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Gente de Opinião

Silvio Santos

MURILO VALENTE


O médico fotógrafo da primavera

O médico cirurgião pediatra Murilo Valente apresenta na próximo terça feira dia 10, no hall da Mega Veículos (à rua da beira, 6930) a exposição "Primavera Digital". "Acontece que a Letícia viu algumas fotos que fiz de flores e então sugeriu que fizéssemos a exposição e nós aceitamos o desafio". Murilo é filho do pioneiro da televisão em Rondônia Murilo Aguiar que veio para Porto Velho trabalhar na construção da BR-29 e terminou fazendo amizade com o senhor Felipe Daou que na época estava implantando a TV Rondônia em Porto Velho e o convidou para dirigir o empreendimento. Murilo Valente é sobrinho do saudoso Sérgio Valente considerado por muitos como um dos melhores colunistas sociais da região Norte além de ser o mais polemico entre os colunistas de Rondônia. "Meu contato com o Sérgio Valente foi apenas quando ele já estava na fase final de sua doença, uma vez que quando eu era criança ele foi estudar fora e quando ele voltou eu fui quem saiu para estudar fora de Porto Velho". Murilo fez medicina em Belém do Pará e residência em São José do Rio Preto no estado de São Paulo onde se casou. Pai de uma jovem modelo famosa. "Minha filha Julia faz o comercial da Vivo em Portugal que no Brasil é feito pela Gisele Bindchen".

A exposição "Primavera Digital" é o embrião para um projeto maior que Murilo pretende desenvolver e que envolve outros fotógrafos profissionais de Porto Velho que é o "Fotos de Porto Velho cuja idéia é fazer fotografia de rua e expor em lugares como os Mirantes, catedral, Santo Antônio etc. O jovem portovelhense médico atende seus clientes do Hospital de Base, No Hospital Cosme e Damião e no Hospital das Clínicas. As fotos da exposição "Primavera Digital" estarão a disposição dos interessados em adquiri-las a partir do dia 11 na Mega Veículos. Murilo Valente o médico fotografo da primavera.

E N T R E V I S T A

Zk – Vamos começar falando da exposição Primavera Digital?

Murilo – A Letícia da Mega Veículos viu meu trabalho fotográfico e sugeriu que montássemos uma exposição de fotos aproveitando a primavera, lá no espaço de exposição dos veículos da Mega e eu topei a empreitada com ela. Como tinha umas fotos de flores em formato digital passamos a desenvolver o trabalho que ficou muito interessante.

Zk – As fotos foram todas feitas em Rondônia?

Murilo – Poucas foram feitas fora de Porto Velho, a maioria foram feitas na minha residência, nos hospitais que trabalho, no meio do mato ou no meio da rua. Vou andando e vejo a flor, acho interessante o visual que ela tá dando devido o jogo de luz e então fotografo. Noventa por cento das imagens são reveladas aqui em Porto Velho.

Zk – Você tem como hobby fotografar flores?

Murilo – Não é que goste de fotografar apenas flores, gosto de fotografia.

Zk – Desde quando?

Murilo – Aos 13 anos de idade ganhei uma máquina fotográfica da minha avó, daquelas máquinas de caixote ainda né, e partir daí, sempre gostei de fotografar. O fato de fazer a exposição Primavera Digital foi pelo interesse da Letícia aproveitar a Primavera, mas, tem outros projetos que a gente tá desenvolvendo que logo vamos comunicar, que são fotos de Porto Velhos.

Zk – No caso das fotos de Porto Velho, será um trabalho apenas seu ou vai envolver outros profissionais?

Murilo – Nossa idéia é montar um trabalho com outros fotógrafos e fazer uma exposição de fotografias de rua.

Zk – Por exemplo?

Murilo – As fotos realizadas no Mirante se expõe no Mirante; as fotos feitas no Trem lá embaixo na Estrada de Ferro a gente expõe naquele local em painéis; as fotos da catedral na Catedral; as de Santo Antônio serão expostas lá em Santo Antônio tudo em forma de painéis ao mesmo tempo as fotografias ficaram todas juntas num único espaço na Casa da Cultura Ivan Marrocos.

Zk – Você falou, minha avó. Quem é a sua avó?

