ou nativo era comida de rico.

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Aí o terminal pesqueiro foi destruída por uma temporal e acabou a mamata.

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Como Deus é Pai e não padrasto.

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Justamente nesse tempo, os peixes de cativeiro já estavam com gosto bem melhor, pois melhoram suas rações.

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E o povão passou a poder comprar esses peixes já que o quilo do Tambaqui chegou a ser vendido a menos de Quatro Reais.

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Hoje o porto-velhense já não fica “brigando”, nas bancas de venda de pescado por um quilo de peixe de primeira.

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Pelos quatro cantos da cidade, encontramos bancas de vendas de peixe.

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Pelas ruas, passam os vendedores de peixe acondicionados em caixas de isopor.

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A fartura de peixe dura o ano todo.

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Não existe mais a exploração.

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Qualquer pessoa por mais humilde que seja seu faturamento, tem condições de comprar um quilo de pescado.

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Isso prova, que o progresso não chega apenas para destruir a natureza. Tudo tem seu preço, para + ou para - 



BR de Cultura

Vai apoiar circulação de peças teatrais

Entre os dias 6 de abril e 10 de maio, estarão abertas as inscrições na modalidade Seleção Pública do “Programa Br de Cultura”, da Petrobras Distribuidora. Nesta primeira edição, serão selecionados projetos no segmento de artes cênicas, para circulação de peças teatrais em todo o Brasil. 

O “Programa Br de Cultura” também contemplará projetos de continuidade – como “dançando para não dançar” e “Cinema Br em movimento”, num total de R$ 24 milhões para o biênio 2009/10. Parte integrante da mesma política cultural do “Programa Petrobras Cultural”, o “Programa Br de Cultura” terá recursos de até r$ 12 milhões, apenas para a categoria Seleção Pública, entre julho deste ano e dezembro de 2010. Todos os projetos escolhidos deverão obrigatoriamente estar inscritos no ministério da Cultura para captação de recursos através da lei Rouanet. Serão selecionados projetos de circulação de peças teatrais, com apresentações em cidades diferentes daquelas onde os espetáculos já estiveram em cartaz. a seleção irá priorizar projetos que proponham ações de formação de platéia, como preços populares e/ou apresentações gratuitas. Além disso, o período de execução deverá estar compreendido entre 10 de julho deste ano e 15 de dezembro de 2010, e o proponente deverá comprovar regularidade fiscal. “O ‘Programa Br de Cultura’ vai permitir a circulação de peças de sucesso em diferentes cidades do País, fora do tradicional eixo Rio - São Paulo, possibilitando o acesso do público a projetos que estavam restritos a poucas localidades. Esse segmento não estava contemplado pelo já consolidado. ‘Programa Petrobras Cultural’, e a Br chega para preencher este espaço”, afirma Paulo Otto Von Sperling, gerente executivo de Comunicação e relações institucionais da Petrobras distribuidora. As inscrições serão feitas exclusivamente pelo Portal Br (www.br.com.br), mediante preenchimento de formulário e envio de documentos digitalizados. 

Acompanhe entrevista com Paulo Otto Von Sperling, gerente executivo de Comunicação e Relações Institucionais da Petrobras Distribuidora. 

E N T R E V I S T A

Zk – Quais são os principais objetivos da Petrobras Distribuidora ao lançar o “Programa BR de Cultura”?
Paulo Otto
- O principal objetivo é dar maior transparência ao processo de seleção de projetos culturais patrocinados pela Petrobras Distribuidora. De acordo com a lei Federal de incentivo à Cultura, a lei Rouanet, podemos aportar até 4% do imposto de renda devido em projetos dessa natureza e, para uma empresa do porte da Br, esse teto fiscal significa um valor em torno de r$ 12 milhões por ano. Por isso, estamos lançando o “Programa Br de Cultura”, que será bienal. A edição 2009/2010 contemplará projetos de continuidade e seleção pública. Destaco a última modalidade, que visa contemplar projetos de circulação de peças teatrais. Nossa meta é levar peças de sucesso em um maior número possível de estados.

