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Gente de Opinião

Silvio Santos

Zekatraca - Lenha na Fogueira 06/10/10



LIVRO

Dom Xavier - Apóstolo do Guaporé

A professora Isabel Assunção, de Guajará-Mirim, está finalizando um livro que vai retratar a vida e a obra missionárias do bispo Dom Francisco Xavier Rey, que durante mais de 30 anos trabalhou na região da fronteira Brasil-Bolívia e ficou conhecido ali como "Apóstolo do Guaporé", atuando não só no aspecto religioso, mas, também, nas áreas de cultura, educação e saúde.

A pesquisa da professora Isabel Assunção vai além do trabalho religioso desenvolvido por Dom Rey desde 1932, quando ele chegou, ainda como padre, à região de Guajará-Mirim, integrando-se à comunidade na qual exerceu grande influência, incluindo aí o fortalecimento da maior festa cultural-religiosa do Estado, a Festa do Senhor do Divino Espírito Santo, realizada nas comunidades brasileiras e bolivianas ao longo da fronteira, desde 1894.

Durante seu trabalho Dom Rey, verificando a necessidade de pessoas para atender como professoras e na área de enfermagem, e que atuassem como lideranças nas pequenas vilas ao longo da bacia do Mamoré/Guaporé, ele convenceu os pais de um grupo de meninas a deixar que elas se mudassem para um internato em Guajará, aonde estudaram e foram depois devolvidas a suas casas para atuar como lideranças comunitárias.

As meninas passaram a ser chamadas, então, de "filhas do bispo". Dona Isabel era uma delas, juntamente com outras jovens: Lídia, Estela, Eleotéria, Eremita, Antonia, Paula, Maria de Jesus, Albertina, Belmira, Inocência e Verena. Segundo narra a matriarca Estela Madeira Casara em "A Mulher em Rondônia - de Tereza de Benguela à Coronel Angelina", o grupo era rigidamente vigiado pelas freiras do colégio "Santa Terezinha".

No livro dona Estela cita: "No internato a vida era dura. Saídas eram poucas e mesmo assim tinha de ser todas juntas, em fila, para dar uma volta na única praça da cidade, ir à igreja ou a uma atividade religiosa". Em entrevista ao projeto "Testemunha da História", citado no mesmo livro, dona Estela ainda lembrou que apesar de toda fiscalização das irmãs as meninas conseguiam manter contato com rapazes, mas que "não como esses namoros de hoje", mas através de cartas e bilhetes, algumas vezes "contrabandeados" por colegas não internas.

Esperado com grande expectativa por parte dos que atuam na pesquisa histórica rondoniense, com especialidade fatos e personagens que aconteceram na região dos Rios Mamoré/Guaporé, o livro da professora Isabel Assunção virá, com certeza, numa boa hora, para que se possa entender melhor a luta dos que viveram e vivem naquela área do Estado.
 

 



 

Se nada atrapalhar daqui pra frente o resultado das eleições, Porto Velho pela primeira vez na história de Rondônia Estado será maioria na Assembléia Legislativa.

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Pelas minhas contas a capital elegeu um terço dos 24 deputado que estarão atuando na Assembléia como deputado estadual a partir de 1º de janeiro de 2.011.

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Davi Chiquilito, Epifânia, Herminio, Valter Araujo, Zequinha Araujo, Jean Oliveira, Ribamar Araujo e Flávio Lemos.

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Isso é muito bom!

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A grande decepção entre os candidatos da capital ficou por conta dos candidatos, Carlinhos Camurça cuja assessoria apostava que teria mais de 15 mil votos e não chegou a 7 mil.

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Carlos Eduardo o delegado Carlão que não alcançou 3 mil votos.

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E do Dr. Alexandre Brito que apesar de ter sido bem votado, quase 10 mil votos não conseguiu entrar na lista.

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No âmbito dos deputados federais a grande decepção foi a votação obtida pelo Itamar da Cut. Pelo investimento na campanha muitos acreditavam que ele receberia maior número de votos.

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O professor Israel também ficou fora.

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Quer dizer, o PT que tinha dois deputados federais. Anselmo de Jesus e Valverde ficou só com o Padre Tom.

