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Gente de Opinião

Silvio Santos

João Raimundo Lins Dutra - João Pomba



"A juventude que é o futuro do Brasil tem que se precaver com relação à droga. Do jeito que tá, não pode continuar. Se não essa juventude não vai ter condições de chegar junto". Palavras do nosso entrevistado desta segunda feira João Raimundo Lins Dutra ou simplesmente João Pomba.

A conversa que segundo contam, é que, corre pelos quatro cantos do estado de Rondônia que os traficantes de drogas especialmente de cocaína, quando sabem ou quando vêm o policial João Pomba, começam a tremer, tem deles que desistem imediatamente de prosseguir na condição de mula e até deixam o produto onde está e desaparecem. "A gente percebe quando o cara está agindo errado, pela tremedeira, pelo jeito de se aproximar puxando conversa e até na maneira de mijar".

Por sua persistência no combate aos traficantes de droga na fronteira do estado de Rondônia com a Bolívia. João Pomba já foi parar na Alemanha. "Prendemos um alemão e ele fugiu da prisão de Guajará Mirim, com o tempo, foi capturado na Alemanha, então, eu e minha equipe fomos convocados pela justiça daquele país para prestar depoimento lá".

Em virtude dessa sua ida ao pais germânico, vários repórteres internacionais lhe procuraram em Guajará para saber da sua história. "Paramos de conceder entrevista a esses repórteres, porque eles chegavam na Europa e vendiam o material, ganhavam uma grana e não repassavam nada pra gente. Cansei de alimentar repórter estrangeiro".

Não será exagero se escrevermos que João Pomba hoje pode ser considerado como Mito dentro da polícia de Rondônia. Para alguns, inclusive ele é uma lenda, tantas são as histórias mirabolantes que contam ou inventam a seu respeito. O certo, é que, esse policial que está prestes a se aposentar. "Até o final deste ano a aposentadoria chega". É respeitado por todos, traficantes ou não. É considerado pelos superiores e para muitos é orgulho da polícia civil do estado de RondJoão Raimundo Lins Dutra - João Pomba - Gente de Opiniãoônia. "João Pomba – O Último Xerife". Habilitem-se documentaristas que a história desse homem da um ótimo filme!


E N T R E V I S T A


Zk – O senhor é de onde?
João Pomba – Sou de Guajará-Mirim desde 1939, meu nome de batismo é João Raimundo Lins Dutra.

Zk – E essa história de João Pomba começou quando?
João Pomba – Isso foi um apelido que colocaram e não tem jeito de sair. Foi um tio meu quem colocou.

Zk – Fale da Guajará-Mirim da sua infância da sua juventude?
João Pomba – Tive uma infância e uma juventude normal de uma cidade do interior, com poucos habitantes. Naquela época não se usava droga, hoje se usa muita droga, tem muitos viciados, dependentes, no meu tempo de jovem eu não conhecia droga.

Zk – O que era o Boca Negra?
João Pomba – Era 100 metros de uma rua onde existiam vários bares, e casas de prostituição.

Zk – O senhor quando jovem, chegou a freqüentar essas casas de prostituição do "Boca Negra"?
João Pomba – Na época não podíamos freqüentar, porque éramos menores de idade. Existia aqui um delegado o Capitão Alípio e ele perseguia muito os menores que freqüentavam o puteiro.


Zk – Contam que o Capitão Alípio certeza vez, foi procurado por um brasileiro que morou por algum tempo na Bolívia que chegou dando queixa de que haviam roubado sua "chalupita" (canoa), e já chegou dizendo "mi capitã, mi capitã!" Alípio perguntou, quanto tempo ele morava do outro lado e ele respondeu que morava na Bolívia há 6 meses. O Capitão chamou o guarda "Moi de Ferro" e ordenou que lhe mostrasse o "Dicionário", que nada mais, nada menos, era uma palmatória, com um furo no meio, usada para fazer os malandros recobrarem a memória. O senhor conhece essa história?
João Pomba – (sorrindo). Não tenho conhecimento disso. O pessoal conta, mas, eu mesmo não sei nada sobre isso.

Zk – Como foi que o senhor entrou para a polícia civil?
João Pomba – Entrei, na época que o delegado era o Tenente Henrique em 1973. Foi ele que me convidou, aceitei, assinei contrato com o governo e estou até hoje aqui.