Zk – Qual a relação entre o “Programa BR de Cultura” e o “Programa Petrobras Cultural”?
Paulo Otto
- O “Programa Br de Cultura” e o “Programa Petrobras Cultural” – PPC fazem parte da mesma política de patrocínio cultural do sistema Petrobras. A edição do Programa Br 2009/2010 está sendo lançada em período diferente ao do PPC somente por questão de cronogramas distintos. A Petrobras encerrou há poucas semanas suas inscrições e o “Programa Br de Cultura” abre sua seleção pública, objetivando complementar com um segmento não atendido pela Petrobras: a circulação de peças teatrais. Dentro do segmento de artes cênicas, a Petrobras já contempla manutenção de companhias teatrais, de dança e circenses (seleção pública dentro do PPC) e produção teatral através do Prêmio Myriam Muniz, em parceria com a Funarte. Nossa expectativa é que a próxima edição do “Programa Br de Cultura” siga o mesmo calendário do “Programa Petrobras Cultural”.

Zk – Que tipos de iniciativas poderão ser patrocinados?
Paulo Otto
- Apresentações de peças teatrais que já estiveram em cartaz nos últimos três anos, em diferentes cidades de onde originalmente as peças já foram realizadas. Priorizaremos projetos que proponham ações que facilitem o acesso do grande público, como ingressos populares e sessões gratuitas.

Zk - Como será feita a seleção dos projetos?
Paulo Otto
- A seleção será realizada em 3 etapas: triagem administrativa; Comissão de Seleção e Conselho Br de Cultura. Na primeira etapa, que terá caráter eliminatório, será checado o atendimento dos quesitos obrigatórios informados no regulamento. Os projetos aprovados na triagem administrativa serão encaminhados à Comissão de Seleção, que será formada por profissionais da Petrobras distribuidora e externa à Companhia, de reconhecida atuação no segmento de teatro. Nessa etapa, será avaliada a viabilidade de execução, o mérito intrínseco do projeto, o currículo dos profissionais envolvidos, resultados obtidos na(s) temporada(s) anterior(es), o plano de acessibilidade ao bem cultural e os períodos e praças propostos. na última etapa, ocorrerá a avaliação do Conselho Br de Cultura, que será composto por representantes da Petrobras distribuidora, da Comunicação institucional da Petrobras, do ministério da Cultura e da secretaria de Comunicação da Presidência da república.

Zk – Quando será feito o anúncio dos projetos contemplados com o patrocínio da BR?
Paulo Otto
- Nossa previsão é anunciar os resultados no Portal Br no dia 08/06/2009

Zk – Qual o total de recursos destinados ao “Programa BR de Cultura” e como será a divisão destes em cada modalidade?
Paulo Otto
- No total, serão aportados R$ 24 milhões, sendo 50% (R$12 milhões) para a seleção pública, necessariamente R$ 6 milhões serão desembolsados em 2009 e R$ 6 milhões em 2010. Os demais 50% (R$ 12 milhões) serão para projetos de continuidade.

Zk – Em relação aos projetos de seleção pública, por que a decisão de priorizar as artes cênicas nesta primeira edição do programa, já que a BR sempre foi reconhecida como uma grande incentivadora do cinema brasileiro?
Paulo Otto
- O segmento de artes cênicas, especificamente a circulação de peças teatrais, foi priorizado em função de não ser atendido pelo “Programa Petrobras Cultural” e nem por nenhum outro grande processo de seleção pública de projetos. Era uma demanda existente no mercado cultural. Depois da criação do PPC, em 2003, o segmento de cinema passou a ser amplamente atendido pela Petrobras.


Fonte: Sílvio Santos / www.gentedeopiniao.com.br  / www.opiniaotv.com.br 
[email protected] 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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