Zekatraca - Lenha na Fogueira 03/12/09

 

Semana passada, postei em uma das colunas, que não gostava muito de me meter nos fatos sobre a história da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

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Até porque o assunto Madeira Mamoré é muito complexo.


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Começa que toda vez que temos que nos referir à estrada ferro temos que grafar a palavra “complexo” da Madeira Mamoré.

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Quer dizer o “bicho” já nasceu complexo.


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Aí me meti a dar apoio, a campanha encabeçada pelo pessoal do site Rondônia ao Vivo que denunciou o descaso do IPHAN para com a caldeira da "Serraria das 11”.

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E sem consultar meus alfarrábios dos tempos de criança, quando ia tomar banho na “Bueira” que ficava atrás da Serraria “Tiradentes” ou então ancorar as toras de Cedro que a gente pegava no meio do Rio Madeira para vender na Serraria.


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Tasquei nos meus comentários, que o nome da Serraria da 11 Horas era “Santo Antônio”. Mancada total ou “amnésia” profunda.

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Como foi, que fui esquecer o nome da Serraria onde a nossa turma da feira ia brincar nas serragens praticamente todos os dias no final da tarde.


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Como esquecer o nome da Serraria onde praticamente todos os dias ficávamos pescando Mandi de cima das toras de madeira que ficavam a espera de ser serradas?

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Foi então que o grande Mestre, o historiador dos historiadores, o reparador de todas as mancadas dos nossos historiadores.


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Mestre, escritor, poeta e porque não, HISTORIADOR Antônio Cândido se apressou em nos corrigir, publicando (antes nos enviou e-mail) no site Gente de Opinião o artigo:

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A CALDEIRA DO MERCADO DO CAI N’ÁGUA


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Onde mostra que a caldeira que na matéria publicada no Rondônia ao Vivo, consta como a que forneceu energia para a Serraria serrar os milhares de dormentes assentados sob os trilhos da Estrada Ferro Madeira Mamoré.

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Não “tem nada a ver com a construção da Estrada de Ferro e muito menos com o corte de DORMENTES”.


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Chama a nossa atenção por termos colocado o nome de Santo Antônio na serraria, quando o correto é Serraria “Tiradentes”.

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Como nosso espaço é pequeno.


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Vamos divulgar apenas parte do texto do Antônio Cândido recomendando nossos leitores, que acessem o Gente de Opinião para ler a aula sobre história de Rondônia completa.

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De ante mão, agradecemos ao Antônio Cândido pela reparação em nosso comentário.

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Vamos à parte do texto do poeta do “Vagão dos Esquecidos”:

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“Tenho acompanhado com interesse a discussão em torno da demolição do “Mercado do Cai N’água,” e do possível destino que será dado à caldeira ali instalada nas décadas 50/60 do Século passado.


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A caldeira foi elevada à categoria de bem histórico e digna, portanto, de debate popular na imprensa local onde os mais estapafúrdios comentários estão sendo feitos em torno do assunto.

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Silvio Santos tem razão quando diz que qualquer assunto referente à Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, gera discussão, o que não devia ser o caso, porque a caldeira e a cobertura do Mercado do Cai N’água nunca pertenceram à serraria instalada pelos americanos (após 1908), quando começou, também, a ser instalado todo o parque ferroviário.


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Assim, não podemos dizer que os dormentes utilizados na construção da ferrovia foram serrados com ajuda dessa caldeira, porque dormentes são lavrados e não serrados e, no caso da Madeira-Mamoré, os quase 600.000 dormentes utilizados, vieram 350.000 da Austrália e o restante do Norte e Nordeste brasileiro. 

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Aqui ele publica as fotos da serraria Tiradentes e a foto da serraria da Estrada de Ferro batida pelo americano Dana Merril (veja no site).


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Isto posto, convém esclarecer que o “Mercado do Cai N’água” realmente abrigou uma serraria, que nunca foi “serraria das 11” como quer o Senhor Valmir Queiroz e nem “Serraria Santo Antônio” como quer o meu preclaro amigo Silvio Santos.

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O galpão, a serraria e tudo o que nela existia, foi construído pelo governo do Território Federal do Guaporé, como disse, entre os anos 50/60 do Século passado, anterior ao governo de Petrônio Barcelos, com o nome de “SERRARIA TIRADENSTES.”

