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Silvio Santos

Minha vivencia e conhecimento sobre a cidade de Porto Velho


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Nesse tempo de quarentena em virtude do coronavírus – Covid – 19 e talvez por estarem se sentindo entediados e depois de praticamente 40 dias confinados dentro de casa, muitos se preocupam com o que fazer, para passar o tempo ou encher o tempo com alguma coisa útil, ler um livro, escutar música, ouvir rádio, o que menos o povo quer ouvir são os noticiários televisivos, pois em sua maioria só divulgam notícias preocupantes relativas ao Covid – 19.

Recentemente tenho recebido telefonemas, mensagens de watts app solicitando que eu publique as histórias que vivi durante esses meus 73 anos de vivencia em Porto Velho, minha cidade natal.

Uma das pessoas que de vez em quando solicita informação sobre a história de um logradouro que existiu ou ainda existe em Porto Velho, é o amigo jornalista, escritor Lúcio Albuquerque.

Semana passada ele solicitou que lhe enviasse a história do TREM DA FEIRA e Também a do TREM que transportava o Gado que vinha da Bolívia para ser abatido em Porto Velho.

Vamos então começar a atender à solicitação do Mestre Jornalista/Escritor Lúcio Albuquerque lembrando como funcionava o TREM DA FEIRA.

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O TREM DA FEIRA

 

A Estrada de Ferro Madeira Mamoré apesar dos ingleses a abandonarem em 1931, alegando que a mesma era deficitária, após passar a ser administrada pelo governo brasileiro, passou a exercer realmente o papel social, motivo de sua construção, que era promover o escoamento dos produtos produzidos pelos bolivianos e dar assistência às várias vilas que se formaram ao longo de sua linha férrea como Santo Antônio, Teotônio, Jacy Paraná, Mutum, Abunã, Vila Murtinho, Colônia do Iata e tantas outras.

Porto Velho cidade que nasceu graças à construção da ferrovia, tão logo passou a categoria de município em 1914, foi agraciada com a construção do Mercado Municipal e também passou a contar com as famosas feiras livres. A primeira feira livre de Porto Velho foi montada justamente onde hoje é a Praça Getúlio Vargas em frente ao palácio do governo (hoje Museu da Memória Rondoniense). Foi nessa feira, que juntamente com minha mãe a dona Inez de Macedo dos Santos passamos a trabalhar no ramo de venda de comida (1951). Assim que o Palácio foi inaugurado em 1954, a feira foi transferida para o local onde hoje fica a Rua Euclides da Cunha (na época Rua do Coqueiro), no espaço entre o Clube Ferroviário (na época Clube Internacional) e a Ceron (na época Usina do Salft).

Em 1958 o governador Ênio dos Santos Pinheiro inaugurou a Feira Livre com o nome de “Feira Modelo” num galpão construído onde hoje é o Mercado Central na Rua Farquar.

Nossa casa ficava exatamente ali, em frente ao Mercado Central. Por detrás do nosso quintal, toda quinta feira estacionava o:

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TREM da FEIRA

O Trem da Feira trazia produtos dos agricultores que moravam do KM 25 - Teotônio até Porto Velho, os produtos eram Farinha, Feijão, Arroz, Banana, Carvão, frutas de um modo geral, Milho e muitos outros além de carne de caça. O Trem da Feira era fonte de renda não só para os ferroviários, mas para uma gama considerável da sociedade como carroceiros, carregadores, atravessadores, vendedores ambulantes, além, é claro, de beneficiar o comércio, já que os agricultores com o apurado com a venda de seus produtos, compravam no comercio de Porto Velho.

O Trem da Feira fazia a viagem de volta no sábado pela manhã. Com a desativação da Madeira Mamoré, as colônias que existiam ao longo da ferrovia de Porto Velho a Teotônio deixaram de existir.

Vale salientar que Teotônio era o maior produtor de farinha de mandioca em Rondônia. Quem viveu aquele tempo, com certeza lembra da Farinha do “seu” Jorge Alagoas.

 

A próxima vivencia será a história do TREM DO BOI.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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