Zk – Quando foi que surgiu o Xerife João Pomba o terror dos traficantes de droga?
João Pomba – Antes eu trabalhava no Sevic – Serviço de Investigação e Captura que mexe com furto, assalto, essas coisas, mas, sempre trabalhava em cima da droga. Depois desmembraram o setor que investigava o tráfego de droga do Sevic e criaram o Denarc e como eu no Sevic já trabalhava combatendo o tráfego de drogas continuei no serviço. Eu gosto de prender traficante.

Zk – Quantos anos o senhor está no Denarc, prendendo traficante?
João Pomba – Ha uns 20 anos.

Zk – Tem alguma história de perseguição de bandido, dentro do mato, pelo rio, enfim, de campana?
João Pomba – Existem as campanas que a gente faz quando vai acontecer a entrega de droga. Por esse rio Mamoré desce muita droga. Já fiz muita campana, principalmente nas cachoeiras.

Zk – E as trocas de tiros. São freqüentes?
João Pomba – São!  Lá no Abunã os assaltantes de carro forte chegaram e começaram a atirar na gente e nós tivemos que agir. Foram encontradas no carro deles, 33 dinamites, 95 munições calibre 12 fuzil 762.
                                                 
Zk – Na sua visão, quem comanda realmente o tráfico em nossa região?                                      
João Pomba – Existe uma máfia internacional no caso. A Bolívia fornece a droga e o brasileiro compra.  Tanto o brasileiro como o boliviano são traficantes.

Zk - O aparato policial do Estado de Rondônia tem condições de coibir o tráfico de drogas?
João Pomba – Não existe condições para se fazer uma fiscalização perfeita, nossa fronteira é muito grande. Você vem de Pimenteiras no Vale do Guaporé, até a ponta do Abunã. As condições que temos, são mínimas ou quase nenhuma.

Zk – O que realmente vocês têm?
João Pomba – Temos armamento. Barco tínhamos um aqui, mas, pra falar a verdade não sei nem por onde anda. O barco vivia aqui no Denarc no Serviço de Vigilância e não sei por que hoje ele está lá na Sedam.

Zk – A sua equipe, a equipe do João Pomba é composta por quantos elementos?
João Pomba – São cinco policiais homens e duas mulheres, quer dizer, somos em nove.

Zk – Todos sabemos que o senhor ficou famoso ao prender um traficante alemão, inclusive teve que se deslocar até a Alemanha. Fale sobre esse caso?
João Pomba – Foi o seguinte, nós prendemos uma alemão aqui. Ele estava acostumado a vir aqui quase toda semana e levava 25 quilos de cocaína e no dia da prisão, estava com 13 quilos e mais uma maleta vazias que naturalmente estava esperando para encher de droga.

Zk – E aí?
João Pomba – Aí, aconteceu que ele fugiu do presídio. Algum tempo depois, foi capturado na Alemanha e nós fomos convocados para prestar depoimento com relação à prisão dele aqui em Guajará.

Zk – E onde está esse alemão traficante?
João Pomba – Ele está lá na Alemanha preso. Na época ouvimos comentários de que ele seria condenado à prisão perpétua.

Zk – Esse trabalho de combate ao trafico de drogas em Rondônia já foi reconhecido, ou seja, o senhor já recebeu alguma comenda por isso?
João Pomba – Já! Tenho vários diplomas em homenagem ao meu trabalho. Eu não queria esses títulos, o que eu quero, é mais condições para trabalhar. Infelizmente nós não temos condições.

Zk – Durante o trabalho de vocês, principalmente na area de cachoeira, já aconteceu algum acidente. Do traficante se jogar na água essas coisa?
João Pomba – Isso acontece muito, quando o traficante sente que não vai escapar da nossa ação, se joga no rio na tentativa de escapar de qualquer jeito.

Zk – A sua equipe, mesmo com o bandido passando pro lado boliviano, continua a ação?
João Pomba – Em terra firme eu não posso agir em terra boliviana. Pelo rio o negócio fica mais fácil.

Zk – O senhor está se transformando num mito, inclusive contam que o senhor tem um faro especial para identificar traficante. Como é que funciona isso?
João Pomba – Não tem nada de faro, o que existe é boa vontade, é se esforçar no trabalho, cumprir com suas obrigações. Faro não existe, o que existe é a experiência. A gente sente quando a pessoa está agindo fora da lei só pelas suas atitudes.