Murilo – Minha avó é uma pessoa bastante conhecida na cidade é dona Ivone Valente mãe do saudoso colunista social Sérgio Valente e ela sempre morou coma gente e sempre incentivou naquilo que a gente queria fazer. O fato de ela me dar essa máquina fotográfica quando eu tinha 13 anos de idade, a máquina tava lá parada na gaveta dela eu pedi e ela disse, "leva pra você brincar" e acabei utilizando a máquina por algum tempo antes de adquiri uma máquina profissional.

Zk – Qual foi sua convivência com seu tio Sérgio Valente?

Murilo – Minha convivência com o Sérgio foi mais na fase final da vida dele. Acontece que ele ficou um tempo fora quando eu era criança e quando ele voltou eu saí pra estudar fora. Só quando voltei para Porto Velho foi que tive contato com Sérgio Valente e a gente conviveu alguns anos interessantes, mas, o meu estreitamente de laço maior foi quando ele ficou doente que eu dei o diagnóstico. Foi sugestão minha que ele fizesse o exame e acompanhei de perto a doença dele (Sida) dando o necessário.

Zk – Estamos conversando há algum tempo e você ainda não se identificou para o nosso leitor. Por gentileza quem é o Murilo Aguiar?

Murilo – Bem! Sou natural de Porto Velho nasci aqui em 1961. Meu pai veio pra Porto Velho para trabalhar na abertura da BR-29 (hoje 364), conheceu minha mãe e ficou aqui. Estudei muito tempo fora estudando, me formei em medicina em Belém do Pará, fui fazer residência em Ribeirão Preto onde casei e só retornei a Porto Velho novamente em 1993 como médico cirurgião pediátrico. Em 1996 entrei pro Exército e acabei saindo da cidade de novo por sete anos e só retornei pra Porto Velho mesmo agora com a doença do meu pai em 2002.

Zk – Então você é filho do Murilo Aguiar. Conta pra gente como foi que seu pai sendo um dos que vieram trabalhar na construção da BR-29 terminou sendo o Gerente ou Diretor da Rede Rondônia de Televisão da nossa TV Rondônia?

Murilo – Quando a Rede Amazônica de Televisão queria se implantar aqui, indicaram meu pai para ser o construtor. o instalador das estruturas que receberiam os equipamentos e ele acabou ficando amigo do Felipe Daou e foi convidado pra ser o Diretor TV Rondônia. O resultado foi que ele foi o responsável pela implantação de toda a rede no interior do estado.

Zk – Você é pai de uma modelo famosa. Fale sobre a carreira da sua filha?

Murilo – Minha filha Julia que nasceu em Ribeirão Preto foi descoberta por acaso, no Habib's em 2004. Ela tava lá com a prima dela e um fotografo desses olheiros chamou ela entregou um cartão e pediu que entregasse pra minha mulher pra poder fazer umas fotos dela porque ele a achava muito bonita, ficamos em dúvida mais resolvemos fazer o book o rapaz levou esse book pra São Paulo e a Ford Mega Moldel a contratou e partir de então ela tem feito muito trabalho como modelo feshion. Ela já fez trabalho na Holanda, na Bélgica a propaganda da Vivo que rodou com a Gisele Buntchen no Brasil ela fez em Portugal; Ficou na Espanha durante três meses e agora tem a proposta de ir pra Nova York. Graças a Deus ela despontou no meio. Ela é modelo da Colcci se a gente for ali na Colai pegar o catálogo só tem a Gisele e ela.

Zk – Que história é essa de que o Sérgio Valente era tão ligado a sua mãe Luiza que quando ela casou com o Murilo ele queria por que queria viajar com ela durante a lua de mel. É verdade?

Murilo – A história que eu sei dele. É que, ele sempre morou com a minha mãe e quando ela casou ele era o filho mais velho dela. Na verdade, na viagem de lua de mel ela levou ele junto pra passear.

Zk – Quando você decidiu voltar para Porto Velho já veio contratado pelo governo como médico?

Murilo – Vim contratado pelo governo. Cheguei aqui definitivamente, depois de ter terminado meus estudos em 1993. Me formei em 1985 fui fazer residência médica, em 89 fui pra Lins em São Paulo convidado para montar um serviço de cirurgia pediátrica e fiquei por cinco anos e em 93 vim pra cá definitivamente, só que fui servir o Exército e mais uma vez fiquei ausente da minha cidade por sete ano.

Zk – Vamos falar da sua infância em Porto Velho?