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A bancada cultual está boa, principalmente em Porto Velho com a Epifânia e o Davi Chiquilito e Jean Oliveira.

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Mudando de assunto:

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O poeta prosador Beto Ramos, nos enviou uma crônica muito bem elaborada que fala sobre um episódio que aconteceu no Mercado Cultural durante a “Alvorada para Porto Velho”.

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A crônica do Beto tem endereço certo.

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Quem estava no Show dos Anjos da Madrugada naquela noite, com certeza, ao ler o que vamos passar a reproduzir, vai lembrar o episódio e descobrir para quem o filho do “Buchudo” escreveu.

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Vamos à crônica do Beto Ramos:

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“Le marché gagné de la force” ( O mercado ganhou força)

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Eu pobre mortal. Filho da mata, filho do sol, filho da lua, filho da chuva.

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Eu pobre moribundo das palavras, triste filho rejeitado por frases absurdas vindas da imortalidade histórica que merece o meu respeito.

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Eu pobre público taciturno de um espetáculo do teatro do absurdo.

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Eu pobre índio de cara pintada.

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Sentado na praça sem entender o valor de un coup de la morte.

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Cenas para ficar na alma, dividindo a história com l'ignorance n'est aucune excuse.

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Bebendo da insensatez, palavras não poderiam ofender os nossos ouvidos.

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Aquela resistência não poderia ver a cor da história.

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A história não precisa possuir cor.

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A história não é escrita com adornos de prata ou de ouro.

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O que sempre fica é a história dos homens.

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Eu pobre mortal.

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Jamais iria perder a minha identidade de índio nu que fica na praça assistindo sem jamais aplaudir o quase nosso teatro do absurdo.

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Eu pobre mortal entristecido, com olhos cheios de lágrimas.

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Eu beradeiro que de palavras cheias de erros posso dizer que le marché gagné de la force.

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E da praça podemos assistir também um espetáculo de grande beleza.

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Eu pobre mortal.

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O meio de dois lados que fazem e são história.

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Eu pequeno que contribuiu com o vôo da fênix beradeira que não é mortal nem imortal, é o nosso Mercado Cultural.

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Diz a lenda.

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É isso aí Beto Ramos.
 




CULTURA

Festival cultural
Duque de Caxias

Serão três dias de eventos culturais que acontecerão no Teatro Um do Sesc Esplanada

A escola estadual de ensino fundamental Duque de Caixas abre as 14h00 de hoje no Teatro Um do Sesc Esplanada a 1º edição do DC Cultural, evento promovido pela equipe de educadores e alunos, que proporcionará aos espectadores apreciação da arte em variadas facetas como, literatura, música, dança, desenho e fotografia entre outros.

A idéia partiu de junção de três grandes atividades da própria escola: Momento Literário (10ª edição), que contará com o lançamento do livro “Meus Primeiros Versos”, edição atualizada; FestDuque (4ª edição), lançando os artistas da escola e o “DC 10” projeto da disciplina de história que buscou registros e documentou um pouco mais da trajetória da instituição nos seus 63 anos de atuação.

Serão três dias de eventos culturais que acontecerão sempre no Teatro Um do Sesc Esplanada das 14 as 18h00.

A programação de hoje, começa com as atividades do Projeto “DC 10” coordenado pelo professor Raimundo Martins e professor Lucas Varanda com apresentação de jogral musical, poesias, teatro com os alunos do 8º ano “A”, desafio interclasse, exposição de fotografia, Banda Bado, musimensaagem, apresentação do professor Lucas, musica Saber Viver com alunos do 6º ano “A” e “B”.

Amanhã dia 7 a professora Maria Antônia Fernandes coordena o Projeto Momento Literário com apresentação de banda pop, crônicas, contos, teatro e varal de textos entre outras.

Sexta feira dia 8, é a vez do professor Erivaldo Melo – Bado coordenar o Projeto FestDuque que consiste na realização do 4º Festival de Música, dos alunos do Duque de Caxias. Além dos candidatos ao prêmio de melhor interprete e melhor música inédita, o público vai curtir a apresentação do coral do professor Johnson, coral do Programa Mais Educação e coral dos funcionários da escola.

 

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 Fonte: Sílvio Santos - [email protected]  
 
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