Zk – Então vejamos?
João Pomba – O cara chega assoviando, cantando, falando muito com você sem que você o conheça, nunca viu nem na feira, ele cumprimenta você como se já o conhecesse há vários anos, isso ta errado, é um sintoma de que esse cara ta devendo, cometeu algum crime. Ele vai urinar e não sai um pingo de urina, fora a tremedeira, o cara vai cuspir e não cospe nada. Quando a gente observa um cara nessas condições não tem outra, é revistar e constatar que ele está todo enrolado.

Zk – Os traficantes a cada dia que passa, inovam na maneira de esconder a droga. Escondem em lugares jamais imaginados. Como é que vocês conseguem descobrir as artimanhas dos traficantes?
João Pomba – Hoje se tornou corriqueiro, se levar droga dentro de tênis, pneus, mesa, cadeira recheada, essas coisinhas.

Zk – Até na barriga?
João Pomba – Com droga na barriga prendemos seis peruanos. Um com 135 cápsulas, outro com 130, outro com 80, outro com 90, outro com cento e não sei quantas.

Zk – Como vocês descobriram que a droga estava sendo conduzida dentro da barriga dos peruanos?
João Pomba – Acontece que aqui estava se tornando um corredor de peruanos. Eles traziam a droga entocada em mesa, tear, edredom essas coisas. Com o tempo, eles passavam, a gente fazia a revista e não encontrava nada, então eu falei, ta errado isso aí, eles não vão passar aqui de graça, peguei e os levei pra fazer ultra som aí não deu outra. Prendemos vários deles. Ultimamente eles não têm aparecido não.

Zk – Qual é a moda hoje?
João Pomba – Hoje a moda é usar as mulheres, aliás, a vagina delas.

Zk – Quantos gramas o senhor já pegou que estavam numa vagina?
João Pomba – Quase quatrocentos gramas.

Zk – A maioria das pessoas que transportam são donas da droga?
João Pomba – Não! São apenas mulas. O dono da droga é difícil prender. O mula não entrega com medo de morrer.

Zk – Já aconteceu algum problema, com seus superiores do tipo, vamos tirar o João Pomba porque ele está aparecendo muito, ta com muito cartaz na mídia?
João Pomba – Isso é normal, quando você começa a se destacar um pouco, sempre existe alguém querendo te derrubar. Com os superiores nunca aconteceu não!

Zk – Em se falando de Denarc, o senhor é o chefe ou apenas mais um investigador?
João Pomba – Esse departamento aqui é apenas um setor da regional. Isso aqui oficialmente não existe. O Denarca oficialmente, só existe em Porto Velho. Isso aqui vamos dizer assim, é um membro do Denarc de Porto Velho, não é uma delegacia especializada. Nós já fizemos várias reivindicações para se criar essa delegacia em Guajará-Mirim, mas, até hoje, não consegui. Resumindo, isso aqui é apenas um setor, no dia que eles quiserem lá, acabam com isso aqui.

Zk – E quem comanda esse setor aqui?
João Pomba – Por enquanto sou eu. Sou o chefe da equipe vamos dizer assim! Não sou chefe do Denarc porque o Denarc não existe em Guajará-Mirim. Sou chefe de uma equipe que combate o narcotráfico.

Zk – Vamos deixar o lado do policial profissional de lado para saber a opinião do cidadão guajaramirense sobre a cidade nos dias de hoje?
João Pomba – Muita gente acha que Guajará está parada, que isso e aquilo. Não é nada disso. Se você for analisar, antigamente o comercio de Guajará-Mirim era só na Presidente Dutra. A população se reunia ali para fazer suas compras. Hoje não! Hoje você pega a Leveger e é comércio daqui até lá. Você pega uma Princesa Isabel é comercio por todo canto. Todos os bairros tem super-mercado, todo bairro tem açougue, todo bairro tem drogaria. Quer dizer, aquele fluxo de gente que ia para a Presidente Dutra fazer compra, não tem mais necessidade de ir, porque na rua dele tem comércio. É isso que acontece, o comércio se espalhou em todos os bairros e o centro ficou morto.

Zk – O que notamos também é que o turista que vem para um evento como o Festival de Boi Bumbá vai fazer compras na Bolívia. Qual sua opinião a respeito disso?
João Pomba – Acontece que esses turistas que não são poucos, deixam alguma coisa em Guajará. Os hotéis, os taxistas, lanchonetes, restaurantes esse setor é beneficiado com um evento como o Festival de Boi, mas, quem ganha mesmo é o comércio boliviano.