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A serraria Santo Antônio, existiu na BR–364, logo depois do Trevo do Roque, sentido Rio Branco de propriedade do senhor Emil Gorayeb, cujo galpão ainda está lá e pode ser visto por quem quiser.

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A gente discute com o Antônio Cândido de teimoso que somos, mas que o cara conhece nossa história conhece.

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Valeu historiador, poeta e professor Antônio Cãndido. 

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CONFERÊNCIA

Show de Hip Hop
do grupo de Buritis

A Conferência Estadual de Cultura termina hoje com o show do Silvio Santos Zekatraca 



Luiz Gouveia pegou o microfone e cobriu de elogios o grupo responsável pela apresentação cultural de abertura, do segundo dia do Seminário Nacional de Cultura, que foi encerrado na manhã de ontem em Porto Velho. Diante de tantos elogios, a platéia ficou ansiosa para ver os meninos da CUFA - Central Única das Favelas do município de Buritis, em especial, o garota de apenas 7 anos de idade Lucas Davi “Que é um show”, disse Gouveia. O DJ levantou o som e a turma tomou conta do palco do Teatro do Sest/Senat. Cleumar Adriano, Davi Rosa, Marcela Blum, Ângelo Caldeiras, Marcos Oliveira, Adriana Andrade, Josiane Viana, Lucas e Valdinei de Jesus, começaram com seus, moinho de vento, flair flair aéreo, cavalo de pau ou iank, suicida, reloginho e flick flair ou gato nome dos passos ou acobracias da dança do Hip Hop. Quando o Lucas foi para o centro do palco e apresentou um reloginho a platéia foi ao delírio. A coordenadora da embaixada buritinense Rosane Cristina Bernardo não se continha de tanta felicidade, pela recepção que o público dispensou ao grupo. “Não sei como agradecer a vocês pela calorosa recepção”, disse emocionada a coordenadora da Biblioteca de Buritis. O professor Davi Rosa convidado a se manifestar disse o seguinte. “Vocês não sabem o que representa pra gente, esses poucos minutos de aplausos que vocês nos proporcionaram, estou deveras emocionado”. O show foi tão bem apresentado, que ao final, a platéia pediu mais um, mais um e conseguiu a reapresentação. Luizão não estava errado quando teceu elogios ao grupo de Hip Hop de Buritis. Valeu! 

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CULTURA

Diversidade musical encerra conferência 



Com o show “A Diversidade Musical do Beradeiro Silvio Santos-Zekatraca”, será encerrada na noite de hoje a “I Conferencia Estadual de Cultura” que desde o dia 1º está acontecendo no Sest/Senat em Porto Velho. O evento reuniu durante seus três dias representantes de 20 municípios do estado de Rondônia. Como Porto Velho, Ariquemes, Cujibim, Pimenteiras, Rio Crespo, Cacoal, Castanheira, Guajará Mirim, Presidente Médici, Mirante da Serra, Corumbiara, Alta Floresta, Ouro Preto, Vale do Anari, Machadinho do Oeste, Chupinguaia, Costa Marques, Jaru, Vilhena e Colorado D’Oeste. 

O Seminário Nacional foi encerrado ontem com a palestra do representante da Regional Norte do MinC Alberdan Batista que fez uma explanação dos programas disponíveis aos produtores culturais da nossa região como o Mais Cultura, Pontos de Leitura entre outros, lembrou Alberdan que algumas instituições bancárias já estão financiando projetos culturais “No caso da nossa região a referência é o Banco da Amazônia. O Seminário foi encerrado com a fala do Gerente de Cultura da Secel que disse da importância da parceria entre o Estado de Rondônia e o Governo Federal. O secretário Jucélis vem desenvolvendo um trabalho sério e com isso conquistou a confiança do governador Ivo Cassol que passou a investir mais recursos na cultura. “Quando entrei na Secel no ano passado o orçamento disponibilizado pelo governo era de apenas R$ 700 Mil, este ano foram R$ 6 milhões só para a Cultura” disse Luizão. 

Logo depois do almoço foi aberta a I Conferência Estadual de Cultura com a aprovação do Regimento e a formação da Mesa Redonda sobre os Eixos Temáticos. 

O encerramento da Conferencia acontece às 18 horas de hoje após serem eleitos os representantes do estado de Rondônia que irão participar da Conferência Nacional que vai acontecer em Brasília no mês de março do próximo ano. 

Fonte: Sílvio Santos - [email protected]   
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