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Gente de Opinião

Silvio Santos

Histórias do Carnaval em Porto Velho - Por Zekatraca


O dia do Folclore está chegando. 22 de agosto quarta feira, é comemorado em praticamente todo o Brasil.

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Quando digo em praticamente todo o Brasil, é porque aqui em Rondônia, especificamente na capital Porto Velho, ninguém, nenhuma entidade ligada ao movimento folclórico, devulgou programação alusiva à data.

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Data que oficialmente se transformou em Semana do Folclore e não mais em apenas um dia. E olha que em Porto Velho existem três entidades que militam diretamente com grupos folclóricos: Liga dos Bois Bumbás – Guarnecer; União Junina Portovelhense – Unajup e a Federon.

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Além dessas, temos ainda a Superintendência de Cultura e a Funcultural de Porto Velho, órgãos dos governos estadual e municipal responsáveis pela cultura em nosso estado e capital e nenhuma das duas, programou alguma atividade alusiva a data.

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A gente tem a mania de ficar criticando a data da realização do Arraial Flor do Maracujá evento que concentra nossa maior manifestação folclórica. Brigamos para que o Arraial seja realizado no mês de junho, mês das festas juninas.

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Quando bem poderíamos programar o Flor do Maracujá para a Semana do Folclore que culmina com o dia do folclore 22 de agosto.

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Ha muito tempo o Flor do Maracujá não acontece no Mês de Junho, inclusive, já chegou a acontecer no mês de setembro.

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Os colégios de ensino fundamental, deveriam programar alguma atividade, seja de dança folclórica ou de contação de história ou estória nesse dia.

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Folclore é a tradição popular, são crenças e rezas, danças e canções. Na Amazônia temos várias lendas entre elas a do Boto – Um rapaz garboso que leva as moças pro fundo do rio…

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A lenda da Yara que encanta com o canto e a da Cobra Grande que afunda navios.

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A lenda da Matinta Pereira é uma das mais contadas no interior, nos beiradões dos nossos rios.

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Diz a lenda, que política em alguns casos, pode ser classificada como folclore. Exemplo: As facções Cutuba e Pele Curta que existiram em Porto Velho até o final dos anos 1950, na realidade, até a Revolução de 1964.

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Os Pele Curtas temiam o líder dos Cutubas Aluízio Ferreira que segundo a lenda, quando vencia a eleição, separava casais, transferindo o marido para Fortaleza do Abunã e a mulher para Calama.

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Naquele tempo, quem era adversário, era adversário, não tinha essa de composição. Se tu era Cutuba não tinha vez no governo dos Peles Curta. Eram quatro anos na peia.

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O folclore política em Porto Velho tem como carro chefe as paródias, que os correligionários dos candidatos cantavam nos comícios. Era muito divertido. “Se conforme com a Marise, Canela de Sabiá...” ou então aquela outra: “Você pensa que asfalto atola, asfalto não atola não. Asfalto é pra pegar cutuba, pele curta ele não pega não...”


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O maior compositor de paródia foi o seu Antônio Serpa do Amara que chegou a ser prefeito de Porto Velho. Seu Amaral era atração nos comícios dos pele curtas.

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A ala feminina do Coronel Aluízio Ferreira comandada por algum tempo pela dona Dora esposa do Cabo Lira, também não era fácil na transformação de músicas de sucesso em paródia. Apesar da “Caçambada Cutuba”, a política era divertida naquele tempo.

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Quero que apontem, que o fulano de tal que foi deputado, prefeito ou governador naquele tempo, tenha ficado rico. Cadê a riqueza material particular deixada por Aluízio Ferreira, Paulo Nunes Leal, Coronel Rondon, Renato Medeiros, Wadir Darwiche, José Saleh Moreb, Énio Pinheiro, Marise Castiel, Samuel Castiel entre outros políticos da época.

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Essa história de suposta honestidade, é tão hilária, que pode ser considerada como FOLCLORE da política rondoniense.



Histórias do Carnaval
em Porto Velho

Por Sílvio M. Santos

 

Histórias do Carnaval em Porto Velho -  Por  Zekatraca - Gente de Opinião

A comemoração dos 80 anos de idade do Bainha, me fez buscar nos meus arquivos, o livro que está prontinho, esperando apenas patrocínio para sua impressão e consequente publicação, cujo título é: “Histórias do Carnaval em Porto Velho”.

Na realidade, todo conteúdo dessa obra, pode ser lido no blog silviozekatraca.blogspot.com.br.