Murilo – A gente quando era criança morávamos na casa da minha bisa vó dona Ilda Valente que ficava onde hoje é o Banco Real pela Nathanael de Albuquerque. Depois meu pai construiu nossa casa dentro do terreno dela. Fiz o primário do Barão do Solimões, o Ginásio foi no Castelo Branco, comecei a fazer o científico no Carmela Dutra. Só depois é que fui estudar fora, primeiro em Brasília onde terminei o científico e fui fazer faculdade em Belém do Pará, fiz residência médica em cirurgia pediátrica lá em Ribeirão Preto.

Zk – E as férias em Porto Velho?

Murilo – Naquela época o que a gente tinha ou o que era muito badalado na cidade em tempo férias era o Mirante 1, depois foi que veio o Mirante 2 da Tia Rose, a gente também se encontrava muito na VIP, Estúdio 29. A cidade não oferecia muita opção.

Zk – Vamos voltar a falar sobre a exposição?

Murilo – Dia dez acontece o coquetel de abertura para os convidados, pessoas que os patrocinadores, Ford e Unimed estão convidando especialmente e, do dia 11 ao dia 30 a exposição vai estar aberta ao público lá mesmo na BR 364 onde fica a Mega Veículos. São fotos de flores tamanho 30 X 45 todas feitas com máquina digital.

Zk – Essas fotos serão vendidas durante a exposição?

Murilo – Claro, se alguém se interessar vão estar a venda. Se a pessoa gostar de alguma, vai ter uma foto única já que não duplicaremos nenhuma fotografia. Quem comprar vai ter uma foto exclusiva. É como se fosse realmente um trabalho de arte. Uma foto arte e não uma fotografia comercial.

Zk – Agora vamos falar do médico. Onde você exerce sua função de médico?

Murilo – Eu sou militar do Exército Brasileiro e sou cirurgião pediátrico do Exército e também presto serviço pro estado de Rondônia, tenho também consultório particular no Hospital das Clínicas. A população basicamente é atendida por mim no Hospital de Base a gente dar assistência 'as crianças do Hospital Infantil Cosme e Damião.

Zk – Na tua visão como é que está a saúde no estado de Rondônia?

Murilo – Melhorou muito! Quando eu era estudante de medicina, Porto Velho teve um grande crescimento na época do governador Jorge Teixeira, quando ele criou o Hospital de Base parecia realmente um hospital de primeiro mundo, funcionava tudo direitinho, tudo moderno, tudo novo mas, de repente quando me formei e voltei o Hospital de Base já era uma sucata. Agora o pessoal tem conseguido reerguer de novo o Hospital de Base, foi acrescido com um monte de especialidade que não tinha antes. Agora Porto Velho consegue manter um nível de medicina que a população não precisa mais sair, pra procurar recurso em outro local. São poucas as especialidades, onde ainda hoje o estado não tem condição de fornecer gratuitamente u atendimento digno. Acho que cresceu muito e está cada vez mais melhorando e acredito que vai melhorar mais ainda, com a novas implementação que o Amado tá dando ao hospital de Base.

Zk – Nós rondoniense temos muito a ver com a cultura paraense e você e por ter morado em Belém por algum tempo, deve ter muito mais. Essa entrevista está sendo vinculado justamente no dia do Círio de Nazaré. Você tem essa devoção por Nossa Senhora?

Murilo – Na verdade, quando estudei em Belém participava muito do Círio, depois não tive mais contato, até porque, aqui em Porto Velho quem não é paraense não costuma manter contato com a programação.

Zk – Mesmo não participando dos atos litúrgicos com certeza participa degustando alguns pratos da culinária paraense no dia do Círio?

Murilo – Gosto muito, adora a comida paraense, aliás, não é nem paraense é uma comida nossa, da Amazônia. Gostei muito de Pato no Tucupi, Maniçoba, Tacacá, Caruru, Vatapá.

Zk – Você mesmo prepara esse pratos ou sai pra comer em restaurantes especializados?

Murilo – Minha mãe de vez em quando costuma fazer umas festas juninas na casa dela e acaba fazendo muitos pratos típicos da região. Em Porto Velho tem muitos lugares interessantes onde a gente pode degustar uma comida dessas bem feita.

Zk – Sendo sobrinho do grande Sérgio Valente nunca passou pela sua cabeça em ser colunista social?

Murilo – Não! Minha vontade é, ser médico e agora é fazer o que sempre gostei, que é a fotografia, com o advento da fotografia digital, minha meta de vida hoje é, além de ser médico é realmente trabalhar com fotografia profissionalmente. Vou tentar conciliares as duas profissões, médico e fotógrafo.

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