Zk – O turista que vem à Guajará fica a mercê dos taxistas, já que aqui, não tem outro meio de transporte urbano, como linha de ônibus e até moto taxi. Como o senhor analisa essa situação?
João Pomba – Há alguns anos atrás tinha. Não sei por que tiraram as linhas de ônibus. Deveria ter, tem bairro aqui que fica a dez quilômetros do centro. A maioria da população não tem condições de pagar táxi.

Zk – Que ninguém nos ouça. No tempo da nossa juventude, o comercio de tartaruga aqui era muito grande. (falando baixinho), A gente ainda consegue degustar um sarapatel, farofa do casco, ou qualquer outro prato de tartaruga por aqui?
João Pomba – Essas compras de tartaruga foi na época da Estrada de Ferro. Quase acabam com as bichas. O que se via, eram  vagões lotados de tartaruga e tracajá indo para Porto Velho era um absurdo. Como a pesca é proibida, hoje é difícil aparecer.

Zk – Como o senhor falou em Madeira Mamoré. Qual sua importância para Guajará-Mirim?
João Pomba – Ela foi de grande importância naquela época, hoje não. Hoje a Madeira Mamoré não tem nenhum objetivo para ser reativada, a não ser para fins turísticos. Naquele tempo, você saia de Guajará nove horas da manhã e chegava a Porto Velho no outro dia cinco horas da tarde. Isso quando o trem não atrasava. Hoje você pega um carro e em duas horas e meia, você está em Porto Velho. Então a Madeira Mamoré é um caso passado.

Zk – Para começar a encerrar essa entrevista. O senhor já foi destaque na mídia nacional. Quais meios de comunicação já vieram a Guajará entrevista-lo?
João Pomba – Vieram os alemães, vieram os franceses duas vezes cada um, inclusive falei pra eles que não viessem mais porque não iria mais conceder entrevista pra eles com relação ao narcotráfico.

Zk - Por que?
João Pomba – Porque eles estavam usando a gente. Eles vinham, faziam a reportagem e chegavam ao país deles vendiam como venderam na Alemanha, na França na Holanda, na Itália. Eles ganhavam dinheiro e nós não. Vou trabalhar de graça pra esses caras!

Zk – E no Brasil?
João Pomba – No Brasil também vário órgãos da imprensa já contaram nossa história, inclusive a Revista Veja.

Zk – Qual foi o grande caso desvendado. Aquele que o senhor lembra com orgulho?
João Pomba – Na época que trabalhei no Sevic tive uns seis casos de homicídios de autoria desconhecida que considero uma glória da nossa equipe, porque chegamos a desvendar todos e prender os culpados. Teve um que os bandidos mataram o pai e os filhos na estrada (eram camioneiros) e nós prendemos os assassinos. Infelizmente o delegado na época, não pediu a prisão preventiva e eles fugiram. Eram o Polaco e o Mineirinho os assassinos. Considero esse caso um ótimo trabalho, porque era um caso de autoria desconhecida e após quatro meses de investigação chegamos aos criminosos. Com relação à droga é normal aqui nessa área.

Zk – O senhor é casado?
João Pomba – Sou casado mais estou separado.

Zk – E filhos?
João Pomba – Tem um bocado.

Zk – Quantos mais ou menos?
João Pomba – São Mais de 20. Só com a primeira mulher tenho sete.

Zk – Nesse Vale do Guaporé o João Pomba também é famoso?
João Pomba – Tenho muitos filhos nessa área toda, por todo canto.

Zk – Nesse tempo todo, já teve alguma delegado, secretário de segurança que tentou lhe levar para Porto Velho?
João Pomba – Olha, faço diligencia no estado todo. Pela BR-364, Vale do Guaporé. Mas ninguém tentou me tirar de Guajará, até porque, eles sabem que daqui eu não saio pra lugar nenhum!


Zk – Para encerar de verdade. O senhor já sofreu ou recebe ameaça de morte por parte dos traficantes?
João Pomba – Já recebi muita ameaça. Ameaça por carta, telefone, isso era todo dia. Nunca me intimidei com relação a isso. Hoje já não recebo ameaças. Sempre andei só, não ando com ninguém. Não tenho companheiro de bar. Bebo minha cerveja sozinho!

Fonte: Sílvio Santos

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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