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Gente de Opinião

Silvio Santos

Sete de Setembro no tempo do território


Ontem, dia 7 de Setembro, comemoramos a independência do Brasil e a programação nos dava como certo, os desfiles militares e estudantis na Avenida Costa e Silva. Com certeza, aquele espaço ficou repleto de pessoas, que gostam de apreciar a "Parada de 7 de Setembro". Pressionado a fechar essa página na terça feira, já que o caderno Revista tinha que ser impresso o mais tardar na quinta feira, optamos por contar aos nossos leitores mais jovens ou que aqui chegaram nos últimos anos, como eram os desfiles de Sete de Setembro nas décadas de sessenta e setenta em Porto Velho.
Na década de sessenta antes e depois da "Revolução", a Parada de Sete de Setembro acontecia na Avenida Presidente Dutra e na década de setenta foi para Avenida Farquar. Em qualquer das duas avenidas a Parada contava com a participação maciça dos colégios e escolas públicas e particulares que funcionavam na cidade. Na realidade, as escolas e colégio particulares que existiam na época, eram poucas, entre elas as que mais se destacavam eram o Colégio Dom Bosco e o Colégio Maria Auxiliadora. Nas escolas públicas os destaques eram o Barão do Solimões, Duque de Caxias e a maior de todas a Escola Normal Carmela Dutra.
Como acontece nos dias de hoje, a abertura da Parada naquele tempo, também contava com a "Revista das Tropas" pelo governador do Território, Comandante Militar e Comandante da Guarda Territorial" e logo após, desfilavam as tropas militares seguidas dos desfiles escolares. A Banda de Música da Guarda Territorial após tocar para os guardas e soldados do exército, ficava estacionada ao lado do palanque oficial para tocar para as escolas que não tinham fanfarras (naquele tempo a gente chamava de banda).
As apresentações mais aguardadas pela população, eram os desfiles do Colégio Dom Bosco e Maria Auxiliadora e o da Escola Normal Carmela Dutra. Acontece que nesses colégios os seus diretores transformavam o evento na mais acirrada competição, as "Bandas" começavam os ensaios ainda no mês de maio e os alunos de todo o colégio participavam desses ensaios que eram realizados pelas ruas das proximidades dos colégios. Na véspera do dia Sete de Setembro ou até dois dias antes, o colégio parava as aulas para que os alunos se dedicassem apenas aos preparativos das apresentações na Parada do dia da Pátria.
Naquele tempo, esses colégio desfilavam inclusive com carros alegóricos e como se fossem escola de samba, apresentavam um tema (enredo), geralmente sobre fatos da história do Brasil. Assim, sempre a gente assistia a encenação da assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel a mais explorada, a cena da Independência do Brasil com D. Pedro empunhando a espada em cima de um belo cavalo, ou então o descobrimento do Brasil por Pedro Alvares Cabral.
Os alunos do Colégio Dom Bosco e as alunas do Colégio Maria Auxiliadora (naquele tempo no Maria Auxiliadora só estudavam mulheres e no Dom Bosco apenas homens). No final dos desfiles, era comum acontecerem "pegas" entre alunos da Escola Normal X Dom Bosco & Maria Auxiliadora, pois apesar dos desfiles não serem julgados por nenhuma comissão julgadora, os alunos de cada colégio diziam que o seu colégio foi o vencedor da "Parada", que tirou o primeiro lugar e aí o "Bicho" pegava.
Vale salientar, que essas pendengas aconteciam na praça Mal Rondon quando os desfiles eram na Presidente Dutra (até meados da década de sessenta) e na praça Aluizio Ferreira depois que os desfiles foram para a Av. Farquar.
Outro fato que chamava a tenção, era que os pais tinham o maior prazer em contratar o "Foto Pererinha", para bater fotos de seus filhos em suas garbosas fardas de gala. As Bandas (fanfarras) do Colégio Dom Bosco e do Carmela Dutra também se "pegavam" no quesito desempenho. Geralmente a melhor no quesito harmonia era a do Colégio Dom Bosco. A do Carmela Dutra ficava com o título de melhor visual já que colocava as chamadas balizas fazendo "piruetas" vestidas com mínimas "fantasias".
Após os desfiles e as fotos, a turma aproveitava para namorar (de longe), tomar sorvete e beber grapete na sorveteria Elite a única da cidade, depois a preferencia foi para guaraná Marau, ou então esperar o barbadiano conhecido como "seu" Roque passar com seu carinho de mão vendendo sorvete "de Macujá ou Bacuxi".


BNDES lança editais para apoio à produção cinematográfICA
O BNDES, segundo maior patrocinador do cinema nacional, está lançando o Edital de Seleção Pública anual, versão 2007. Serão investidos
recursos no montante de até R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais) em
projetos de produção e na finalização de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de longa-metragem, nos gêneros ficção, animação e documentário, realizadas por empresas brasileiras
independentes, de produção audiovisual.
No edital deste ano, o BNDES achou por bem equiparar o teto de
apoio aos filmes de animação (antes de R$ 1 milhão) aos de ficção (cujo valor é de R$ 1,5 milhão). O objetivo é estimular esse segmento considerado de importante potencial de crescimento no País.
Outra categoria que teve o valor do apoio majorado foi a de finalização, nos gêneros ficção e animação. O aumento foi de 50% do valor
previsto para a categoria produção, passando de R$ 500 mil para R$ 750
mil. Outra alteração foi no gênero documentários, que ganhou na versão
2007 a categoria finalização, com apoio máximo de R$ 250 mil.
Podem concorrer apenas projetos já aprovados pela Agência Nacional
de Cinema (ANCINE) e que já tenham protocolo de registro de emissão e
distribuição de Certificados de Investimento Audiovisual na Comissão de
Valores Mobiliários (CVM).No ato da inscrição, a produtora responsável deverá indicar em que categoria o projeto concorre (produção ou finalização), a que gênero se refere (ficção, animação ou documentário), e o valor do investimento que está sendo solicitado.
Não serão aceitas inscrições de projetos que já tenham sido apoiadas em editais anteriores do Sistema BNDES ou de produtoras e
diretores que estejam em situação de inadimplência com o mesmo sistema. Desde 1995 o integrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social - BNDES, Agência Especial de Financiamento industrial - FINAME e BNDES Participações S.A. - BNDESPAR, patrocina a atividade audiovisual, já tendo aportado mais de R$ 93 milhões em produções cinematográficas, com dotação orçamentária de R$ 12 milhões por ano. Os recursos são provenientes da aplicação de incentivos fiscais previstos na Lei do Audiovisual. Além do edital, o BNDES apóia o setor de cinema por meio dos Funcines - Fundos regulamentados pela CVM, destinados ao investimento no setor audiovisual (cinema e TV), envolvendo todos os elos da cadeia, incluindo empresas de infra-estrutura, fornecedores, distribuidores, exibidores e produtores. Outro tipo de financiamento são as linhas criadas especialmente para atender às características do setor, através do Programa de Apoio à Cadeia Produtiva do Audiovisual - Procult. A regularidade e o montante de recursos já investidos fazem do BNDES um dos protagonistas da política pública para o desenvolvimento do cinema no País. De 1995 a 2006, foram apoiados 284 filmes. O pedido de investimento deverá ser enviado ao BNDES pela produtora proponente responsável pelo projeto cinematográfico perante a Ancine, no prazo e na forma previstos no edital de seleção. A documentação necessária para apresentação do projeto, e todas as regras do edital estão disponíveis no portal do BNDES no seguinte endereço: www.bndes.gov.br
 Fonte: [email protected] 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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