A intenção é, a partir desta edição do Diário da Amazônia, publicarmos sempre às quintas-feiras, um capítulo do livro “Histórias do Carnaval em Porto Velho”

Do Livro

Sem a pretensão de sermos considerado historiador, até porque, o que passamos a publicar não pode ser considerado como pesquisa científica, artigo ou outro termo usado para classificar estudos desenvolvidos por pesquisadores graduados. O que vamos apresentar é nossa vivência no meio carnavalesco de Porto Velho, como um dos fundadores das Escolas de Samba “Os Pobres do Caiari”, “Mocidade Independente do KM-1”, da “Banda do Vai Quem Quer”, “Bloco do Purgatório” e tantos outros de menor influência em nosso carnaval. Principalmente o carnaval de rua.

Aqui o leitor vai ficar conhecendo como acontecia o carnaval de Rua em Porto Velho, da década de 1920, até os dias atuais. Passamos também pelas primeiras composições musicais de compositores radicados em nossa cidade, precisamente no naipe musical do Samba e Marchinhas tradicionais.

Dos corsos, aos blocos dos clubes sociais, das escolas de samba aos blocos de trio elétrico da atualidade.

Fatos pitorescos dos bastidores do nosso carnaval e muitas outras histórias.

Acompanhe o primeiro capítulo do livro de Sílvio M. Santos “História do Carnaval em Porto Velho”.


 

Histórias do Carnaval em Porto Velho -  Por  Zekatraca - Gente de Opinião

DESFILE DOS CORSOS

Foliões fantasiados desfilam pelas ruas
em carros de passeio ou caminhões


Os desfiles de blocos e cordões carnavalescos, pelas ruas de Porto Velho, acontecem desde a década de 1920, segundo dona Labibe Bártolo e o historiador Capitão Esron Menezes – CEM.

Na época do Clube Internacional, da Rua da Palha, do Beco do Mijo, no tempo que a Mãe de Santo Esperança Rita montou o “Batuque de Santa Bárbara” no Mocambo! No tempo da Casa Três que ficava justamente onde hoje é a Rua Rogério Weber entre Os Correios e a Praça dos Engraxates (Combatentes); da Casa Seis onde hoje está a Capitania dos Portos na Rua Henrique Dias, da Pensão Guaporé onde hoje é o prédio do Sated em frente ao Ferroviário pela Avenida Sete de Setembro! No tempo do “Paraíso” que ficava na Avenida Farquar ali onde hoje é o prédio da Embratel e da Pensão do Napoleão que se fosse hoje, seria ali no canto da Rogério Weber com a Henrique Dias! No tempo do Hotel Brasil que ficava no terreno onde hoje funciona o Centro de Formação dos Profissionais em Educação da Prefeitura Municipal (Teatro Banzeiro). No tempo que o Ypiranga era num casarão de madeira e sua frente ficava para a Farquar e os fundos, para a Rua Euclides da Cunha e no mesmo casarão funcionava a Rádio Difusora do Guaporé.

Bom! O que queremos dizer, é que o carnaval de Rua de Porto Velho já existia e, como a cidade acabava onde hoje é a Praça Jonathas Pedrosa (que nasceu Praça Amazonas), os foliões e seus blocos só iam até ali e voltavam, na maioria das vezes dobravam na José de Alencar rumo a D. Pedro II e desciam a Presidente Dutra até a Praça Rondon. Segundo Esron Menezes: Em determinado carnaval, os jovens da sua turma, resolveram criar o "Bloco da Cobra" (Não é aquele que os foliões se melavam de tinta preta e desfilavam agarrados num “couro” de cobra) para perturbar os "Categas" que frequentavam o Clube Internacional cujo prédio de madeira, era onde hoje está o Ferroviário Atlético Clube. A alegoria foi feita de flande na oficina da EFMM. "Acontece que não conseguimos entrar no clube e ficamos carregando a “cobra” pela Sete de Setembro e escolhemos como local de descanso, a frente do Cine Brasil (Hoje Gazin) que já existia" Contou Esron.

Essa é a prova mais contundente, de que os desfiles dos blocos e cordões de Porto Velho primeiramente aconteceram na Avenida Sete de Setembro. Na realidade, até a década de quarenta, o que mais predominava pelas ruas de Porto Velho durante os três dias de carnaval, eram os desfiles dos chamados Corsos, que consistia em foliões fantasiados em carros de passeios e até caminhões que ficavam desfilando para o público que se colocava ao longo da avenida, onde os Corsos desfilavam.

Isso durou até os blocos dos clubes sociais tomarem conta da avenida... (continua 5ª feira).

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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